Gravidez

Menstruar e estar grávida ao mesmo tempo: é possível?

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Publicado em 18/07/2019, às 15h55 - Atualizado em 19/07/2019, às 07h46 por Jennifer Detlinger, Editora de digital | Filha de Lucila e Paulo


É possível estar grávida e menstruar ao mesmo tempo? “Não. Por definição, grávida não menstrua. Cerca de 20% a 30% das mulheres tem sangramento no início da gestação, principalmente no primeiro trimestre, que pode ser parecido e confundido com a menstruação”, explica Dr. Igor Padovesi, pai de Beatriz e Guilherme, ginecologista, obstetra e colunista da Pais&Filhos.

No primeiro mês de gestação, pode ocorrer um pequeno sangramento que dura um ou dois dias e ocorre devido ao processo de nidação, que é a implantação do embrião no útero, e pode ser confundido com menstruação. “O sangramento do início da gestação é relacionado ao próprio processo de desenvolvimento do embrião e da placenta”, explica o especialista. Quanto aos demais sangramentos durante a gestação, é importante observar se têm alguma relação com a gravidez. Isso porque podem ter origem na uretra, por exemplo, em casos de infecção urinária. Para identificar a causa do sangramento é importante consultar um especialista.

Todo sangramento durante a gestação pode ser considerado uma ameaça de aborto?

É normal se preocupar ao perceber um sangramento vaginal quando se está grávida, por menor que ele seja. “Todo sangramento durante a gestação é considerado ameaça de aborto até que se prove o contrário”, diz a ginecologista e obstetra Viviane Monteiro, mãe de Pedro. Mas calma: o contrário pode ser provado. A área decídua (futura placenta) pode ocasionar um sangramento sem que isso corresponda a um aborto. Um exame invasivo também pode resultar em sangue, assim como uma ferida no colo do útero e até mesmo a relação sexual. Além disso, a ameaça de aborto pode evoluir para o aborto de fato ou não.

É possível estar grávida e menstruar ao mesmo tempo? (Foto: Getty Images)

O volume de sangue não indica que o caso é mais ou menos grave. Há casos em que se sangra muito e não há abortamento e vice-versa. É claro que as mães com maior perda de sangue serão observadas mais atentamente. Para ajudar a identificar se o sangue pode ser uma ameaça de aborto, note se ele é vermelho vivo.“A incidência de aborto com as mulheres que têm sangramento é maior em relação às que não têm. Mas ainda assim, é importante saber que a maioria das gestações prosseguem normalmente apesar do sangramento”, explica Dr. Igor.

Cerca de 40% das mães de primeira viagem sofrem um aborto espontâneo. Essa taxa diminui muito quando se trata da segunda gestação em diante porque o organismo está mais preparado para receber um bebê. Existem alguns fatores de risco para o abortamento espontâneo, como endometriose, malformações uterinas, alterações genéticas e situações de trauma vividas pela mulher. “O risco de aborto no primeiro trimestre de gestação é de 10% a 25% para todas as mulheres, em média. Com a mulher depois dos 40 anos de idade, essa taxa pode chegar de 40% a 50%”, explica o especialista. 

O uso da progesterona

Se, de fato, for constatada a ameaça de aborto, a futura mãe deve tomar algumas precauções para manter sua gestação. Muitos especialistas indicam repouso e o uso de progesterona para mulheres que tiveram hemorragia no primeiro trimestre de gestação. Mas um recente estudo publicado no New England Journal of Medicine, em junho de 2019, mostrou que o aborto — não o abortamento de repetição — não pode ser evitado com o uso de progesterona. 

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, dividiram um total de 4.153 mulheres grávidas em dois grupos: um que receberia progesterona (2079 mulheres) e outro que receberia apenas um placebo (2074 mulheres). A incidência de bebês nascidos vivos após pelo menos 34 semanas de gestação foi de 75% (1513 de 2025 mulheres) no grupo da progesterona e 72% (1459 de 2013 mulheres) no grupo do placebo. “Entre as mulheres com sangramento no início da gravidez, a terapia com progesterona administrada durante o primeiro trimestre não resultou em uma incidência significativamente maior de bebês nascidos vivos do que o placebo”, concluiu o estudo.

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