Drogas e sedativos usados pelo anestesista preso por estupro são raras em partos: veja os riscos
O uso deste tipo de medicamentos são raros nos casos de parto normal ou cesárea
Resumo da Notícia
- O anestesista Giovanni Quintella, preso em flagrante por estupro, utilizava sedativos e hipnóticos para abusar das mulheres
- Usar sedativo para realizar um parto, sem risco, é totalmente desnecessário
- A Sociedade de Anestesiologia de São Paulo informa que o recomendado são técnicas anestésicas que permitem a interação durante o nascimento
Qual a necessidade de sedar a mulher durante o trabalho de parto? Segundo o Coordenador do Núcleo de Obstétrica da Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo, Fernando Souza Nani, Pai de Guilherme e Beatriz, durante o trabalho de parto a indicação de um sedativo, em um parto de baixo risco, é zero
No início da semana, o anestesista Giovanni Quintella foi preso em flagrante após estuprar mulheres durante cesariana. Segundo informações da Polícia Civil, ele dava sedava as pacientes para praticar os abusos. O criminoso utilizava drogas hipnóticas e sedativas (Propofol e Cetamina) para deixar as vítimas desacordadas.
Dr. Fernando afirma que estes fármacos são utilizados raramente, em situações muito específicas, mas em um procedimento sem nenhum risco eles não são necessários. E alerta que realizar uma sedação profunda na gestante não é recomendado e pode causar problemas sérios à saúde da mulher e da criança. “Os casos de sedação são extremamente raros, e apenas acontecem se há algum agravo à saúde ou situações em que a segurança da gestante ou do bebê são colocadas em risco, como crises de ansiedade aguda ou distúrbios psiquiátricos graves. É essencial reforçar que nenhuma sedação aplicada, nas situações específicas citadas acima, tem o objetivo de fazer com que a paciente esteja dormindo profundamente durante o procedimento”, explica o médico.
O especialista em anestesiologia diz ainda que as drogas utilizadas para anestesia e sedação – quando necessárias – nos partos, são seguras. Entretanto, alguns medicamentos anestésicos, podem ter potencial alucinógeno e de causar amnésia; fato que traria o potencial risco de a gestante perder o envolvimento com o processo do parto e nascimento. “O que se utiliza são técnicas que permitem que a mulher tenha o controle da dor e possa interagir o tempo todo com a chegada do bebê”, explica o médico.
Ele ressalta ainda que o ideal é que a mulher caminhe, converse e tenha mobilidade para exercícios auxiliares ao parto e acolher, bem como amamentar, o recém-nascido nas primeiras horas de vida; obviamente desde que exista segurança para a realização destes atos. Os anestésicos e as técnicas para analgesia de parto são extremamente seguros e benéficos”, completa Dr. Nani.
O combinado não sai caro!
Atenção gestantes: é importante ressaltar que tudo que vai acontecer na hora do parto precisa estar combinado com a equipe médica. O nascimento de um bebê é um dos momentos mais marcantes na vida das mulheres e participar é direito de toda mãe!
Não perca o nosso próximo episódio:
* Leia também:
Mãe vítima de estupro por anestesista já está conseguindo amamentar o filho: “Estão bem”
Vizinhos descrevem comportamento de anestesista preso por estuprar grávida: “Tinha tudo”
Outras vítimas do anestesista prestam depoimentos: “Ele ficava falando baixinho ao meu ouvido”
Remédios usados por anestesista preso por estupro são “extremamente raros”, diz especialista