Gravidez

Está grávida e seu humor virou uma montanha-russa? Te explicamos o porquê

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Publicado em 28/05/2018, às 09h02 - Atualizado às 09h05 por Jéssica Anjos, filha de Adriana e Marcelo


Deu positivo! Depois desse resultado começa a jornada dos pais até o dia do nascimento do bebê. A mulher passa por mudanças na casa, na rotina, na família e nos hormônios! Sendo que este último item pesa mais. “Desde o diagnóstico da gestação até o parto, a ação desses hormônios pode ser notada, seja promovendo modificações no corpo e/ou permitindo que o embrião e o feto tenham asseguradas as melhores condições para sua formação completa”, diz Vander Guimarães Silva, ginecologista e obstetra, professor titular de Saúde da Mulher da Faculdade de Medicina de Petrópolis, filho de Maria das Graças e José.

A maior parte dessas mudanças é estimulada por alterações hormonais que aparecem especificamente durante a gestação. “Os hormônios mais importantes são o estrogênio, a progesterona, o hormônio liberador de corticotrofina, o lactogênio placentário, a somatomamotropina humana, a prolactina e a ocitocina, além do gonadotrófico coriônico”, completa o especialista

E o que esses nomes estranhos têm a ver com o que você está sentindo? Vamos explicar. Um dos primeiros hormônios, o Beta HCG (hormônio gonadotrófico coriônico), traz a certeza para os médicos e pais de que há mesmo um bebê a caminho. E ele também é responsável pelas incômodas náuseas.

“A função desse hormônio é assegurar que a fixação do ovo (zigoto) no interior do útero esteja garantida, permitindo assim o desenvolvimento do embrião”, explica Vander. A partir de 14 semanas de gravidez, aproximadamente no terceiro mês, a placenta passa a ser quem comanda boa parte dos hormônios que irão influenciar no resto da gestação. E então a tendência é diminuírem os enjoos

No caso das alterações de humor a culpada é a ocitocina. Seu humor se transformou numa enorme montanha-russa? Pois bem, melhor se preparar, porque isso fará companhia para você (e para a sua família) até durante o pós-parto. Mas a notícia boa é que passa! “A melhor forma para tirar essa fase de letra é com o apoio e compreensão da família. A presença dos familiares por meio de incentivos, cuidados e suporte é essencial para a recuperação do bem-estar da mãe e do recém-nascido”, afirma Vander.

Atividade física também ajuda! “O exercício físico é um ótimo colaborador para as mães, trabalhando para amenizar a ansiedade. E, se tiver um suporte psicológico com um especialista, melhor!”, aconselha Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra na Clínica Parto Sem Medo, pai de Beatriz e João Victor.

“No final do período gestacional, por volta das 40 semanas, há uma queda desses níveis hormonais e entram em ação a ocitocina e prolactina, que estimulam as contrações uterinas e a ejeção do leite materno”, completa o obstetra.

Fique alerta

Essas alterações de hormônio também podem desencadear problemas psicológicos. “A depressão pós-parto e a psicose puerperal são os principais transtornos que podem aparecer no puerpério”, afirma o dr. Alberto.

Puerpério é o período no qual os órgãos genitais e o estado geral da mulher retornarão às condições anteriores à gestação. Essas mudanças não são somente físicas, mas também psíquicas e hormonais.

Nesse período algumas mulheres sentem uma tristeza profunda, mas isso é normal se permanecer apenas por alguns dias. “É uma condição encontrada com muita frequência, porém com sintomatologia branda, que não requer medicação”, afirma Vander. Esse descontentamento, mais conhecido como baby blues, costuma durar de 10 a 15 dias.

Já a depressão pós-parto é um sentimento que persiste e pode levar até à rejeição do bebê por parte da mãe. “Normalmente está relacionado a uma história familiar ou pessoal prévia de patologia psiquiátrica. A gravidez, o parto e os primeiros dias após o nascimento do bebê funcionam como fatores que desencadeiam tais condições”, explica o ginecologista

Não deixe de conversar com o seu médico. O especialista irá avaliar se as condições de cada etapa estão normais e orientar a melhor forma de transição de acordo com cada caso

ONDE ISSO SE ENCAIXA?

  • Estrogênio: responsável pelo crescimento do útero e do colo uterino, garante o espaço necessário para o bebê crescer confortavelmente. Além disso, esse hormônio também permite uma maior ramificação da rede mamária, preparando você para a amamentação.
  • Progesterona: relaxa a musculatura do útero, permitindo que a gravidez não seja interrompida antes dos nove meses. O hormônio também auxilia no aumento do tamanho da vagina e vulva na hora de dar à luz.
  • Lactogênio placentário: que nome! É extremamente necessário para o início da produção de leite, denominada pelos médicos como lactogênese.
  • Somatomamotropina coriônica: além de concorrer ao recorde de maior palavra da língua portuguesa, esse hormônio é relacionado à nutrição do feto, seu crescimento e desenvolvimento. Ele aumenta de produção pouco a pouco, e no final da gestação se potencializa e causa a contração uterina.

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