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Tata Estanieck desabafa sobre aborto espontâneo: “A gente se sente muito culpada”

Julio e Tata se casaram em 2018 - reprodução / Instagram @tata
reprodução / Instagram @tata

Publicado em 01/10/2020, às 14h52 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


A influenciadora digital Tata Estanieck, casada com o Cocielo, usou as redes sociais para falar sobre um assunto muito triste e delicado: o aborto espontâneo. A influenciadora deu à luz Beatriz em abril desse ano, mas, em 2018, passou por um aborto espontâneo. A famosa nunca havia falado sobre o assunto mas decidiu abrir o jogo e contar tudo na última quarta-feira, 30 de setembro.

Julio e Tata se casaram em 2018 (Foto: reprodução / Instagram @tata)

Em um vídeo publicado no canal do YouTube chamado “Minha Filha é um Arco-íris”, a famosa contou sobre o aborto que sofreu. O termo ‘bebê arco-íris‘ é utilizado para se referir a bebês que nasceram após um aborto espontâneo ou morte prematura do filho anterior. No desabafo, ela mandou uma mensagem carinhosa às mulheres que já passaram pelo mesmo.

“Eu quero falar que estamos juntas. Isso é mais comum do que a gente imagina. Acontece com muita gente, infelizmente”, disse ela, que descobriu em uma ultrassonografia que o feto estava sem batimentos cardíacos o que, segundo a médica, aconteceu porque houve interrupção do desenvolvimento.

“É muito complicado falar sobre esse assunto. Eu até demorei para falar sobre, porque eu não me sentia confortável. Eu sempre quis contar, mas, na época, você se sente incapaz, você se sente insegura, você se sente muito triste, você fica se perguntando muitas coisas, surgem muitas dúvidas e você fica muito confusa. Vêm todos os sentimentos possíveis. Vem tudo nesse momento. Não falei antes, porque eu não me sentia confortável, segura. Não me sentia a vontade”, continuou.

Ela ainda falou sobre a culpa, tão comum entre as mulheres que passam por isso.  “A culpa não é nossa. A gente se sente muito culpada, a gente sente que fez algo errado. A gente acha que [foi porque] não desejou essa gravidez. A gente acha que foi porque a gente estava com medo e aí a gravidez não evoluiu. A gente acha tudo. Mas no fim, não é nada [disso]. É mais comum do que a gente imagina”.

“Eu quis fazer esse vídeo para dizer que vocês não estão sozinhas. Procurem suporte psicológico, procurem apoio emocional, fiquem com as pessoas que vocês amam, compartilhem e dividam isso com pessoas de confiança. Abram o coração, não carreguem esse peso sozinhas”, finalizou, demonstrando o carinho que tem pelas fãs e por outras mulheres que passaram pelo mesmo.

Nós, da Pais&Filhos, prestamos nossa solidariedade e desejamos muita força à Tata e a todas as mulheres que já passaram por essa situação.

Veja o vídeo abaixo:

Entenda mais sobre o aborto espontâneo

Coração partido
Entenda mais sobre o aborto espontâneo (Foto: Freepik)

A chegada de um filho gera várias expectativas e ver os planos irem embora antes da hora pode ser muito difícil e traumatizante. Ninguém deseja e nem espera por isso, mas pode acontecer. Infelizmente, essa é uma situação mais comum do que parece. A estimativa é de que pelo menos 15% das gestações não “vinguem”.

A boa notícia é que, na maioria dos casos, o aborto espontâneo não está relacionado a problemas de fertilidade. Muito pelo contrário. Há uma luz no fim do túnel: pesquisas apontam que 80% das mulheres que têm a gestação interrompida conseguem engravidar de novo e realizar o sonho de ser mãe.

A seguir, esclarecemos as principais dúvidas sobre o assunto e contamos como você pode ajudar alguém que esteja passando por esse momento tão delicado.

– O que é o aborto espontâneo?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), podemos considerar como aborto toda gestação que é interrompida antes da 22ª semana ou antes de o feto atingir 500g. Dizemos que o aborto é espontâneo quando ele acontece de forma involuntária. Ou seja, a gravidez é interrompida naturalmente, pelo próprio organismo da mulher. A maioria dos abortos espontâneos acontece nos primeiros três meses de gravidez.

– Por que acontece? Quais são as causas?

Nem sempre dá para descobrir o que causa um aborto espontâneo, principalmente quando ele acontece bem no comecinho da gestação. Pode ser que, mesmo fazendo todas as investigações, o casal nunca descubra o que realmente levou à interrupção precoce da sua gravidez. Isso acontece porque quase sempre ela é causada por fatores que estão fora do controle dos pais.

Estima-se que pelo menos 50% dos casos de aborto espontâneo estejam relacionados a algum tipo de problema genético. Quando algo na formação do bebê não vai bem, o próprio organismo impede que a gestação siga adiante.

Outros casos normalmente têm a ver com alguma questão de saúde dos pais. Tabagismo, obesidade, diabetes, doenças autoimunes, problemas hormonais, alterações no funcionamento do útero ou da tireoide podem ser alguns fatores de risco. A idade avançada (tanto do homem quanto da mulher) também pode ser um empecilho.

Veja os sintomas do aborto espontâneo (Foto: Getty Images)

– Quais são os sintomas de um aborto espontâneo?

Os sinais mais comuns são sangramentos vaginais e dores no abdômen. Se estiver grávida e apresentar alguns desses sintomas, a recomendação é procurar um médico imediatamente para fazer uma avaliação.

 – Como ajudar uma mulher que sofreu aborto espontâneo?

Perder um bebê é uma situação delicada. Muitas mulheres ficam emocionalmente abaladas e se sentem fragilizadas depois de sofrer um aborto espontâneo. Algumas pesquisas apontam que cerca de 20% começam a apresentar sinais de depressão e ansiedade depois de passar por essa experiência.

Nem sempre é fácil encontrar as palavras certas para confortar alguém nessa situação. Às vezes, até mesmo os comentários feitos com as melhores das intenções podem parecer insensíveis. Pensando nisso, a Miscarriage Association, organização britânica que acolhe mães que tiveram a gravidez interrompida, fez um manual para orientar amigos e familiares sobre o que fazer e o que falar para uma mulher que sofreu um aborto espontâneo.

Reconhecer o que aconteceu e perguntar se ela precisa de ajuda é o primeiro passo. O mais importante é mostrar que você está por perto e disponível para conversar, se ela quiser. Evite ao máximo frases como “você é jovem, logo vai ter outro bebê” ou “não era para ser”. Esse tipo de comentário mais atrapalha do que ajuda. Lembre-se sempre: tudo o que você precisa fazer é oferecer suporte e acolhimento.


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