Publicado em 18/12/2012, às 22h00 por Redação Pais&Filhos
Ingrid Oncken, mãe de Helena, de 2 anos e meio.
“A chegada de uma criança na família revoluciona todos os antigos hábitos, e aqui em casa alimentação foi um ponto que mudou muito. Com muita informação durante a gestação, eu decidi que amamentaria Helena exclusivamente no peito até os seis meses, e assim foi. Não foi fácil, é bem cansativo, mas eu sentia que estava fazendo o melhor e desde o comecinho tive apoio, profissional e de amigas, para os momentos de dificuldades, já que a grande maioria das pessoas não cansa de questionar os ‘por quês de não dar mamadeira, água, chá, etc’.
Sempre soube que alimentos orgânicos eram mais saudáveis, mas não me movimentava muito para ir além da feira do bairro (que não tem orgânicos) ou das prateleiras do supermercado, onde comprava no máximo tomates orgânicos pois sabia que este era um dos alimentos que mais absorvia agrotóxicos. Desta forma foi feita a introdução de alimentos sólidos no cardápio da Helena, com frutas e legumes normais. Isso não durou muito tempo, pois minha incansável curiosidade materna me levou a pesquisar e concluir que, na medida do possível, consumir orgânicos traria melhor qualidade de vida para toda minha família. Então passei a buscar vegetais e frutas orgânicas em feiras específicas, onde encontrava maior variedade e melhor preço que os supermercados, e nestes 2 anos e meio de Helena assisti contente a oferta de orgânicos aumentar e o custo reduzir, tornando esses alimentos muito mais acessíveis.
Pensando numa maneira mais prática de alimentar saudavelmente a pequena, contratei uma amiga que dá consultoria alimentar, que basicamente ensina a cozinhar de maneira fácil, e ela me mostrou que eu poderia fazer uma papa básica (como um purê de abóbora, por exemplo) congelar, e todo dia descongelar uma pequena porção, acrescentar alguns alimentos frescos que cozinhem rápido (abobrinha, folhas, por exemplo) e temperar para ter facilmente uma refeição saudável feita em casa para Helena.
Minha idéia era não oferecer à ela alimentos açucarados antes dos dois anos ou, pelo menos, antes de um ano o que obviamente foi impossível. Me sentia muito culpada quando via que alguém, muitas vezes meu próprio marido, tinha dado (fora da minha vista) um alimento inadequado para ela, como um chocolate ou um iogurte industrializado por exemplo, mas o amadurecimento nos traz também tolerância, compreensão e flexibilidade. Pensei que o melhor a fazer seria manter a alimentação do dia-a-dia o mais saudável possível para que ela tivesse sempre um ritmo de alimentação saudável, afinal também não é saudável envolver a mim e a minha criança num processo estressante onde qualquer bolacha vira uma guerra, onde qualquer fruta não orgânica vira um veneno mortal… a vida não é assim, e não precisamos nos sentir culpadas por isso. Então a regra é: em casa tem sempre o mais saudável e quando queremos uma delícia diferente curtimos o ritual de ir até a padaria tomar um sorvete gostoso. Porque sim, minha filha de dois anos e meio toma sorvete de chocolate da padaria, come brigadeiro e coxinha em festas de aniversário, e obviamente ama todas essas gostosuras.
O processo dentro de casa também foi muito rico, troquei açúcar refinado por mascavo, demerara, melado ou até mel, troquei o chocolate/achocolatado por cacau em pó, aumentei a gama de grãos e farinhas na dispensa, assim quando queremos fazer um bolo (e que criança não AMA um bolo?), o fazemos com uma mistura mais completa, por exemplo, incorporando aveia e farinha integral e cacau no bolo de chocolate. Dessa forma eu elimino a culpa da pequena comendo ‘bolo’ pois o bolo deixa de ser uma só uma sobremesa açucarada e passa a contribuir para o cardápio de uma excelente, e deliciosa, forma.
Outra coisa que aprendi foi incluir a criança no processo de preparo do alimento, seja dando um pedaço de cenoura na mão de um bebê, deixando uma criança maior subir numa cadeira e ficar ao seu lado no pia enquanto lava os alimentos, ou ainda deixando ela participar do processo da fabricação de um bolo (ou pão, ou biscoito, ou qualquer coisa que você queira/goste de preparar), onde a criança pode experimentar os ingredientes, mexer na massa, observar a transformação daquele monte de alimentos secos em um prato vai sem dúvidas despertar muitos sentidos.
Não ia ser, e não foi possível manter a alimentação da minha filha no meu ideário, mas posso me orgulhar e me culpar menos pensando que fiz e continuo a fazer o melhor por ela, e assim espero que ela não tenha os maus vícios alimentares que eu tento me livrar diariamente. O importante não é ser perfeito, é ser real, consciente e ser consistente”.
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