Publicado em 07/12/2011, às 08h00 por Redação Pais&Filhos
Por Luciana Alvarez, mãe de Marcelo
Toda refeição deveria ser uma hora de prazer, uma pausa no dia para saborear uma comidinha bem feita junto com a família. Mas talvez na sua casa não seja bem assim. Nem sempre dá tempo para preparar os alimentos do jeito que a gente gostaria, ou para conciliar as agendas e reunir todo mundo. E, mesmo quando dá, quem diz que os pequenos colaboram? Desprezam a salada e só querem o bife, mal começam a refeição e já pedem para voltar a brincar.
É natural crianças a partir de 2 anos de idade escolherem (ou quererem escolher) o que desejam ou não comer. Algumas chegam até a ter manias por determinados alimentos e se recusam a provar qualquer coisa nova. Outro comportamento comum à mesa é que elas se distraiam com facilidade. Com um pouco de criatividade, contudo, é possível driblar as resistências e transformar o momento em uma grande diversão.
A diversão pode começar na hora de preparar a comida, chamando os filhos para ajudar. Foi assim que Rebeca Chamma, de 9 anos, se apaixonou pela cozinha e hoje é uma minichefe com um livro de receitas publicado – "Na Cozinha da Rebeca, aventuras culinárias para crianças extraordinárias" (Ed. Alaúde). “Desde que ela tinha 4 anos o pai punha um banquinho na cozinha e chamava a Rebeca para ajudar”, conta a mãe, Ana Cristina. “A primeira vez que ela fez um charuto (o pai é libanês e ensinou vários pratos típicos) foi uma alegria tão grande. E é claro que ela queria ver o resultado, ou seja, comer.”
A experiência de Rebeca mostra que quando a criança põe a mão na massa, fica orgulhosa do seu trabalho e acaba comendo com mais prazer. As tarefas passadas para os filhos devem ser simples – eles podem começar lavando frutas e legumes, misturando ingredientes, untando formas. As atividades envolvendo facas e fogo tem que ficar a cargo dos adultos, que também precisam supervisionar as crianças o tempo todo.
Montar pratos com alimentos de várias cores é outra dica que ajuda na alimentação saudável de qualquer um. “Nosso primeiro sentido é a visão; se a criança se sentir atraída, fica mais propensa a experimentar. E quanto mais colorida, mais equilibrada é a refeição”, afirma a nutricionista Roberta Soriano, filha de Roberto e Ivete. Vale ainda variar na apresentação: um dia cortar a cenoura em rodelas, no outro ralar, depois cortar como palitinhos, etc. Afinal, crianças adoram uma novidade.
O mesmo pode ser feito com as frutas, uma delícia de opção para incluir em lanchinhos e no café da manhã. Maçã e pêra podem ser oferecidas como purê; melão e melancia em bolinhas (existe um utensílio chamado boleador que serve para isso); praticamente todas podem ser cortadas em cubinhos e enfiadas em um espetinho. Nos dias de muito calor, os espetinhos podem ainda ir para o congelador, antes de serem servidos.
No verão, como o mais importante é manter as crianças bem hidratadas – e elas nem sempre vão pedir água – abuse de copos bonitos, coloridos, com canudinhos divertidos.
Uma sugestão do livro Comida de Criança, de Cláudia Lobo, é colocar frutas congeladas na água substituindo o gelo, ou mesmo jogar pétalas de rosa no copo d’água para dar um charme especial. Ao fazer sucos, evite usar açúcar; quando as frutas forem azedas, pode-se substituir a água pela água de côco, naturalmente adocicada.
Mas o primeiro passo para quem faz questão que os filhos se alimentem é também alimentar-se bem. “Quando a criança vê os pais, pessoas em que confia, comendo certos alimentos, vai querer comer aquilo também”, afirma a nutricionista do colégio Magister, Viviane Nagano, filha de Moacir e Wakae. “O exemplo é fundamental. Tem muita criança que come melhor no colégio que em casa porque vê o amigo comendo certa comida e fica estimulada a provar.”
Outro cuidado fundamental é nunca forçar o filho a comer se ele não estiver com fome. “Não se pode lançar mão de um prato lindo, com carinhas, para ensinar a criança a comer sem fome”, alerta do nutrólogo Carlos Alberto Nogueira de Almeida, pai de Maria Eduarda, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). E tudo que for ensinado nessa fase, mais do que criar um hábito, vai determinar o funcionamento do corpo da criança por toda a vida.
Saiba mais
Na Cozinha da Rebeca, de Rebeca Chamma
Escrito por uma chef mirim, o livro traz receitas saudáveis e fáceis para serem preparadas por crianças.
Ed. Alaúde (alaude.com.br), R$58,40
Brincando com a Comida, de Vanessa Dualib
Não traz receitas, só imagens divertidas de comida transformada em pássaros, insetos e até Pac-Man.
Ed. Alaúde, R$44,50
Comida de criança, de Cláudia Lobo
Nutricionista ensina o passo a passo de refeições rápidas e nutritivas, desde a hora da compra até a apresentação dos alimentos.
MG Editores (mgeditores.com.br), R$69,90
Pequeno Gourmet, de Graça Gabriel
Um verdadeiro guia alimentar que orienta os pais a transformar refeições em fonte de saúde para seus filhos ano a ano.
Ed. Íthala (ithala.com.br), R$83
Consultoria: Carlos Alberto Nogueira de Almeida, pai de Maria Eduarda, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), abran.org.br. Roberta Tejada Soriano, filha de Roberto e Ivete, nutricionista especialista em nutrição clínica, tel.: (13) 3224-4222. Viviane Nagano, filha de Moacir e Wakae, nutricionista do Colégio Magister, tel.: (11) 5545-2000, magister.com.br
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