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Grávidas que tomaram AstraZeneca poderão receber 2ª dose da Pfizer no Rio de Janeiro: entenda

A prefeitura do Rio de Janeiro autorizou a combinação de vacinas para as grávidas que já haviam recebido o imunizante da AstraZeneca - Getty Images
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Publicado em 29/06/2021, às 08h35 - Atualizado às 12h15 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco


Na manhã desta terça-feira, 29 de junho, a Prefeitura do Rio autorizou que as grávidas que tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca, recebam a segunda aplicação da Pfizer. Essa é a primeira região do Brasil a adotar a medida de combinação de imunizantes.

Em maio deste ano, a AstraZeneca suspendeu a vacinação em grávidas por causa de uma “suspeita de evento adverso de AVC”, que teria causado o óbito da mãe e do bebê. A partir do acontecido, as gestantes estariam tomando a primeira dose apenas da CoronaVac ou Pfizer. Já as que tinham tomado a da AstraZeneca, deveriam esperar até o fim da gestação para a segunda dose, como recomendado pelo Ministério da Saúde.

A partir de resultados preliminares de estudos internacionais, o comitê científico do município disse que a mistura das doses (AstraZeneca e Pfizer) traz resultados eficazes contra a covid-19. A novidade foi informada por Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde, pelas redes sociais.

A prefeitura do Rio de Janeiro autorizou a combinação de vacinas para as grávidas que já haviam recebido o imunizante da AstraZeneca (Foto: Getty Images)

“Seguindo a recomendação do nosso comitê: As gestantes que tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca poderão, mediante avaliação dos riscos e benefícios com seus médicos, realizar a segunda dose com a vacina da Pfizer 12 semanas após a primeira dose”, escreveu o secretário.

Para receber a dose de reforço, é importante que a grávida procure pelo seu obstetra. A partir disso, será emitido um atestado que deve ser levado no dia da vacinação. É importante que a janela de três meses entre a primeira e segunda dose sejam respeitadas.

O que dizem os estudos internacionais

O secretário de saúde listou seis estudos clínicos, somando um total de 2.000 participantes, que “demonstraram segurança e eficácia de aplicação heteróloga de Pfizer e AstraZeneca” – ou ainda a combinação entre os dois imunizantes. São eles:

  • Estudo realizado pelo Governo da Coreia do Sul: 500 profissionais militares
  • Estudo realizado pelo Hospital Universitário de Berlim (Alemanha): 129 profissionais da saúde de 18 a 64 anos
  • Estudo realizado pelo Instituto Carlos III (Espanha): 663 voluntários de 18 a 59 anos
  • Estudo realizado pela Universidade de Oxfrod (Reino Unido): 463 voluntários com uma média de 57 anos
  • Estudo realizado pela Universidade de Saarland (Alemanha): 250 profissionais de saúde
  • Estudo realizado pela Universidade de Ulm (Alemanha): 26 profissionais de saúde

Ao comparar os resultados de eficácia, o estudo feito pela Universidade de Saarland mostrou que a combinação dos imunizantes teve uma resposta imune mais forte do que a primeira e segunda dose apenas com a vacina da Pfizer.

Alguns países da Europa já estão realizando estudos sobre a combinação de doses, mas ainda não existe um trabalho definidor (Foto: Freepik)

Além disso, os sintomas e reatogenicidade foram foram menores nas pesquisas do Instituto Carlos III, Universidade Saarland e Hospital Universitário de Berlim. Já nos estudos da Universidade Ulm e Universidade de Oxford, foi possível notar uma reação equivalente ou levemente maior, respectivamente.

A partir do levantamento apresentado, Soranz explica que outros países já recomendam a combinação de doses, e outros já autorizaram o processo. São eles:

  • Recomendaram a combinação: Alemanda, Canadá, Coreia do Sul, Chile, Dinamarca, França, Finlândia Noruega, Portugal e Suécia.
  • Autorizaram a combinação: Espanha, Emirados Árabes, Inglaterra e Itália.

De acordo com a Dra. Raquel Muarrek, infectologista da Rede D’or, em entrevista à Pais&Filhos, ainda não se tem a discussão da mistura de vacinas. “A Europa faz isso, está começando, mas nós não temos um trabalho definidor quanto à aplicação de  uma dose e depois a outra. Então, isso é um trabalho epidemiológico do país a partir da resposta das taxas de transmissão, respostas clínicas, e disponibilidade do imunizante”, explica.

Sobre se a combinação de doses pode causar algum impacto na eficácia das vacinas, a médica diz que é importante um trabalho definidor: “Não temos taxas de resposta sobre a mistura de doses. Nós temos os trabalhos acontecendo, mas sem o resultado final, com um número eficaz que possa justificar a mistura de vacinas”, comenta.

Grávidas a partir de qual idade podem se vacinar?

A vacinação para grávidas e puérperas pode acontecer em pessoas acima de 18 anos com as vacinas disponíveis no Brasil (CoronaVac, AstraZeneca, que está suspensa temporariamente, e a da Pfizer. Vale lembrar que os estudos sobre a imunização para esse grupo estão em andamento. Veja as principais respostas sobre a vacinação contra a covid-19.


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