Publicado em 09/08/2018, às 16h33 - Atualizado às 16h38 por Nathália Martins, Filha de Sueli e Josias
Se você é uma mãe de primeira viagem e sua voz aparentemente mudou bastante, acredite: isso não é coisa da sua cabeça e você não está sozinha. Um estudo recente da Universidade de Sussex, em Brighton, no Reino Unido, descobriu que o tom de voz das mulheres diminui após o nascimento do primeiro bebê.
A pesquisa oferece a primeira confirmação científica para, principalmente, cantoras e profissionais de voz – que vêm dizendo desde a década de 1970 que o parto afetou suas vozes – disse a principal autora do estudo, Kasia Pisanski, doutorada, ao Washington Post.
Durante um show de 2017, por exemplo, a cantora Adele pediu à platéia para ajudá-la quando ela fosse tentar alcançar as notas baixas de sua música-tema de 2012 de James Bond, “Skyfall”. “Quando eu escrevi essa música, eu estava grávida e minha voz ficou muito mais grave”, disse Adele na época.
O “vocalismo masculino” – quando a voz de uma mulher se torna mais grave e mais monótona – é bastante comum após o parto, descobriram os pesquisadores. Eles analisaram mais de 600 gravações de voz de mulheres aos olhos do público, incluindo atores, jornalistas de rádio e cantores, divididos em dois grupos: 20 mães e 20 mulheres que nunca deram à luz. Os psicólogos estudaram como as vozes das mães mudaram antes, durante e depois da gravidez durante um período de dez anos.
Embora a causa específica ainda seja desconhecida, uma explicação é a mudança hormonal após o parto, disse Pisanski em um comunicado. “Pesquisas anteriores mostraram que as vozes das mulheres podem mudar com a fertilidade, com o tom aumentando na época da ovulação a cada mês e diminuindo após a menopausa”, disse ela. “Sabemos que, após a gravidez, há uma queda acentuada nos níveis dos principais hormônios sexuais e isso pode influenciar a dinâmica das pregas vocais e o controle vocal”, finalizou.
Ame ou odeie, o tom mais rouco é apenas temporário. Pesquisas indicam que as vozes das mulheres normalmente retornam ao seu discurso anterior dentro de um ano após o parto – e pelo menos você não terá que explicar isso para um estádio cheio de fãs.
Não é só a voz que muda
Que seu corpo está passando por um monte de transformações rapidamente, durante a gestação, com certeza é fácil notar. Mas sua cabeça, além de passar por mudanças psicológicas, também sofre alterações biológicas e hormonais.
Alguns estudos e teorias falam em Circuito Maternal: quando a mulher está grávida, haveria uma ativação de estruturas relacionadas a comportamentos maternais. Nas grávidas, existe uma atenuação do eixo hipotálamo, hipófise e adrenal, conhecido como eixo do estresse, que é uma resposta natural do organismo.
Isso aumenta a quantidade de alguns hormônios que já eram produzidos pelo corpo, mas agora estão sendo fabricados em maior quantidade. Toda grávida é uma bomba de hormônios!
Você também já deve ter ouvido coisas a respeito do tamanho do cérebro aumentar ou diminuir durante a gestação, ou sobre uma possível alteração na quantidade de líquido na cabeça da grávida. A sabedoria popular desperta a curiosidade, mas sobre isso há controvérsias e nenhuma conclusão médica definitiva. O que sabemos é que não existem mudanças funcionais envolvidas nestas questões.
Onde eu deixei minha concentração?
É comum muitas grávidas reclamarem que se sentem mais distraídas, esquecidas e com a memória fraca durante a gestação. Mas será que isso tem fundamento científico? Segundo o Dr. Álvaro Pentagna, neurologista do Hospital e Maternidade São Luiz e pai de Helena e Paulo, sim, existem fatores biológicos que contribuem para que isso aconteça.
No primeiro trimestre da gravidez é o aumento da progesterona o responsável pela elevação da sonolência. Já no terceiro trimestre, a qualidade de sono piora muito. Com a barriga grande é mais difícil encontrar uma posição confortável para dormir, além da respiração que fica mais difícil.
Isso tudo causa diminuição dos reflexos, sonolência, dificuldade de concentração, e diminuição da fixação da memória. E quando você sente que está mais irritada ou que o humor está oscilando com frequência, pode ser culpa do aumento da progesterona.
Calma, tudo volta ao normal
Depois do parto, tudo começa a voltar aos eixos: todas as alterações regridem, mas algumas delas podem demorar um pouco, dependendo das noites mal dormidas com o bebê recém-nascido, como a falta de concentração. A produção de prolactina, que promove o desenvolvimento das glândulas mamárias e a produção de leite materno, é mais persistente, devido ao estímulo da amamentação.
O mesmo acontece com a ocitocina, popularmente conhecida como hormônio do amor, produzida numa região do cérebro que regula as emoções, fortalece o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê e também facilita o processo de amamentação.
Multifunção
O estrogênio atua até no brilho do cabelo e na textura da pele. Também tem ação importante no sistema circulatório da gestante, preparando o corpo para o aumento do volume do sangue em veias e artérias. Outra função deste hormônio é estimular o crescimento das glândulas mamárias.
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