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A vida em cores

Imagem A vida em cores

Publicado em 02/04/2012, às 07h00 por Redação Pais&Filhos


O que de mais inesperado aconteceu comigo com a maternidade? A própria maternidade foi inesperada! Nada superou o choque que senti ao descobrir que estava grávida. Aos 26 anos, não era mais adolescente, mas ainda me sentia uma guria frágil sob os cuidados do papai e da mamãe. A ideia era entrar no mestrado e, quem sabe, me preparar para o doutorado antes de pensar em me preocupar com fraldas, mamadas e tip-tops. É verdade também que eu já havia encontrado o homem da minha vida, aquele que eu sabia que seria um paizão para os meus filhos, mas tínhamos apenas dois meses de casados.

Detalhe sórdido: nem lua de mel tivemos. Isso porque, semanas antes do nosso casamento, o meu marido pegou uma forte pneumonia, foi hospitalizado e chegou a passar por cirurgia. Quase que fico viúva antes de subir ao altar. A festa conseguimos manter, mas a viagem precisou ser adiada. Só não contávamos que semanas mais tarde receberíamos a visita da cegonha, o que fez com que mais uma vez tivéssemos que rever nossos planos. Planos esses que nunca mais foram os mesmos, até porque nós nunca mais fomos os mesmos. 

A ansiedade acompanhou o crescimento da minha barriga do início ao fim. Ela não deu trégua, me fazendo engordar 35 quilos na gestação. Vocês têm noção do que é TUDO isso? Com 1,71 m passei dos 60 aos 95kg em poucos meses. Assustador! E acho que só não entrei na casa dos três dígitos porque o meu filhote nasceu antes do previsto. Minha bolsa estourou quando estava com 36 semanas de gestação. As pessoas imaginam que eu tenha chutado o balde e aproveitado para comer tudo o que sempre quis, sem culpa. Posso falar? Pior que não! Eu comia bastante, não tenho como negar, mas comia tão rápido e com tanta preocupação que praticamente nem sentia o gosto de nada. Quanto mais eu comia, mais nervosa eu ficava, e quanto mais nervosa eu ficava, mais eu comia. Virou um ciclo vicioso. Ou seria um ciclo vicioso gorduroso? Para fazer as pazes com a balança, entrei na hidroginástica. O resultado?  A descoberta de novas amizades nessa fase tão diferente e fascinante da vida. Querem saber o que eu também ganhei com as aulas na água? Mais fome, mais nervosismo e mais alguns quilinhos, claro.
Fiquei tão assustada e perdida que não consegui curtir a gravidez. Não da forma como hoje penso que ela poderia ser curtida. Não fiz book de gestante, não fiz chá de fraldas! Até o enxoval foi meio improvisado. Ok, confesso que inclusive muita coisa foi adquirida na prorrogação, porque eu desconhecia o universo de produtos que uma criança precisa. Ou que uma mãe acha que uma criança precisa.
Aos 30 anos e com um filho de 3, continuo sendo paparicada pelo papai e pela mamãe, mas cheia de responsabilidades e virtudes. As viagens que fiz a sós com o maridão eu posso contar nos dedos. Mestrado? Sinceramente, não pensei mais nisso. Até porque o meu foco profissional mudou com a chegada do pequeno. Meses depois de acabar a minha licença-maternidade, pedi demissão. Queria entender o que era ser mãe, o que afinal isso exigiria de mim.
Continuo sem a maioria das respostas, mas se eu pudesse voltar no tempo, um conselho eu gostaria de dar para a Paula que chorou de medo quando recebeu o teste positivo de gravidez. Eu diria para ela chorar de FELICIDADE por ter trocado um pequeno televisor preto e branco, muitas vezes com a imagem chuviscada, por uma telona LCD colorida em high definition.  O investimento é alto, sim, mas vale a pena para enxergar melhor a vida. Ah, se vale.
Paula Tweedie, mãe de Santiago, é jornalista e autora do blog Mães à Obra; www.maesaobra.com.br.

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