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Mamãe sabe tudo

Imagem Mamãe sabe tudo

Publicado em 16/10/2011, às 22h00 por Redação Pais&Filhos


Você sempre quis saber o que se passa lá dentro da barriga, mas nunca teve ninguém para perguntar? Colocamos um olho mágico no umbigo e contamos o que descobrimos

Por Paula Montefusco, filha de Regina e Antonio / Ilustração Suzana Massini, filha de Edineia e Paulo Roberto

Aproveitamos aquelas dúvidas clássicas de mãe de primeira viagem, juntamos muitos dos nossos próprios questionamentos e desvendamos o que se passa de mais curioso no mundo do bebê antes que ele chegue “aqui fora”. Com certeza você já se pegou pensando: “Se eu levar um susto perco o meu filho?”, “Quando eu choro o bebê também chora?”, “Se eu transar com o meu marido, será que ele vai se machucar?”, “O que será que ele sente quando eu dou aquele espirro?." É normal pensar coisas malucas quando você nao vê exatamente o que está acontecendo ou nunca passou por uma experiência como essa. Por isso é que resolvemos responder a essas e outras questões. Senta que lá vem história.

O que o bebê sente quando a mãe…

Dá risada

Quando a mãe ri, o músculo do diafragma que separa o tórax do abdômen se movimenta. O bebê está lá embaixo, longe do diafragma, no útero, mas não é bobo nem nada e, sentindo a movimentação, movimenta-se por tabela.

Além disso, a mãe libera endorfinas, o hormônio da felicidade. Então, ele também fica rindo à toa. E, mais uma vez, existe o estímulo auditivo, que permite que o bebê ouça a voz da mãe, feliz.

Uma dica: tente incluí-lo nesse momento de alegria. Ele escuta sua voz, então não custa nada aproveitar esse momento de animação para conversar com ele, mostrar que ele também é parte disso.

Escuta um som alto

O problema é que não dá para saber até que ponto o susto tem a ver com o som em si ou com os hormônios do estresse derrubados pela mãe na circulação sanguínea. Se a mãe vive em shows de rock pesado, o bebê já está acostumado com o som. E é claro que o aparelho auditivo da criança é supersensível, mas o som não chega até ela com a mesma intensidade que nós ouvimos, graças ao combo pele e líquido amniótico. Então, a chance de a criança nascer surda por conta de um show é bem remota.

Come demais ou come alimentos fortes

O problema de se empanturrar é que grande parte do sangue é direcionada para fazer a digestão desse banquete. O corpo humano tenta sempre fazer o equilíbrio sanguíneo: quando a mãe manda mais sangue para o aparelho digestivo, chega menos sangue para o bebê. Isso não quer dizer que ele vai perder nutrientes ou oxigenação, mas ele fica em estado latente, mais quietinho, justamente o comportamento contrário do que quando a mãe faz uma refeição normal. É que geralmente após a refeição o bebê se mexe porque a glicose chegou até ele. Mas nada de se jogar no açúcar só para ficar no remelexo!

Soluça

O soluço é um espasmo do diafragma. Quando a mãe soluça, o bebê sente a movimentação do músculo e a leve pressão na barriga. Mas a mãe não tem com o que se preocupar, é normal. Para combater, vale a máxima da vovó: tome um copo d’água (mas não precisa ser de ponta cabeça!).

Aliás, o bebê também soluça. A sensação é de que ele está dando pulinhos na barriga. O que acontece é que todas as estruturas do corpinho do bebê estão se formando e o “test drive” para a maior parte delas acontece no útero. Então, naquele exercício de cuspir e expelir o líquido amniótico, ele testa o diafragma, que acaba tendo um movimento involuntário. Normal.

Se assusta

Quando a mãe se assusta, existem dois estímulos: o auditivo e o visual. O visual corresponde à parte hormonal da coisa. Por exemplo, a mãe vê uma cobra e libera hormônios de estresse na corrente sanguínea, que chega até o bebê. O estímulo auditivo pode provocar o susto em si, como quando o escapamento de um carro estoura. Isso também desencadeia o processo de liberação de hormônios do estresse, ocasionando ainda taquicardia, palidez e ligeira falta de ar.

Mas nada de pânico, ok? Ninguém perde bebê por levar susto. Mantenha-se calma que tudo acaba por se normalizar no seu corpo e com o seu filho. Respire fundo e relaxe.

Espirra

O bebê começa a ouvir no segundo trimestre de gestação, então se você espirra, ele vai ouvir. Outra resposta é em relação à pressão que os músculos da barriga fazem quando a mãe espirra. Por mais que entre ele e o mundo exterior existam sete camadas de pele e mais um volume considerável de líquido amniótico, o bebê sente quando é feita alguma pressão na barriga. Claro que, por conta da proteção natural contra choques, ele sente em menor proporção, mas sente.

No que diz respeito aos outros sentidos, o bebê, justamente por estar envolto em todo aquele líquido amniótico e a pele, não sente cheiro. Alguns estudos dizem que ele é capaz de sentir gosto, mas nada está provado ainda.

Faz sexo

A neura número 1 dos pais de primeira viagem e pros outros também: “O bebê sente quando os pais fazem sexo?” Reposta: “Sim”. Mas nada de pânico, o bebê sente isso também. O que vai acontecer é que o bebê vai sentir os movimentos que a mãe faz durante a transa, vai sentir se houver pressão na barriga e vai sentir quando o pênis bater no colo do útero. Mas ele vai sentir isso tudo porque, por enquanto, ele e a mãe estão no mesmo “pacote”. Ele não vai se lembrar de nada depois, não é prejudicial para ele e é bom para a mãe, e não, o pênis não chega até ele. A parte boa disso é que a mãe fica feliz e libera hormônios de prazer na corrente sanguínea que, adivinhe: chega até a criança. Pronto? Todo mundo feliz?

Chora

Essa é uma situação que, como quase todas as anteriores, envolve um estímulo auditivo. Ou seja, o bebê vai te ouvir, mas ainda não é possível dizer se ele fica triste também. A única coisa que podemos supor é que se os hormônios da alegria forem mesmo capazes de chegar até ele pela circulação sanguínea, os do choro também o são.

Consultoria: Abner Lobão, pai de Arthur, obstetra da Unifesp, tel.: (11) 5083-3220  Desirée de Freitas Volkner, mãe Nathália e Jordana, pediatra neonatologista e coordenadora do Hospital Moinhos de Vento, tel.: (51) 3314 – 3434  José Vicente Kosmiskas, pai de Beatriz e Mateus, ginecologista do Hospital São Luiz, tel.: (11) 5908-1044


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