Publicado em 09/04/2013, às 21h00 por Redação Pais&Filhos
Meu nome é Camila, tenho 30 anos sou casada e meu filho, Davi tem 01 ano e 01 mês. Bem, falar sobre Depressão pós-parto para mim, é algo natural, assunto que eu falo no trabalho, roda de amigos, almoço de família. Talvez eu sinta a necessidade de falar, não apenas porque convivo com isto mas, também, pelo preconceito com qual é tratada e mistificada pelas pessoas.
Meu filho não foi planejado, já queria sim, ser mãe, e tinha muita vontade de realizar esse desejo mas, imaginaria que demoraria um pouco, pensei que iria precisar fazer tratamentos pela vida corrida que levava, pelos exames que venciam e eu não tinha tempo de levar para médica mas, contudo, aos 28 anos engravidei do Davi. Eu e meu marido namorávamos há 06 meses, casamos logo em seguida e curtimos muito a gravidez, momentos lindos vendo a barriga crescer, montando o quartinho, o enxoval, cada minuto, cada segundo ele perfeito ter meu bebê na barriga, nem pensava nas dificuldades que surgiriam ao seu nascimento, imaginei mesmo um mundo cor-de-rosa, amamentando, sem cansaço, meu marido o mesmo, imaginava junto comigo a perfeição da maternidade e, ninguém nunca chegou para nos falar o contrário e abordar as dificuldades.
Minha gravidez foi de 39 semanas completas, me submeti a uma cesariana por opção,meu bebê nasceu super saudável e, logo 1:00 h após o parto já fui para o quarto amamentá-lo, uma tranquilidade. Nada era mais sublime do que tudo aquilo que estava vivenciando. Após a alta hospitalar tudo mudou, ao sair do Hospital e entrar no carro minha cabeça deu uma volta de 360° graus, só pensava: E AGORA? Eram meio dia de uma quinta-feira, um sol de rachar na recepção da maternidade, via pela janela o trânsito infernal, as buzinas barulhentas…. As lágrimas começaram a cair, discretamente sem que as pessoas pudessem ver e um nó na garganta tomou conta de mim!
Durante todo o caminho as lágrimas caíam e o nó na garganta aumentava, vários pensamentos me consumiam: "sou louca, um mundo desses e eu ainda coloco esse filho de Deus aqui" ; " Cadê minha barriga? Que saudade dela!" , " Que vontade de voltar para o quarto do Hospital e ficar lá pra sempre protegida e protegendo meu filho" . Todos esses pensamentos me acompanharam durante dias, as visitas, as expectativas que cada um tinha, o quanto eu me sentia pesada com aquilo tudo, só queria pegar meu filho e voltar pro hospital. Engolia seco, uma dor imensa dentro de mim e todos ao meu redor fazendo festa. Minha mãe me perguntava sempre: Você está feliz? Eu me sentia na obrigação de dizer que sim, e ela respondia: Mas seu olhar tá triste. Eu achava que era pelo cansaço dos cuidados com o bebê, talvez das dores ainda da cirurgia enfim. Não imaginava o quanto iria custar tudo aquilo!
No 10° dia após o nascimento do meu filho, minha mãe que ficou comigo para me ajudar voltou para casa, meu marido trabalhando o dia todo, operada, com os pontos doloridos, tinha de dar banho no bebê, alimentá-lo, me alimentar, colocá-lo para dormir…Enfim, sem descanso algum… Meu filho no 11° dia passou a sentir os efeitos da tamanha solidão que me rodeava, meu leite começou a secar, cheguei a ficar com ele 2,3,4 hs no peito, sentada no sofá da sala, sozinha, sem ter como me levantar para beber um copo dágua, os lábios colavam de secos, as lágrimas caiam de dor e no coração uma tristeza profunda!
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