Publicado em 31/05/2019, às 11h50 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Izabel Gimenez, filha de Laura e Décio
Crises de pânico, desânimo, choro fácil, tontura, dor de cabeça, exaustão, irritabilidade. Todos esses sintomas podem ser facilmente associados a um trabalhador estressado, que não suporta mais levantar todos os dias para ir ao trabalho, doença conhecida como síndrome de burnout. Porém, cada vez mais, eles também podem ser vistos em pais e mães no exercício da maternidade e paternidade, o que é chamado de síndrome de burnout parental ou materna.
Afinal, o que é essa síndrome?
A psicologa Mônica Pessanha, psicoterapeuta de crianças e adolescentes e mãe de Melissa, explica que a maternidade cobra muito e isso tem consequência na vida das mães. “Quando a mulher se torna mãe, em seu dia a dia é comum que vivenciem um cansaço físico e mental, se tornando excessivo e crônico. Vale lembrar que o burnout, em inglês, significa exaustão, depressão, fadiga. E a palavra dá nome à Sindrome de Burnout, um distúrbio psíquico que está ligado ao excesso de trabalho físico, psíquico e emocional”, esclarece.
Mônica faz questão de completar: “Acho muito importante lembrar a mãe que nem tudo que a gente deseja fazer a gente consegue. No momento em que o bebê chega em casa tudo muda ao seu redor e é essencial entender que a mudança significa adaptação a essa nova forma de existir”.
Como tratar?
Pedir ajuda é sempre um ótimo começo. Se for preciso, contrate uma babá ou recorra a sua rede de apoio. “Ficar sozinha e sobrecarregada não dá. Isso acaba tornando ainda mais difícil essa adaptação. Aprenda a dizer NÃO! A mãe tem todo o direito de não querer sua casa cheia de visitas ou que certa pessoa troque a fralda do bebê, por exemplo”, afirma a psicóloga.
Como posso ajudar uma mãe que passa por isso?
Se você é parente ou amigo de uma mãe e percebe que ela está passando por isso, tem mil e uma maneiras de participar e contribuir para que ela melhore. “O papel da rede de apoio é estar do lado da mãe para dar amparo e não deixar que vivam uma maternidade solitária. ela deve funcionar como uma força motriz para dar conta de tudo. Vale dividir as tarefas com familiares, como compras no supermercado, ajudar com a logistica, por exemplo. Toda ajuda é bem-vinda e necessária”, reforça Mônica.
Faça o teste e descubra se você se encaixa no perfil de mulheres que tem essa síndrome:
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