Publicado em 31/10/2017, às 15h57 por Redação Pais&Filhos
Halloween é quando as pessoas enfeitam suas casas, se fantasiam e saem para pedir doces nas ruas em troca de não fazer nenhuma travessura. Mas de onde surgiu isso?
Nome
Apesar de ser muito bem comemorado nos Estados Unidos, a raíz do Halloween não é americana e sim inglesa. Seu nome vem de “All Hallows’ Eve”, ou seja a véspera do Dia de Todos os Santos. Até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos era celebrado no dia 1º de novembro.
Mas hoje em dia é um pouco diferente.
Festa
O Samhain (“fim do verão”) era um festival pagão que durava três dias e começava no dia 31 de outubro. Alguns estudos indicam que era uma homenagem ao “Rei dos mortos” e celebravam com fogueiras e com muita comida depois da colheita. Mas a teoria tem poucas evidências.
A comemoração, a linguagem e o significado do festival de outubro mudavam conforme a região. Em meados do século 8, o papa Gregório 3º mudou a data do Dia de Todos os Santos de 13 de maio – a data do festival romano dos mortos – para 1º de novembro, a data do Samhain.
Não se tem certeza se Gregório 3º ou seu sucessor, Gregório 4º, tornaram a celebração do Dia de Todos os Santos obrigatória na tentativa de “cristianizar” o Samhain. Mas, de qualquer forma, a nova data para este dia fez com que a celebração cristã dos santos e de Samhain fossem unidos. Assim, tradições pagãs e cristãs acabaram se misturando.
Dia das bruxas
O dia comemoramos hoje se formou entre 1500 e 1800. As fogueiras continuaram sendo simbólicas, sendo usadas na queima do joio como símbolo do rumo a ser seguido pelas almas cristãs no purgatório ou para repelir bruxaria e a peste negra.
Outro costume era o de prever o futuro (a data da morte de alguém ou o nome do futuro marido/mulher). E muitos deles envolvia a agricultura, por exemplo, uma pessoa puxava uma couve ou um repolho do solo porque acreditava que seu formato e sabor fornecia quase verdade sobre a profissão e a personalidade do futuro parceiro.
Um dos hábitos mais característicos envolvia crianças, que iam de casa em casa cantando rimas ou dizendo orações para as almas dos mortos. Em troca, eles recebiam bolos de boa sorte que representavam o espírito de uma pessoa que havia sido liberada do purgatório.
Mas como chegou nos Estados Unidos?
Quando aconteceu a “Grande Fome”, um milhão de pessoas foram forçadas a imigrar para os Estados Unidos, levando as tradições junto. No começo, uniam brincadeiras comuns no Reino Unido rural com rituais de colheita americanos como os espantalhos.
E foi aí que a abóbora passou a ser sinônimo de Halloween. No Reino Unido, o legume mais “entalhado” ou esculpido era o turnip, um tipo de nabo.
Uma lenda sobre um ferreiro chamado Jack que conseguiu ser mais esperto que o diabo e vagava como um morto-vivo deu origem às luminárias feitas com abóboras que se tornaram uma marca do Halloween americano, marcado pelas cores laranja e preta.
Também foi aí que nasceu o “doces ou travessuras” e as fantasias. Hoje, é o maior feriado não cristão dos Estados Unidos. Em 2010, superou tanto o Dia dos Namorados e a Páscoa como a data em que mais se vende chocolates. Ao longo dos anos, foi “exportado” para outros países, entre eles o Brasil.
As informações são da BBC.
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