Publicado em 02/08/2019, às 10h30 - Atualizado em 26/03/2021, às 09h18 por Jennifer Detlinger, Editora de digital | Filha de Lucila e Paulo
Você sabe o que a cerclagem uterina? A maioria das mulheres nunca ouviu falar nesse procedimento até passar por ele. É rápido e simples, indicado para as gestantes diagnosticadas com Incompetência Istmocervical, ou seja, uma alteração no colo uterino que causa riscos de parto prematuro por dilatação precoce ou aborto espontâneo. Na prática, o médico dá um ou dois pontos para amarrar o colo do útero.
Trata-se de um procedimento feito por meio de uma cirurgia, em que se costura o colo uterino para evitar o nascimento antes da hora prevista, indicado para mulheres que possuem insuficiência do colo do útero – uma dilatação que pode começar ainda no primeiro ou no segundo trimestre de gestação.
O procedimento só é indicado para quem tem o problema, e não pode ser realizado como uma maneira de prevenir os partos prematuros, como nos casos das gestações de múltiplos, em que muitos acham que a cerclagem é obrigatória – pelo contrário! Nestes casos, não há nada que indique que a cirurgia diminua os riscos de prematuridade dos bebês. Portanto, se você está esperando gêmeos, fique atenta às recomendações médicas.
Na maioria das vezes, o diagnóstico da Incompetência Istmocervical é feito pelo histórico clínico da mulher, ou seja, se ela já teve partos prematuros ou quase indolores, com o rompimento espontâneo da bolsa. Os ultrassons transvaginais feitos durante o pré-natal ajudam na determinação da doença e na indicação da cerclagem, que deve ser feita até a 15ª semana de gestação. “Após essa fase, em situações de emergência, a cirurgia pode ser realizada”, afirma o obstetra João Bortoletti, pai de Tatiana e Carolina.
Segundo o especialista, algumas mulheres nascem com a Incompetência Istmocervical, mas ela também pode aparecer com o tempo. Cirurgias no colo uterino, como cauterizações e abortos prévios (provocados ou não), são procedimentos que vão alterar a região, aumentando os riscos de a doença aparecer.
A cirurgia pode durar entre 15 e 30 minutos e deve ser realizada no hospital e com anestesia – em geral, a raquidiana. Os pontos devem ser retirados na 37ª semana de gravidez. Depois disso, o parto vai acontecer normalmente, podendo ser por cesárea ou natural. Em geral, quem tem Incompetência Istmocervical costuma passar por partos vaginais sem complicações.
O pós-operatório é tranquilo. A grávida fica internada por um dia, faz repouso por mais um e, depois, vida normal. As relações sexuais devem ser evitadas por uma semana, assim como esforços excessivos. As gestantes com este problema que não fizerem a cerclagem correm o risco da bolsa se romper prematuramente, sem causas aparentes, e expulsar o feto. Se o bebê tiver mais de 500 gramas, será considerado um parto prematuro. Se for menor, ocorre um aborto espontâneo.
Por isso, o apoio psicológico profissional pode ser necessário para algumas das mulheres durante essa fase de recuperação, assim como o suporte emocional da família.
O procedimento, no entanto, tem riscos, como favorecer uma infecção intrauterina ou a ruptura das membranas amnióticas. Por isso é importante fazer a cerclagem apenas em casos em que realmente é necessário. A maioria dos estudos científicos atuais sugerem que não há vantagens de fazer o procedimento em grávidas com baixo risco de perda gestacional.
O pessário vaginal pode funcionar como uma alternativa à cerclagem. Usados em pacientes com incontinência urinária e há mais de 50 anos no mundo para a prevenção de parto prematuro, os pessários não têm comprovação de eficácia, mas ainda são utilizados por mulheres adeptas de uma medicina mais natural, que preferem uma solução terapêutica, em vez de cirúrgica. O procedimento consiste na colocação de uma prótese, encaixado no colo uterino.
Consultoria: Eduardo Cordioli, filho de Gerson e Elizabete, é ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein. Humberto Tindó, pai de Morena, Breno e Bruna, é ginecologista e obstetra do Hospital Quinta D’Or. João Bortoletti, pai de Tatiana e Carolina, é coordenador de Medicina Fetal do Hospital Santa Catarina.
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