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Para um mundo melhor

Imagem Para um mundo melhor

Publicado em 05/06/2012, às 21h00 por Redação Pais&Filhos


A carreira médica exige muito. Porém, sem dúvidas, ser pai é minha tarefa mais importante. Tento ser um pai presente para as minhas três filhas. Sempre me imaginei sendo pai e não consigo visualizar a minha vida sem elas.

Casei-me aos 23 anos com a Ana, logo depois que terminamos o curso de medicina. Tínhamos pela frente ainda – ela também é médica – os anos da residência e, por isso, planejamos a primeira gestação para o último ano. 
Estive presente nos três partos. Ela optou pelo normal e foi uma experiência muito rica para todos nós. Nos anos de faculdade, eu gostava muito de neonatologia e tive a oportunidade de cortar o cordão umbilical e ajudar no cuidado delas logo após o parto. Na noite em que minha filha mais velha nasceu, eu não consegui dormir. Fiquei quase a noite toda olhando para ela, no berçário.
O que mais me marca é vê-las criando suas próprias personalidades. O ser humano é fantástico e acompanhar a formação do indivíduo de perto é uma experiência incrível. Mesmo sendo irmãs e criadas da mesma maneira, cada uma evolui de forma diferente. A vida em família é cheia de momentos especiais e quando elas começam a crescer e a compreender o mundo, a relação fica muito mais interessante.
Por causa da profissão, moramos durante 14 anos nos Estados Unidos. Eu e a Ana estudamos e trabalhamos nas Universidades de Miami e do Texas e foi uma experiência maravilhosa. O fato dos norteamericanos serem muito próximos de seus filhos na infância e se distanciarem rapidamente após a ida para a faculdade, sempre nos chamou a atenção. As meninas tiveram uma ampla oportunidade de conhecer a vida em outro país e isso nos aproximou bastante. 
Quando criança, eu e meus pais viajávamos muito e eles faziam questão de que eu aprendesse a geografia e a história de cada lugar. Ainda que meu pai não fosse médico, ele trabalhou com laboratório, o que me expôs à área da saúde. Acho que isso me influenciou profissionalmente. Além disso, meu pai lia muito e sempre acreditou no poder do trabalho. 
Quando estamos no carro ou em casa, elas adoram o videogame e o “jogo dos países”. Cada um tem que dizer um nome de um país com certa letra, até que acabe o alfabeto. Acho que elas herdaram meu gosto por história e geografia. Apesar disso, também puxaram muito a mãe.
Para voltar ao Brasil, houve certo receio, pois elas conheciam o país apenas de férias. Mas, a adaptação foi muito rápida. Quando morávamos lá, sempre falamos português em casa, apesar de elas terem sido alfabetizadas em inglês. Assim que aprenderam a ler e escrever em inglês, começavam a fazer o mesmo em português. Sempre adorei ler e elas também adoram! 
Embora, no fundo, todos saibamos da fragilidade da vida, que estamos na Terra por um tempo limitado, o normal é não pensarmos nisso e vivermos como se a vida fosse eterna. Na minha profissão – sou oncologista – essa realidade fica mais próxima. Procuro valorizar mais os momentos agradáveis e a companhia de familiares e amigos. 
Acredito que nos dias de hoje, não exista um pai que não se preocupe com o excesso de violência e com os caminhos do mundo. Tanto eu quanto minha esposa entendemos que não se pode colocar os filhos em uma “bolha”. Elas precisam conhecer o mundo e serem preparadas para enfrentar os desafios que, certamente, aparecerão. Procuramos orientá-las da melhor forma e protegê-las. Sem exageros.
Estamos sempre aprendendo. A paternidade me ajuda a compreender melhor outros pontos de vista e a ser uma pessoa melhor também. Quero continuar aprendendo, constantemente. Espero que elas aproveitem muito a vida, mas que sejam cidadãs comprometidas com um mundo melhor. 
Paulo Hoff tem três filhas, Camila, Juliana e Isabela, e é oncologista, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e Diretor de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês. Teve pacientes ilustres como José Alencar, Dilma Rousseff, Lula e Reynaldo Gianechinni. 

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