Gravidez

Mãe tenta FIV pela última vez após escalar até ao topo do Kilimanjaro e engravida: “Recuperei a força”

A mãe andou de bicicleta pelas plantações de arroz no Vietnã - Reprodução/ Love What Matters
Reprodução/ Love What Matters

Publicado em 06/05/2021, às 07h33 - Atualizado às 07h43 por Letícia Mutchnik, filha de Sofia e Christiano


“Depende do universo. Devíamos ir para lá. Não sei porquê, mas vamos descobrir quando chegarmos lá”, foi assim que começou a jornada de uma mãe quando estava em um ponto de ônibus, em Byron Bay, na Austrália. A frase pegou ela de jeito, já que definia perfeitamente o momento que ela estava passando.

“Depois de dedicar 15 meses de minha vida a um ciclo de Fertilização In Vitro que falhou, precisei dar um passo para trás. Eu estava com o coração partido, exausto e desapontado. A maneira como os últimos 2 anos da minha vida se desenrolaram parecia um Band-Aid sendo lentamente retirado”, contou ela ao Love What Matters.

“A única coisa que eu tinha para mostrar em troca de todo o meu esforço paraengravidar era uma pilha de contas médicas e os dez quilos extras que os medicamentos adicionaram ao meu corpo”, adicionou ela com amargura. “Meu marido e eu ainda tínhamos um embrião congelado em Chicago, mas eu ainda não estava pronta. Eu precisava de tempo para me curar”, decidida a voltar a se sentir ela mesma, ela, que havia passado os últimos trabalhando em tempo integral como blogueira de culinária e viagens, percebeu que sempre se sentia mais viva durante as viagens.

A mãe andou de bicicleta pelas plantações de arroz no Vietnã (Foto: Reprodução/ Love What Matters)

Sendo assim, com o apoio do marido, ela marcou uma viagem de 101 dias ao redor do mundo para conseguir se curar antes de tentar de novo a FIV. “Eu me dei permissão para fazer da minha própria felicidade minha principal prioridade“.

Com algumas semanas ocupada tomando vacinas, reservando hotéis e comprando passagens de voos, ela resolveu a logística da viagem inteira. “O plano final era ambicioso. Eu viajaria para dez países em cinco continentes. Eu misturaria aventuras selvagens, com as quais nenhum dos meus amigos e familiares concordariam, com ricas experiências culturais. Os desafios que eu queria cumprir foram espalhados ao longo da viagem porque, depois de me concentrar tanto na FIV para que terminasse em fracasso, preciso ganhar confiança para alcançar alguns objetivos”, explicou.

A mãe fez várias aventuras antes de tentar engravidar novamente (Foto: Reprodução/ Love What Matters)

“Aterrissei no Peru no dia 12 de abril de 2019 e assumi meu primeiro grande desafio naquela semana: escalar a montanha Machu Picchu”, contou a mãe. “Houve momentos em que senti que minhas pernas iriam entrar em colapso e momentos em que estava dobrada tentando recuperar o fôlego. Eu questionei se eu conseguiria chegar ao topo. Mas quando eu fiz, e fiquei acima das nuvens brancas e finas olhando para Machu Picchu abaixo, eu senti a alegria de realizar algo. Senti orgulho de mim mesma. Era o que eu precisava depois de anos ouvindo que meu corpo não estava funcionando como deveria”.

“Nas semanas e meses seguintes, caminhei pela floresta amazônica durante uma tempestade, andei de caiaque ao lado de golfinhos em Byron Bay, pedalei centenas de quilômetros em arrozais no Vietnã, observei o nascer do sol sobre Angkor Wat, explorei templos históricos em Katmandu e bebi Aperol Spritzes na Costa Amalfitana”, disse. O que resultou, para ela, em uma maior força física e mental.

“No final de junho, chegou a hora da parte mais ambiciosa da viagem: escalar o Monte Kilimanjaro. Achei que, se pudesse fazer a FIV, escalar uma montanha não seria muito difícil. Ao mesmo tempo, disse a mim mesmo que se fosse forte o suficiente para chegar ao topo do pico mais alto da África, seria forte o suficiente para enfrentar outra rodada de fertilização in vitro”, resumiu.

A jornada no Monte Kilimanjaro

“Demorou 3 dias e meio de caminhada para chegar ao topo da montanha”, conta. Ela ainda relata que as nuvens se estendiam até o horizonte, que viu árvores que só crescem no Kilimanjaro. Conheceu outros caminhantes e aplaudiram uns aos outros enquanto cavalgávamos uma montanha-russa de emoções e trabalhávamos em direção ao objetivo de chegar ao cume. “Fiquei maravilhada com a beleza da natureza ao meu redor e encorajada pela determinação de outras pessoas caminhando ao meu lado”.

“A caminhada começou à meia-noite do dia em que subimos até o topo do pico. A única luz que havia vinha das estrelas e de uma linha de faróis ziguezagueando até a montanha como luzes cintilantes. ‘Não olhe para cima’, foi o conselho que meu guia Jonas me deu”. Segundo ele, os caminhantes veem todas as luzes e ficam desanimados com a distância que estão do topo. “O ar ficou mais rarefeito e minhas pernas ficaram mais pesadas enquanto eu bloqueava tudo ao meu redor e apenas me concentrava em colocar um pé na frente do outro. Eu não conseguia parar só porque era difícil”, conta. Ela ainda disse que o Sol estava alto e a pele dela havia parado de doer de frio quando viu a placa de madeira marcando o Pico Uhuru, o ponto mais alto da montanha.

Ela conseguiu escalar até o topo do Monte Kilimanjaro (Foto: Reprodução/ Love What Matters)

“Eu estava orgulhosa de mim mesmo por fazer algo que não tinha certeza se poderia fazer. Isso me atingiu: as coisas mais difíceis da vida são as mais recompensadoras. Eu tinha sentido o universo me chamando para fazer essa viagem, mas não tinha certeza do porquê. O homem na rodoviária estava certo, eu descobri quando cheguei lá. Fiz isso para obter uma nova perspectiva de vida e felicidade. Para recuperar a força mental e física que havia perdido”, conta.

De volta à Chicago

Voltando para Chigago, ela já estava segura de que a vida dela poderia seguir 2 caminhos: ser mãe ou não. E ela já estava bem com qualquer uma das decisões. Felizmente, como presente de aniversário de 36 anos, ela descobriu que estava grávida. Após navegar nas primeiras semanas da gravidez, na 8ª semana se entregou para os cuidados da obstetra e poucas semanas depois contou para a família que estava esperando um bebê – e por surpresa, descobriu que a irmã também estava gestante.

No dia 8 de julho de 2020 chegou a tão esperada menina! Que por mais que fosse filha única ia crescer ao lado dos primos que teriam a mesma idade que ela. Ela estava super animada para mostrar as fotos da recém-nascida para os colegas de trabalho. Pesando 3,6kg, após 2 anos e meio tentando engravidar e 2 ciclos de FIV, ela nunca ficou tão feliz.

Ao voltar para Chicago ela tentou a Fertilização In Vitro (FIV) pela última vez e engravidou (Foto: Reprodução/ Love What Matters)

“A Fertilização In Vitro foi um dos momentos mais difíceis da minha vida, mas foi o mais gratificante. Aprendi a ver o lado bom dos desafios que ter um bebê em 2020 representou para nós. Nós dois começamos a trabalhar em casa. Não temos que viajar. Gwendolyn passou todos os dias da vida ao lado de ambos os pais”, concluiu.


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