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De pouquinho em pouquinho

de pouquinho em pouquinho

Publicado em 06/11/2012, às 22h00 - Atualizado em 04/09/2015, às 12h01 por Redação Pais&Filhos


de pouquinho em pouquinho

Ah, o dinheiro. Diz o ditado que ele não traz felicidade, mas ajuda a comprar. É uma brincadeira, claro, mas o fato é que a falta dele acaba complicando a vida, e muito! É por isso que é tão importante ensinar às crianças, desde cedo, que é preciso – e possível – controlar os gastos e ter uma vida financeira saudável.
Segundo Patrícia Broggi, nossa colunista,  autora de Falando de Grana: um Guia para os Pais, e mãe de Luca e Tiago, dá para começar a conversa a partir do momento em que a criança entenda os números. Assim, é possível mostrar o dinheiro para ela. “As moedas, com seu formato redondo, são uma ótima introdução. Elas têm tamanhos e pesos diferentes e é possível brincar com aquilo. É muito comum uma criança começar a relacionar o dinheiro com quantidade, portanto, são capazes de trocar uma nota de R$10 por duas de R$2. É função dos pais mostrar as diferenças”, explica.
Segundo o educador financeiro Reinaldo Domingos, pai de Fabrizzio e Graziella, o ponto inicial é quando a criança passa a entender que dá para trocar dinheiro por objetos. Quando esse processo começa, a partir dos 3 anos, os pais já podem começar a educação financeira, usando cofrinhos, por exemplo. “É preciso fazer com que ela entenda que deve guardar parte do dinheiro para desejos. Com isso, há o crescimento do elemento de necessidade, de vontade de poupar”, afirma o autor de O Menino e o Dinheiro (Ed. Dsop).

“O primeiro ‘guardar’ que a criança deve aprender é o guardar para comprar alguma coisa. Quando ficar um pouquinho mais velha e já souber que guardar para comprar uma coisa maior é uma boa estratégia, aí sim vale ensinar o conceito da poupança. E, aqui, vale incentivar, para ensinar o filho a criar este hábito”, explica Patrícia. Com relação à mesada, a escritora acredita que o momento ideal é aquele em que o filho entende as operações de soma e subtração. “A partir dos 6 ou 7 anos, as crianças já começam a ter vontades e podem começar a ganhar um dinheirinho”.
Ela faz duas ressalvas: a primeira é que, de que para crianças pequenas o ideal é dar este valor semanalmente, porque a distância entre uma semana e outra é mais compreensível e aceitável para elas do que a de um mês para o outro; e a segunda, de que nunca se deve dar para um filho o valor suficiente para ele pagar tudo o que deseja e um pouco mais. “Ele precisa, com a semanada, aprender a juntar e escolher, conceitos com os quais terá de saber lidar para a vida toda. A semanada é um bom começo para isso”, explica Patricia.

Reinaldo Domingos recomenda que a família faça um diagnóstico financeiro, anotando o dinheiro que a criança pede e precisa em um mês. A mesada pode ser calculada em 50% da soma desse valor ou um pouco mais. Por exemplo: para uma criança que pede R$120, a mesada pode ser de R$75. E sempre com o incentivo de reservar uma parte para os sonhos futuros – mas não a ponto de tornar a criança uma futura pão-dura. “O problema é que damos o dinheiro e esquecemos que, só dando dinheiro, a criança apenas vai consumir”, acrescenta.

Dá para guardar?

Nem sempre é fácil passar esses ensinamentos e acompanhar no dia a dia a forma como os filhos encaram o dinheiro. Uma ajuda é o site Turma da Bolsa (turmadabolsa.com.br), que tem apoio da BMF&Bovespa e foca na questão do uso equilibrado do dinheiro desde cedo. As crianças que assistirem aos vídeos de “O porco e o magro” vão aprender logo no primeiro episódio, por exemplo, que “quando a gente só guarda dinheiro, fica bem de finanças, mas não aproveita a vida”, e que, por outro lado “você pode comprar o que quiser, desde que faça isso com equilíbrio”.
No final, a mensagem que fica é: usando o dinheiro de forma equilibrada, sempre vai sobrar um pouco para guardar nas emergências. E o hábito de poupar pode – e deve – envolver pais e filhos. Quanto antes os pais começarem a guardar um valor, voltado ao futuro da criança, em uma aplicação financeira, mais fácil será alguns anos depois, quando precisar de dinheiro para uma viagem de intercâmbio ou um curso legal. E esta “poupança” dos pais não precisa ser necessariamente a mesma do filho.
“A poupança do seu filho, ou plano de previdência, ou fundo, feitos por você, devem se manter dessa maneira. É mais bacana o filho ter a própria aplicação com o dinheiro dele, para poder ver crescendo, checar sua capacidade de poupar, resultado do próprio esforço. Quando pai e filho fazem juntos, geralmente o poder de poupança do pai é maior, mesmo que não seja muito, comparado ao poder de poupança relativo a uma semanada.

Isso pode dar um desânimo no seu filho, afinal o maior esforço e a maior contribuição será sempre dos pais”, acredita Patrícia.
Na hora de abrir uma caderneta de poupança, vale dizer ao seu filho que, assim como ele coloca moedas no cofrinho, agora o banco também vai colocar moedas no cofrinho dele.
E o mercado está cheio de opções para quem deseja abrir um investimento para o filho. Alguns bancos até oferecem produtos específicos para quem ainda não chegou aos 18. É o caso do Bradesco, que tem o Click Conta (clickconta.com.br), uma conta destinada às crianças, que possibilita simulação de investimentos, mesada programada e até o primeiro talão de cheques a partir dos 16 anos. Essa também é uma boa maneira para os pais começarem a ensinar aos filhos coisas mais complexas na economia, como os juros. Afinal, quando o assunto é educação de qualquer tipo, não dá para relaxar. E quanto antes ensinar, melhor.

Abraçando os pequenos investidores

O mercado oferece uma série de opções para quem quer, não importa a idade, começar a guardar seu dinheirinho – desde a tradicional conta poupança, passando por planos de previdência, fundos de investimento, ações etc. Alguns bancos e instituições financeiras têm, inclusive, canais voltados ao público infantil. O banco Santander mantém o site Brincando na Rede (brincandonarede.com.br). Além de textos e brincadeiras, dá para fazer download e imprimir um caderno de atividades financeiras, que tem histórias e sugestões de brincadeiras para mostrar a importância de guardar e pensar no longo prazo.
A Visa e o Banco do Brasil já chegaram a levar aos palcos, em 2010, uma peça teatral infantil para transmitir às crianças de escolas públicas os principais fundamentos da educação financeira. Cabe à Visa também a responsabilidade pelo portal Finanças Práticas (financaspraticas.com.br) e do jogo Bate-Bola Financeiro, que tem módulos de aprendizagem para crianças a partir de 11 anos.

Para saber mais sobre mesada e educação financeira, assista a esse episódio da série Repórter Pais&Filhos:


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