Publicado em 06/10/2020, às 13h33 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Com a volta às aulas presenciais em São Paulo, que irá acontecer na próxima quarta-feira, 7 de outubro, diversos pais e alunos se sentem ansiosos sobre o retorno e com as novas regras trazidas pela pandemia. Apesar de ser extremamente necessário manter o distanciamento social, as crianças estão felizes por poder reencontrar os colegas de classe.
Para Pedro Maio Gamarra, de oito anos, em entrevista ao Estadão, ele contou que já sabe o que vai levar para a escola amanhã: “O meu lanche, álcool em gel, máscara e uma luva”. Sobre o reencontro, o menino adianta: ““A professora já contou quem vai”.
Taciane de Almeida Maio Gamarra, mãe de Pedro, explicou que a família já estava se preparando para esse retorno e que irá trazer diversos benefícios para o filho e para a filha, Giulia, de quatro anos. “Meu mais velho está estressado, sem paciência. Ele está ansioso para pegar o uniforme e está adorando esse retorno das atividades presenciais. Vai ser bom também para eles se adaptarem para como vai ser daqui para frente”.
Apesar das orientações serem bem definidas, lembrá-las nunca é demais. Para Gustavo Miranda Leal, piloto de avião e pai de Samuel, de oito anos, e Sarah e Luísa, de cinco anos, explicou tudo mais uma vez para as crianças. “Eles estão bem ansiosos, sentem falta do convívio social. Até cobraram a gente, há uns 30 dias, sobre a volta às aulas. O que observei é que o diálogo funcionou e a escola vai tomar as medidas de proteção”, disse ao veículo.
Com a mistura de sentimentos, os irmãos Sophia e Theo Larcher, de 17 e 12 anos respectivamente, também participarão das atividades extracurriculares. “Na parte emocional, é difícil descrever. É uma mistura de saudade com ansiedade. Ao mesmo tempo em que estou ansioso para ver meus amigos, estou com medo da dita cuja, a covid-19″, explica o menino.
Marta Gonçalves, professora do Instituto Singularidades e psicopedagoga, reforçou que neste momento o diálogo e acolhimento são indispensáveis. Não importa a idade, tem de conversar. Corremos o risco de a criança ir para a escola e não querer retornar. Tem de acolher essa decepção”. Além disso, vale lembrar que os pais precisam ficar de olho no comportamento dos filhos. A ansiedade pode ser comum nesta primeira retomada, mas se for prolongada, um especialista pode ser procurado para ajudar.
Com a pandemia, as incertezas e mudanças na rotina familiar podem causar certo impacto e aumento do estresse nas crianças. Para ajudar seu filho a passar por essa fase, tiramos as principais dúvidas sobre o assunto e te contamos como a meditaçãopode influenciar positivamente uma postura mais tranquila dentro de casa.
Em uma conversa com a cardiologista pediátrica e integrativa, Renata Isa Santoro, mãe de Francisco e Laura, descobrimos um guia (na prática!) de como você pode incentivar a meditação com as crianças. A partir do passo a passo, elas ficarão mais tranquilas, além de criar um ambiente bastante aconchegante para a família.
Geralmente, é mais comum que as crianças fiquem preocupadascom assuntos relacionados a escola, família ou deles mesmos, segundo Renata. “O problema é quando essa preocupação se torna algo exagerado e, podemos perceber quando a forma como a criança lida com suas preocupações chama a atenção de algum adulto familiar ou cuidador ou, quando isso começa a limitar a vida desses pequenos como dificuldade no convívio social e reações exageradas a pequenos problemas”, define a especialista.
Como alerta, ela explica que quando isso vai além de algo passageiro, a pessoa questiona e reage aos acontecimentos da vida cotidiana e passa a ser algo pesado, que traz sofrimento. É possível notar que há algo de errado quando a criança passa a ter medos não identificáveis como, por exemplo, medo de dormir sozinha e quando estiver dormindo algo terrível aconteça, medo de se afastar dos pais, medo que algo ruim aconteça a qualquer momento. A médica identifica também os sinais de perda ou aumento expressivo do apetite, medos e preocupações excessivas, que podem dificultar na realização de diversas atividades.
De início, a família pode ficar confusa em como agir com essa alteração de humor e não entender que é uma forma dela pedir ajuda. “Muitas crianças passam muito tempo com ansiedade pois não são diagnosticadas e acabam desenvolvendo outros transtornos como depressão ou fobias sociais o que traz mais dificuldades familiares pois a criança sente-se insegura fora de casa, não quer se afastar dos pais, não se diverte e tem pensamentos de fuga e medo”.
Como conselho, Renata orienta que os pais se mostrem bastante pacientes e levem a criança ao pediatra ou médico da família para conversar sobre o que está acontecendo. “Quando necessário, pode ser solicitado alguns exames que irão diferenciar se os sintomas são realmente físicos ou causados pelos transtornos da ansiedade”.
Por isso, é tão importante ficarmos de olho no modo em que agimos. “Às vezes as brigassão por algo superficial e sem valor para os adultos, mas a criança não é a razão, ela é o sentir, e então ela sente o desafeto, o desamor, não sabe lidar com isso e com o tempo passa a achar que pode perder o amor dos pais, fica ansiosa, irritada e quer chamar atenção com situações de birra“.
Dependendo da idade, as crianças ainda não têm o discernimento para refletir uma briga familiar, por exemplo, e acaba absorvendo o assunto para si. “Quem tem criança em casa precisa ter a responsabilidade de tentar manter uma transparência afetiva, sem falsidade mas tomando cuidados de que você está sendo o exemplo de uma personalidade que está se formando ali, e isso é uma responsabilidade muito grande e sagrada”, explica.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a meditação “mindfulness“, que é a prática de atenção plena, já é recomendada no Documento Científico do Departamento Científico de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento. Para criar curiosidade nas crianças, crie um hábito diário e inclua a atividade na rotina.
Como outras alternativas para lidar com a ansiedade, é recomendado ainda: organização da rotina de sono, com horário e tempo satisfatório; tempo e conteúdo de tela controlados de forma saudável para a idade; brincadeiras que tragam diversão para a criança; tempo qualitativo com os pais; atividades físicas durante cerca de 60 minutos ao dia; atividades de lazer; técnicas de relaxamento ou “mindfulness”.
De forma leve, a atividade deve ser inserida aos poucos na vida da família, sem que seja imposta como uma obrigação. Para a criação do vínculo, a cardiologista recomenda que os pais comecem a meditar antes das crianças, pois alimenta o autoconhecimentoe a maneira de lidar com as mais diversas situações
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