Serena Williams investe milhões em ONG de cuidados pós-parto para mulheres negras
A tenista conta um pouco sobre as dificuldades do seu parto e abre uma ONG para mães negras e seus bebês
Em 2017, Serena Williams deu a luz à Alexis Olympia, após uma gravidez relativamente tranquila. Infelizmente, ela teve complicações durante e pós parto. A tenista americana sofreu uma alteração nos seus batimentos cardíacos que implicou em uma cesárea de emergência.
No dia seguinte, durante a sua recuperação, ela começou a sentir falta de ar causada por coágulos sanguíneos em seu pulmão.
O intenso ataque de tosse desencadeado pela embolia pulmonar fez com que sua incisão na cesariana fosse aberta. Serena teve que voltar à mesa de cirurgia e os médicos descobriram que havia um grande hematoma no seu abdômen.
Williams deixou o hospital uma semana depois e ficou presa na cama por mais de um mês após o parto.
SERENA VENTURES
Sabendo que as dificuldades pós-parto são recorrentes, a tenista americana criou uma ONG para quem mais precisa: mães negras. Serena investiu cerca de R$12 milhões na tentativa de proporcionar mais tranquilidade durante o puerpério.
Serena afirmou que sua empresa está focada em investir em companhias diversas com jovens fundadores e que desenvolvem espaços para colaboração. Numa publicação no Instagram, ela afirmou que “Serena Ventures investe em companhias que abraçam a diversidade de liderança, o empoderamento individual, criatividade e oportunidade”.
MORTALIDADE MATERNA
Nessa caminhada, Serena não está sozinha!
O cenário de problemas durante e/ou pós-parto no Brasil é crítica. É um dos piores índices de saúde do pais. A ocorrência é até dez vezes maior do que em países desenvolvidos.
A principais causas da mortalidade materna são hipertensão, as hemorragias, as infecções e o aborto, consideradas causas diretas e evitáveis.
Paralelo à isso, os obstáculos durante o parto sofrem um aumento devido as disparidades sociais, como os preconceitos raciais. A história da tenista não deixa esse fator passar em branco, fazendo com que a sua ONG seja exclusiva para mulheres negras.
A expectativa é atender cerca de 10 mil mulheres por ano.
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