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Depoimento Carolina Reis, mãe de Bernardo, 6 anos

Imagem Depoimento Carolina Reis, mãe de Bernardo, 6 anos

Publicado em 21/01/2013, às 22h00 por Redação Pais&Filhos


22/01/2013

“Minhas coisas foram complicadas desde o começo. Criada em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro, estudando em colégios caros… Conheci o meu marido na internet… Em salas de bate-papo… Me apaixonei desde o primeiro momento. Negro, pobre… Nem preciso dizer o auê que isso causou na minha família né?! Ficamos juntos definitivamente no final de 2004… Em 2005 resolvemos morar juntos e Bernardo nasceu em 2006.

Na verdade, nunca me culpei pensando sobre parto normal ou cesárea… Eu queria o que desse na hora, porque desde o início eu saberia de possíveis problemas. Quando eu engravidei, eu estava com 132kg. Era uma gravidez de risco, obesa, pressão alta… A minha obstetra inventou uma desculpa, dizendo que faria um parto da irmã que morava na Alemanha, na mesma época em que meu filho nasceria. Me indicou a um amigo médico, da mesma equipe, onde já com os exames de sangue em mãos, fui feliz da vida com a minha sonhada gravidez… 

Cheguei lá, mostrei os exames e o médico olhou… jogou os papéis na mesa, cruzou os braços e me disse: "Não sei o que eu faço com você.. Você é uma bomba relógio!" Fiz cara de desentendida e ele continuou… "Você é obesa, seus exames estão bons… Mas depois eu não sei como isso vai ficar.. Seu plano de saúde é uma porcaria, os hospitais daqui (zona Sul) não atendem o seu plano e pro subúrbio eu não vou".

Eu simplesmente recolhi meus exames, aos prantos e saí do consultório sem dizer uma palavra. Estava ali, decretada a minha morte! Eu morreria no parto e talvez meu filho se salvasse.. Ou morreríamos juntos… Eu passei uma semana chorando, até decidir contar o que havia acontecido. Meu marido queria 'matar' o médico de tanta raiva que ficou… A minha mãe, coitada, ficou desesperada… Com as palavras dele.. o quanto aquilo poderia ser realmente verdade, o quanto de risco tudo aquilo poderia ser.. Até que uma amiga da minha mãe me indicou o meu médico. Dr. Dario.

Fui à consulta cabisbaixa e contei a ele tudo o que eu já havia feito, tudo que ouvi… Ele me disse: "Carol, sou médico sim, eu tenho ferramentas pra fazer tudo dar certo.. Mas isso não depende só de mim… Depende de você! Depende de você seguir as coisas que eu disser…" E assim, em cada consulta fui ganhando confiança.. Mas sempre com medinho… Então no final de tudo, pouco me importava se meu filho nasceria de parto normal, ou cesariano… Eu queria que ele nascesse que ele tivesse saúde, que eu não morresse no parto… Que tudo desse certo.

No final, meu médico estava decidido a fazer um parto normal, por ser menos agressivo. No dia 12-07-2006, quarta-feira, acordei com umas dores, já ansiosa com a data que se aproximava cada vez mais.. E ele decidiu que era melhor eu ir logo para o hospital e fazer a cesárea. Já que a ansiedade, medo estavam mexendo demais comigo, minha pressão subindo e ele achou que poderia agravar meu caso. Bernardo nasceu no dia 12, as 22h15, cesárea.

O parto foi muito tranquilo (tirando a hora em que eu entrei na sala de parto e olhei pra todos com ar de "Adeus, talvez eu não volte"), foi tudo muito rápido, não tive complicação alguma… Fui levada pro quarto… Estava num leito enfermaria com uma outra paciente e minha família teve que ir embora… Nada do meu filho vir pro quarto… Às 2h15 recebo a ligação de alguém do hospital dizendo que meu filho seria transferido a uma UTI Neonatal, pois a do hospital, o meu plano não cobria. Morri ali!!! Vendo meu filho numa incubadora móvel, com uma cúpula de vidro na cabeça… Foi a pior e mais dolorosa sensação da minha vida. 

Os dias internadas ali, sem meu filho foram os mais longos e mais dolorosos. Tive alta na sexta-feira e fui direto pra UTI.. E ali passei 10 dias seguidos… Chegando na hora que abria e saindo na hora em que era expulsa! Na segunda-feira eu já estava dirigindo… E fazia os curativos ali no banheiro mesmo entre uma amamentação e outra…

Enfim, não me arrependo de não ter tido parto normal, não me acho menos mãe por isso… Amo meu filho, amo ser mãe e pretendo muito em breve engravidar de novo!!! Agora 60kg mais magra, depois que fiz a redução de estomago.. rs”.


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