Gravidez

Imunização materna: a importância de se vacinar para proteger o seu bebê ainda no útero

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GSK

Publicado em 02/08/2019, às 11h50 - Atualizado às 12h03 por Jennifer Detlinger, Editora de digital | Filha de Lucila e Paulo


Assim que a mulher descobre que está grávida, tudo muda de repente. O teste deu positivo, você contou a notícia para a família toda e agora sonha com o momento em que poderá conhecer seu filho. Mas junto com todas as emoções, chegam também as dúvidas. Você sabia que existem vacinas que são especialmente recomendadas enquanto estiver grávida?7 E algumas mães, por medo ou falta de informação, desconhecem a importância de colocar a caderneta de vacinação em dia durante a gestação.6

Pode parecer um assunto pequeno, em meio a tantas preocupações, mas as vacinas tomadas durante a gestação protegem a mãe e também podem ajudar a proteger o bebê durante os primeiros meses de vida contra doenças como a difteria, tétano, coqueluche, gripe e hepatite B.1,2,4,7-9

“A vacinação durante a gravidez é um momento muito importante tanto para a mulher quanto para o bebê. Durante a gestação, a mãe que toma a vacina passa a produzir uma série de anticorpos, que é o nosso mecanismo de defesa. A mãe é capaz de transferir os anticorpos ao bebê enquanto ele ainda estiver no útero, conectado à placenta, e também depois, através da amamentação”, explica a pediatra Bárbara Furtado (CRM-RJ: 72109-3), mãe de Henrique e Rafael, gerente médica de vacinas da GSK. Esse cuidado é muito importante pois os bebês irão nascer com esses anticorpos que podem protegê-los nos primeiros meses de vida, até que completem seu esquema vacinal primário.4,5,7

Uma das doenças que podem acometer principalmente os bebês abaixo de 6 meses é a coqueluche. Até completar essa idade, o bebê fica mais suscetível à doença porque só recebe a primeira dose do esquema primário da vacina que protege contra a doença aos 2 meses.3,4 “O maior número de casos da doença que geram complicações aparecem nos três primeiros meses de vida do bebê”, explica Bárbara.

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Além disso, as mães são a principal fonte de transmissão da doença para bebês em aproximadamente 39% dos casos.8 “A mãe normalmente é a pessoa que fica mais próxima durante os primeiros meses de vida do bebê. Em cerca de 39% dos casos, é a mãe que passa a bactéria para o filho porque está em contato direto com ele. Mas qualquer pessoa que seja próxima do bebê, como irmãos, pais, avós ou babás, podem estar transmitindo a coqueluche”, diz a especialista. Isso porque a coqueluche é uma doença respiratória transmitida através de gotículas eliminadas ao tossir, espirrar ou falar.3

Sem medo da vacina

Como mãe, você deseja sempre o melhor para o seu filho e é natural ter dúvidas sobre a vacinação. Mas é importante saber que a imunização materna funciona como um ato de proteção.5,8,9 “A gestação é um momento muito especial e as mulheres têm medo de fazer algo errado que possa prejudicar o bebê de alguma forma. Muitas mães têm medo de se vacinar e acham que não precisam enquanto estão grávidas. Mas a imunização materna é um ato de proteção para o bebê, que ainda não tem anticorpos suficientes para se proteger sozinho. A vacinação protege a mãe, mas principalmente o bebê, transferindo uma forma de defesa ao recém-nascido”, explica Bárbara.

Além disso, em relação às vacinas inativadas que protegem contra a difteria, tétano e coqueluche, são usados somente partes das bactérias já mortas e não apresentam riscos de causar infecção na gestante e no bebê.5,7,11 “Chamamos de vacinas inativadas. As bactérias não estão vivas e não têm capacidade de infecção. No geral, não há relatos de eventos adversos graves na mãe ou no bebê, e os efeitos adversos mais comuns da vacina são vermelhidão, inchaço e dor no local da aplicação”, diz a especialista.

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Quais vacinas a grávida deve tomar?

Ao longo da vida, precisamos tomar uma série de vacinas. E no caso da gestante, existem algumas vacinas que precisam ser repetidas a cada gestação. Uma delas é a vacina que previne contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa).2,4

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e o Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomendam que a dose da vacina dTpa seja repetida a cada gestação.2,4,5 “Na vacina da coqueluche, por exemplo, os anticorpos ficam circulando na corrente sanguínea por 2 a 3 anos. Então é preciso reforçar essa proteção da mãe e aumentar a passagem de anticorpos para o bebê”, explica Bárbara. Confira a lista:

  • Hepatite B – 3 doses, de acordo com a situação 2,4,5
  • Dupla Adulto (DT) (previne da difteria e tétano) – 3 doses, de acordo com a situação vacinal.2,4,5
  • dTpa (Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) – previne da difteria, tétano e coqueluche – Uma dose a cada gestação a partir da 20ª semana de gestação ou no puerpério (até 45 dias após o parto).2,4,5
  • Influenza (protege contra a gripe – Dose única anual).2,4,5

Bons hábitos de higiene, como cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar e lavar as mãos com água e sabão, também ajudam a evitar a transmissão da coqueluche.10 Procure seu médico para maiores informações.

NP-BR-BOO-PRSR-190004 – JULHO/2019

Referências:

1. WENDELBOE, A. M. et al. Transmission of Bordetella pertussis to young infants. The Pediatric Infectious Disease Journal, 26 (4): 293-299, 2007.

2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação SBIm gestante: Recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2019/2020 (atualizado até 28/04/2019). Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim- gestante.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2019

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico, 2015. Disponível em:

<http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/08/2015-012— Coqueluche-08.12.15.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2019.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. 2019. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/jpg/2019/marco/22/Calendario-de-Vacinacao-2019-Atualizado-Site-22-03-19.jpg>.

5. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA. Programa Vacinal para Mulheres. São Paulo: FEBRASGO, 2017. 170p.

6. MACDOUGALL, D.M. et al. Improving rates of maternal immunization: Challenges and opportunities. Human Vaccines & Immunotherapeutics, 12(4): 857-865, 2016.

7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacinação gestante: sucesso de proteção para mãe e filho. 2018. Disponível em: <https://vacinasparagravidas.com.br/public/docs/guia-da- vacinacao.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2019.

8. WILEY, KE. et al. Sources of pertussis infection in young infants: A review of key evidence informing targeting of the cocoon strategy. Vaccine,31(4): 618-25, 2013.

9. FIOCRUZ. A melhor forma de prevenir a coqueluche é manter vacinação em dia. 2016. Disponível: <https://portal.fiocruz.br/noticia/melhor-forma-de-prevenir-coqueluche-e- manter-vacinacao-em-dia>. Acesso em: 4 jul. 2019.

10. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (Whooping cough). Prevention. 2017. Disponível em:

<https://www.cdc.gov/pertussis/about/prevention/index.html>. Acesso em: 16 jul. 2019.

11. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacinas. Disponível em: <https:// familia.sbim.org.br/vacinas>. Acesso em: 16 jul. 2019.

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