Publicado em 30/11/2015, às 16h04 - Atualizado em 12/01/2021, às 08h01 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Mudar os hábitos alimentares na gravidez é uma das recomendações mais importantes. Não é aquela história de “comer por dois”, mas a mãe deve consumir os nutrientes necessários para garantir a própria saúde e a o bebê. E o contrário, ter uma má alimentação, também afeta o bebê. Um estudo publicado recentemente na revista científica Genome Biology revelou que hábitos alimentares ruins podem modificar o DNA do bebê pelo resto da vida.
A conclusão é da equipe de pesquisadores do Medical Reserarch Council de Londres, na Inglaterra, de Gâmbia, na África, e da Escola de Medicina Baylor, nos Estados Unidos. A pesquisa sugere que a alimentação da mãe é capaz de alterar permanentemente a função de um gene que possui mecanismos de proteção imunológica.
Isso acontece porque nosso sistema imunológico é ativado pela expressão de genes formados pelo DNA. “Para um bom funcionamento, esses genes dependem de fontes de energia, vitaminas, minerais e antioxidantes, os quais também preservam a integridade do material genético, especialmente os telômeros, parte dos cromossomos, explica a Dra. Mariana Halla, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz Unidade Itaim.
Segundo ela, uma dieta pobre em nutrientes e com alimentos inflamatórios pode silenciar genes de proteção ou indisponibilizar aqueles responsáveis pelo reparo de mutações, fabricando proteínas defeituosas que podem causar doenças futuramente. Um exemplo prático é a recomendação da ingestão de alimentos ricos em acido fólico durante a gravidez, como o espinafre, couve, brócolis, lentilhas, grão de bico e feijão, que evita as malformações do tubo neural.
“Alimentos inflamatórios como o açúcar refinado e as farinhas brancas prejudicam a mucosa intestinal, alterando sua permeabilidade e capacidade de absorver as vitaminas e minerais dos alimentos”, explica a Dra. Mariana. A médica afirma que o açúcar refinado também aumenta a insulina, hormônio inflamatório para nosso organismo, que piora as chances de desenvolver diabetes gestacional, aumento da pressão arterial, além da obesidade materna e crescimento excessivo do feto.
“Um bebê exposto a maiores quantidades de açúcar e farinha branca refinada, através da alimentação da mãe, terá maior probabilidade de ser um adulto obeso, diabético e ainda com doenças cardiovasculares. Deve-se também evitar adoçantes artificiais como o ciclamato, sacarina, aspartame e sucralose”, diz a especialista. Corte também do seu cardápio as gorduras trans, produtos industrializados e carnes embutidas e defumadas.
“Gestantes com uma dieta rica em proteínas magras, como peixes e aves, e com poucos carboidratos refinados principalmente no primeiro trimestre vão gerar crianças com menor risco de trabalho de parto prematuro, baixo peso ao nascimento e suas complicações”. Não deixe de consumir as folhas verde escuras, que são ricas em vitaminas do complexo B, e as frutas frescas, que têm vitaminas e outros antioxidantes que combatem os radicais livres e evitam o dano ao DNA.
Alimentos como sardinha, salmão, chia, linhaça e as castanhas são ótimas fontes de ômega 3, que além de proteger a saúde materna, auxilia na boa formação da retina e do cérebro do feto. Ovos, peixes e cogumelos são ricos em vitamina D, que ajuda no desenvolvimento dos ossos e funcionamento do sistema imunológico. Frutas como o caju, a laranja, a acerola, e o kiwi são ricos em vitamina C, antioxidante que aumenta as defesas do organismo. Vale lembrar que a grávida não deve “comer por dois”. “Um pequeno aumento de 200 a 300 kcal ao dia são suficientes no geral”.
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