Bebês de gestantes vacinadas contra a gripe garantem imunidade nos primeiros dias de vida
Segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, apenas 22% das gestantes tomaram a vacina contra a Influenza
Resumo da Notícia
- Cobertura vacinal das gestantes tem baixos níveis no estado de São Paulo
- Apenas 22% das grávidas de imunizaram contra a gripe
- O papel dos obstetras é fundamental para evitar a disseminação de notícias falsas
Já está comprovado cientificamente que quando uma gestante é imunizada os anticorpos tem uma dupla missão: protegem a mamãe e através da placenta levam anticorpos também para o bebê – até o sexto mês de vida.
Mas, mesmo com todos esses benefícios a cobertura vacinal das gestantes no estado de São Paulo não está nem perto dos índices desejáveis. Segundo a coordenadora de controle de doenças do estado, Regiane Aparecida Cardoso de Paula, a poucos dias do inverno, período de maior circulação do vírus, apenas 22% das gestantes tomaram a vacina contra a gripe. Entretanto, o problema se repete também na proteção contra outras doenças, sendo que somente 30% da futuras mamães se imunizaram com a vacina DTPA, contra difteria, tétano e coqueluche, números bem distantes dos 95% recomendados pelo Ministério da Saúde.
Regina destaca ainda que temos registrado a queda da cobertura vacinal em todo o país e para mudar essa realidade fazer uma comunicação assertiva é fundamental. “A gestação é uma fase da vida em que as mulheres recebem palpites de todos os lados e precisam de uma rede de informação confiável para se consultar. É aí que entra o papel do obstetra”, reforça a médica.
Para estimular a adesão dos faltosos, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo prorrogou a campanha de vacinação contra gripe sarampo e poliomielite até o dia 24 de junho. Até lá, a meta é que ao mesmo 90% da população elegível esteja imunizada.
Podem se vacinar contra o vírus da Influenza pessoas acima de 60 anos, profissionais da Saúde, gestantes e puérperas, crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade, professores, indígenas, pessoas com deficiência e comorbidades, forças de segurança e salvamento, forças armadas, funcionários do sistema prisional, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário de passageiros urbanos e de longo curso, trabalhadores portuários, população privada de liberdade, e adolescentes e jovens sob medida socioeducativa.
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