Publicado em 19/04/2021, às 13h52 - Atualizado às 13h53 por Hanna Rahal, filha de Lydiana
De acordo com uma pesquisa realizada no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP (Universidade de São Paulo) a falta de melatonina na gravidez, prejudica o metabolismo da mãe. O estudo foi publicado em fevereiro pelo Journal of Pineal Research.
Uma das funções principais da melatonina é o controle dos ciclos do sono e da vigília. “Esse hormônio, que é produzido somente à noite, tem acesso funcional a praticamente todos os sistemas fisiológicos”, explica ao Jornal da USP José Cipolla Neto, professor do ICB e orientador do estudo.
“Ela regula a atividade do sistema nervoso, tem um papel importante na regulação dos sistemas cardiovascular, imunológico e reprodutivo, por exemplo.” Contudo, estudos anteriores ofereceram três informações importantes para os cientistas.
A primeira é que há um aumento progressivo de produção de melatonina do primeiro para o segundo e do segundo para o terceiro trimestre da gestação, mas não se sabe o porquê. A outra diz que o metabolismo materno se modifica para satisfazer não só o organismo materno, mas o do bebê (ou dos bebês) em desenvolvimento. E a terceira fala que a melatonina tem uma ação metabólica importante, ou seja, regula a secreção e a ação da insulina, o dispêndio energético e a ingestão alimentar.
E o estudo conclui que, de fato, a melatonina é responsável pelo funcionamento de muitas funções no organismo da grávida. Contudo, a melatonina começa a ser liberada no início da noite, quando cai a iluminação natural. “Até 300 anos atrás, não havia luz elétrica. Esse novo comportamento está levando a população a entrar em um estado patogênico chamado hipomelatoninemia, que é a redução da produção de melatonina pela glândula pineal”, explica Cipolla.
“Da forma como estamos vivendo, nos colocamos em uma condição que bloqueia a nossa síntese de melatonina e isso é quase catastrófico”, destaca Cipolla ao Jornal da USP. O professor ainda explica que esse é um determinante importante de patologias encontradas em populações urbanas, como doenças metabólicas, cardiovasculares e neurodegenerativas.”
Algumas ações bem simples podem minimizar os danos causados pela falta de sono. “O sono vai muito além de um repouso. Ele tem muitas funções e a principal delas é a restauração”, afirma Luciane Luna de Mello, médica pneumologista, especialista em Medicina do Sono e membro do Instituto do Sono de São Paulo, mãe de Pedro à Pais & Filhos.
Ela entende que a mudança em relação ao sono se dá principalmente pela falta de rotina desse período. Com a necessidade de isolamento social, as famílias perderam os horários e, assim, a referência, que é fundamental para manter o sono em dia. “As pessoas não têm mais hora para nada, nem para começar, nem para terminar e essa relação exige cuidado”. Ou seja, manter uma rotina adequada de sono é possível manter a quantidade necessária de melatonina em dia;
Para finalizar, o pesquisador também está desenvolvendo um trabalho com filhos de mães que trabalharam à noite durante a gravidez. “A nossa ideia é comparar essas crianças com outras da mesma idade, em termos de desenvolvimento psicomotor, metabólicos, cardiovasculares e estrutura do sono, por exemplo”.
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