Publicado em 30/12/2020, às 06h28 - Atualizado às 06h33 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo
Na madrugada desta quarta-feira (30), o Senado argentino aprovou a legalização do aborto no país. Após uma sessão de 12h, foi concebido o direito da mulher em optar pelo método até a 14ª semana de gestação.
A decisão foi tomada com 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção. A notícia repercutiu em grandes comemorações do lado de fora do Congresso, incluindo fogos de artifício verdes, cor símbolo da luta pela causa.
A Argentina é o primeiro país grande da América Latina a legalizar o aborto. Além dele, Cuba, Uruguai, Porto Rico, Guiana, Guiana Francesa, Cidade do México e estado de Oaxaca (já que no México a legislação funciona em nível regional) também legalizaram a interrupção da gravidez.
Anteriormente, na Argentina, só era permitido em caso de estupro ou risco de morte da mãe. Não é a primeira vez que o país vota sobre a decisão. Dois anos atrás ela já foi pauta no Senado, mas os votos contra foram a maioria naquela ocasião.
“O aborto seguro, legal e gratuito é lei. Hoje somos uma sociedade melhor, que amplia direitos às mulheres e garante a saúde pública”, publicou o chefe de Estado argentino, Alberto Fernández, no Twitter.
Aprovada pela Câmara de Deputados no último dia 11, a proposta foi votada pelo Senado na tarde de terça-feira, sendo divulgado o resultado apenas na quarta.
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