Publicado em 19/05/2018, às 10h27 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h29 por Redação Pais&Filhos
Jeanne Sager fez um desabafo sobre a implicância das pessoas em cima da sua escolha de ter apenas um filho. A revolta é de se entender, já que se os dois concordaram em ter apenas uma criança, ninguém deve interferir na decisão do casal. Veja:
“No dia em que ficamos no consultório de um urologista, pronto para terminar nossos dias de parto para sempre, eu já sabia que haveria comentários alheios. A sociedade tem um preconceito histórico contra quem quer criar apenas uma criança.
Meu marido é perguntado com bastante frequência sobre sua decisão de nunca mais poder ter filhos. Eu também. Mas há uma grande diferença: eles perguntam se ele se arrepende, mas geralmente é assumido que a mente dele é inventada e não há como mudar isso.
Enquanto isso, sou frequentemente desafiada quando digo ‘tenho uma filha e não quero ter mais’ com palavras como ‘Nunca diga nunca. Espere até que ela esteja um pouco mais velha! Você pode querer outra!’
Antes da vasectomia do meu marido, não havíamos contado a ninguém que tomamos a decisão de criarmos um filho único. Esperávamos que isso evitasse pelo menos um pouco a falação dos familiares e amigos. Nós achamos que decidir sermos apenas três era uma escolha que defenderíamos juntos como um casal.
Nós tentamos enfrentar o mundo – e as críticas – juntos. Meu marido e eu fomos avisados por estranhos na fila do mercado que estamos condenando nossa filha a uma vida de solidão. Também ouvi algumas variações de frases como ‘Você vai querer outro em breve’, ‘Ela vai crescer sem irmãos’ e até mesmo um ‘Eu sabia que você se arrependeria’ enquanto eu carregava contente um bebê de uma amiga, que eu posso devolver quando a fralda começar a encher.
Não só existe um preconceito contra criar apenas um filho, mas também contra mulheres que tomam a decisão consciente de fechar a fábrica depois de apenas um ciclo de produção. Tão antinatural é a decisão que os outros têm certeza de que sabem melhor do que nós, que precisamos ser lembrados de manter a mente aberta, para não nos tornarmos tolos mudando-os.
Eu perguntei ao meu marido uma vez se as pessoas fazem os mesmos comentários para ele. Sua resposta foi o que eu já esperava: ‘Não, nunca’. Na época da vasectomia, ele tinha 29 anos, pai de uma criança com menos de três anos. O urologista nunca opinou sobre a decisão dele, agendou a cirurgia poucas semanas após a consulta inicial. Suas escolhas de saúde reprodutiva eram dele, inquestionáveis.
Esse procedimento acabou com a procriação para nós de uma vez por todas. Nós resolvemos ser uma família formada por três pessoas. Permanentemente. A decisão foi tomada em conjunto e não planejamos reverter. Mas pelo jeito, a única forma de deixar claro para as pessoas de que não teremos mais filhos (e ponto) é dizendo: ‘Meu marido quis uma vasectomia’. A tradução disso é: ‘Eu sei que a escolha do meu marido com o corpo dele é a única maneira de fazer com que você aceite minha escolha com o meu’.”
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