Publicado em 08/11/2021, às 13h28 por Hanna Rahal, filha de Lydiana
Seu filho se distrai no meio da conversa ou tem dificuldades para se concentrar nas aulas? Pois bem, apesar da sensação de frustração é preciso avaliar se tudo isso se trata do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, este é um dos transtornos com maior incidência entre crianças e adolescentes. O transtorno reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) se manifesta por volta dos 6 anos e, de acordo com a Anvisa, é um dos problemas neurológicos de comportamento mais comuns da infância, atingindo de 8% a 12% de crianças no mundo
No entanto, antes de se preocupar, é preciso fazer o diagnóstico, portanto, a consulta de um pediatra é indispensável. Mas para que você consiga identificar os sintomas com o seu filho e saiba lidar com o TDAH no dia a dia, a Pais&Filhos em parceria com a Ninhos do Brasil, conversou com mães e especialistas.
Segundo a neuropsicóloga Bárbara Calmeto, mãe de Lucas e Beatriz, diretora do Autonomia Instituto, a criança com TDAH apresenta alguns sinais recorrentes. Então, observe se seu filho:
De acordo com especialistas do portal Ninhos do Brasil, o conjunto desses sintomas pode indicar que seu filho tem TDAH. Mas, outros comportamentos como dificuldade para dormir, problemas de aprendizado, alterações de humor e a forma com que a criança interage com amigos e colegas também são sinais de alerta.
Tahiane Fonseca é mãe de Felipe, de 10 anos. Em entrevista à Pais & Filhos, ela explicou que o filho sempre foi muito agitado, mas só recebeu o diagnóstico aos 7 anos. “Nossos primeiros desafios começaram na alfabetização. Ele não focava em absolutamente em nada e qualquer barulho desviava sua atenção, os trabalhos de casa eram o momento mais estressante do dia”, começou.
Após descobrir o TDAH do filho, Tahiane teve a ajuda de uma equipe médica especializada, mas destacou a importância dela mesma, enquanto mãe, participar dos tratamentos: “Eu também precisei saber entender as dificuldades que ele tinha e aprender a enxergar como ele enxerga e assim poder respeitar suas limitações que antes eram impostas por nós. Hoje eu me comporto de maneira diferente. Antes eu brigava exigindo coisas que ele não conseguia me dar”.
Márcia Raquel de Sousa Silva, de 35 anos, é mãe de José Renan, de seis anos. Ela diz que notou os primeiros sintomas de TDAH no filho aos três anos de vida. De acordo com ela, o diagnóstico veio recentemente, após uma longa espera e diversos tratamentos. “Lidar com o TDAH é muito difícil. Tem dias que parece que a medicação não funcionou. É brinquedo espalhado, é choro para todo lado e muita teimosia. A gente se sente frustrada por não conseguir, às vezes fico até com raiva, mesmo que depois passe. O cansaço domina a mente, a gente cansa”, explica.
Por outro lado, ela destaca que manter a positividade é um dos melhores caminhos. “O amor fala mais alto, principalmente quando ele diz que me ama, fala coisas engraçadas ou aprende algo. “Faço tudo o que posso agora que ele é criança, para que ele cresça e se desenvolva. A ideia é que no futuro ele tenha qualidade de vida”, conclui a mãe.
Sabendo dos inúmeros desafios de lidar com o TDAH em casa, a neuropsicóloga Bárbara Calmeto selecionou algumas dicas essenciais para ajudar os pais a lidar com o transtorno no dia a dia, e principalmente, nos estudos.
Estabeleça horários: manter uma certa rotinaé muito importante para que a criança se organize no tempo. Observe o horário que seu filho está mais atento, disponível e tranquilo e delimite como horário de atividades escolares, e o defina como rotina.
Uma coisa de cada vez: já sabemos que a concentração das pessoas com TDAH é menor. Então, seja paciente e procure dividir as atividades em blocos. Passe uma instrução por vez. Se possível, escreva ou desenhe para deixar mais visual.
Faça coisas legais com seu filho: durante as atividades da rotina, nos intervalos, faça atividades motoras e físicas, artísticas ou livres. Reveze estudo com outras atividades para potencializar o aprendizado.
Coloque movimento nos conteúdos: de maneira geral, sejam criativos e prefiram imagens, músicas e quadros para ilustrar informações. Mas, se ainda assim, você perceber que seu filho está desatento ou agitado, inclua uma corrida na sala contando até 10 e depois sente para finalizar as atividades, por exemplo.
Há anos, existe tratamento para a condição, possibilitando uma vida melhor tanto nos aspectos pessoais, quanto sociais. O tratamento completo inclui outras áreas, como psicoterapia, psicologia, fonoaudiologia e o que mais a criança precisar. É superimportante começar a terapia desde cedo para que o desempenho na escola não seja afetado, já que é nessa época que o cérebro está em desenvolvimento.
Mas, além dos cuidados médicos, a família tem um papel fundamental no processo de acolhimento às crianças. É preciso ajudar na organização da rotina, criar regras e orientar seu filho, oferecer amor incondicional também propicia o desenvolvimento da criança. É muito importante que ele esteja inserido num ambiente saudável, onde possa se desenvolver da melhor maneira possível. Mas, ter a atenção dos pais é imprescindível para qualquer criança, sempre com muito carinho, amor e cuidado.
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