Publicado em 08/05/2011, às 21h00 por Redação Pais&Filhos
Os pais são mais brincalhões, menos chatos com regras, e as crianças adoram. Se você, mãe, tem ciúmes, vai ter de aprender a lidar com isso
Mãe é chata. Faz parte do job description. E, com os tempos modernos, parece que ainda mais. Se até o século passado os filhos tremiam quando a mãe dizia: "Você vai ver quando seu pai chegar em casa", hoje são as mulheres, principalmente as que ficam em casa, que assumiram esse papel. Pesquisa feita pela psicóloga Cecília Russo Troiano e publicada no livro Aprendiz de Equilibrista: Como Ensinar os Filhos a Conciliar Família e Carreira (ed. Evora, veja resenha na seção Biblioteca Pais): 38% dos filhos de mães que ficam em casa gostariam que elas fossem menos bravas, contra 23% dos filhos das mães que trabalham fora.
Mesmo abraçando a carreira, a principal atividade associada às mães pelos filhos continua sendo arrumar casa (41% no caso das mães trabalhadoras e 59% no caso das que ficam em casa)!
Segundo a pesquisa, os pais aparecem como mais abertos à curtição com os filhos. E ainda com tempo para ficar no sofá! A "atividade" é associada pelos filhos ao pai 17% das vezes contra 7% das vezes com a mãe.
Essa realidade pode resultar em muito ciúmes e ressentimento. A mãe rala, morre de culpa por dar bronca, e o filho (ou principalmente a filha) não pode ver o pai que sai correndo para abraçá-lo…
Você já deve ter ouvido falar no Complexo de Édipo: o menino quer ser como o pai e o hostiliza por ciúme da mãe, enquanto a menina deseja ser como sua mãe, embora tenha “raiva” dela por namorar o pai. Em geral, isso começa após os 3 anos. Até lá, o vínculo maior é sempre com a mãe, não importa o sexo da criança, sobretudo quando a criança mama no peito.
“O pai vai sendo introduzido na vida do filho na medida de sua participação efetiva nos cuidados e atenção para com o bebê e a mãe”, diz a psicóloga Maria Teresa Reginato, mãe de Luciana, Eliane, Davi e Ivan.
antigamente, a mãe ficava a maior parte do tempo com os filhos, enquanto o pai os via apenas à noite. Algumas famílias ainda funcionam assim – nesses casos, é a mãe que briga, coloca as regras e controla a lição de casa. O pai só chega na hora de brincar. Aí, claro, ele é eleito o preferido!
O ideal, mas nem sempre fácil, é encontrar um equilíbrio: os dois cuidam, dão banho, estabelecem as regras, educam e brincam também. “As crianças sempre buscam no pai aquilo que falta na mãe e vice-versa”, diz a psicoterapeuta Kátia Beal, mãe de Lauro. “Tem a ver também com os limites que os pais colocam, quem faz mais concessões, quem brinca mais, quem dá mais atenção, quem briga menos, quem dá mais carinho e por aí vai”, completa. É importante também propor algumas brincadeiras e atividades que a criança só faça com a mãe e outras que só faça com o pai.
É comum um dos dois ficar enciumado e até chateado por causa da preferência do filho pelo outro. “Muitos homens têm ciúme dos cuidados que a criança recebe e se sentem deixados de lado. Com a mãe também acontece, principalmente se o pai não ajuda nas obrigações, mas faz questão de brincar com a criança”, conta Maria Teresa. Contra isso, o melhor remédio é mesmo dividir as tarefas e os momentos de diversão. Poder deitar bem tranquila no sofá enquanto o filho brinca com o pai vai deixar a mãe bem menos brava, pode ter certeza.
Consultoria: Maria Teresa reginato, mãe de Luciana, Eliane, Davi e Ivan, é psicóloga. www.facaterapia.com.br.
Kátia Beal, mãe de Lauro, é psicoterapeuta
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