Gravidez

Covid-19: estudo descobre se vírus pode contaminar ou não óvulos de mulheres grávidas

A descoberta foi feita na Espanha - Getty Images
Getty Images

Publicado em 07/10/2020, às 11h42 por Helena Leite, filha de Luciana e Paulo


A covid-19 pode ou não contaminar os óvulos de mulheres grávidas? Essa vem sendo uma pergunta muito debatida entre os estudiosos que trabalham diariamente para conseguir entender melhor essa doença que se espalhou pelo mundo. Um estudo recente, feito por pesquisadores dos laboratórios Eugin, de Barcelona concluiu que os óvulos de mulheres grávidas com Covid-19 não podem ser infectados pelo novo coronavírus. Isso significa que  a infecção vertical mãe-feto não ocorreria através dos óvulos.

A descoberta foi feita na Espanha  (Foto: Getty Images)

Para a descoberta, os pesquisadoras analisaram um total de 16 óvulos de duas mulheres submetidas a estimulação ovariana controlada. Ambas receberam o resultado positivo para o teste da covid-19 no dia da extração do ovócito, mas estavam assintomáticas. Os cientistas, então, analisaram os gametas femininos e em nenhum foi identificada a presença do RNA do novo coronavírus.

Desde a aparição da covid-19, foi possível verificar que o vírus pode afetar diferentes tecidos e órgãos, entretanto, o efeito na função reprodutiva tem sido pouco estudado até o momento. Apesar disso, a possível transmissão vertical do SARS-CoV-2 através de gametas e embriões era uma das principais preocupações acerca dos tratamentos de reprodução assistida durante a pandemia.

Como apontado pela CNN Brasil, a descoberta traz uma nova perspectiva de retomada dos tratamentos de fertilização in vitro, mesmo durante a pandemia, uma vez que mostra que os óvulos podem ser coletados e congelados, já que não ocorre a infecção vertical.

Fertilização in vitro x pandemia

Fertilização in Vitro (Foto: iStock)

Até o momento, a Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH) recomenda adiar os tratamentos de fertilização in vitro e inseminação artificial. “Em virtude das incertezas e falta de evidências robustas na literatura, e seguindo as orientações da ASRM (6), sugerimos que pacientes assintomáticos, sem suspeitas de contágio, que planejam realizar tratamento de reprodução assistida com gametas próprios ou usar ovodoação, espermatozóides de doador ou útero de substituição, também devem postergar o início de qualquer tratamento para obtenção de uma gravidez até que a situação no país relativa ao COVID-19 esteja controlada”, publicaram em nota. 

Já para os tratamentos em andamento, o indicado é prosseguir, mas caso a mulher  ainda esteja no início e apresente os sintomas, também vale a recomendação de aguardar: “Para pacientes sintomáticos que estiverem em vigência de tratamento da infertilidade, sugerimos que seja cancelado o procedimento ou oferecido o congelamento de todos os oócitos ou embriões, evitando-se a transferência de embriões até que estejam livres da doença e a situação no país esteja normalizada”. A instituição tomou essas medidas seguindo as recomendações de prevenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS), que reforçam a necessidade de isolamento domiciliar e evitar aglomerações ou idas desnecessárias aos hospitais.

A Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida e a Red Latinoamericana de Reproducción Asistida também se pronunciaram sobre o assunto. Em nota, disseram: “A SBRA e a REDLARA entendem que este é um momento de prudência e de atenção e recomendam que os profissionais de reprodução assistida suspendam novos procedimentos durante esse período, à exceção de casos oncológicos e de outros em que o adiamento possa causar mais dano ao paciente. Nessas eventualidades, a orientação é de que a decisão seja compartilhada com o paciente e que o profissional observe com cautela as particularidades de cada situação. As entidades orientam ainda que os ciclos já em andamento sejam finalizados, com controles estritos dos pacientes e equipes envolvidas”. As duas instituições também recomendam que os profissionais da área adotem medidas de prevenção e segurança nas clínicas e locais de atendimento


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