Mitos e verdades sobre parar de fumar
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, veja o que pode fazer para largar o cigarro
O tabagismo é um problema que atinge milhares de brasileiros: cerca de 200 mil pessoas morrem anualmente por problemas decorrentes do consumo de cigarros. E, além disso, quem convive com os fumantes também está correndo riscos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) constatou que metade das crianças do mundo, cerca de 700 milhões, está exposta à fumaça do cigarro dentro de sua própria casa.
Segundo a (OMS), cerca de cinco milhões de pessoas morrem por ano em decorrência de doenças ligadas ao tabagismo. Estima-se que se o consumo de produtos como cigarros, charutos e cachimbos não diminuir, esse número aumentará para 10 milhões de mortes anuais até o ano de 2030.
No Dia Nacional de Combate ao Fumo, 28 de agosto, o pneumologista Dr. Roberto Rodrigues Júnior, do Lavoisier Medicina Diagnóstica, fala sobre 10 mitos e verdades sobre parar de fumar.
1 – Se você já está doente, tirar o prazer de fumar não vai te fazer bem.
Mito. “Parar de fumar sempre faz bem”, diz o pneumologista Roberto. Ele explica que quando a pessoa larga o vício, recupera alguns anos perdidos e ganha muito em qualidade de vida. Quando a pessoa já está doente, parar de fumar auxilia na recuperação.
2 – Só não para de fumar quem não quer.
Mito. “Algumas pessoas acreditam que só fuma quem não tenta parar, mas não é verdade”. O tabagismo é considerado uma doença e causa uma dependência séria pelo uso da nicotina, que é uma droga altamente viciante.
3 – O pulmão volta ao normal quando o vício acaba.
Mito. “O pulmão não se regenera”, explica o pneumologista. Porém, as defesas do órgão não ficam mais inibidas e começam a agir no organismo. Segundo Dr. Roberto, “quem para de fumar tem mais tosse do que os que ainda fumam” porque o corpo quer limpar a “sujeira”.
4 – Parar de fumar deixa a pessoa mais nervosa.
Verdade. Dr. Roberto conta que a nicotina aumenta o poder de concentração e, ao ser tragada, faz com o cérebro libere serotonina. É isso que dá a sensação de prazer aos fumantes. Porém, ela é momentânea. O médico aconselha a quem deseja parar de fumar que o paciente busque outras formas de liberar a substância, como a prática de esportes, por exemplo.
5 – Parar de fumar é um caminho a ser percorrido sozinho.
Em termos. A decisão de parar de fumar deve ser tomada pelo tabagista, porém é muito mais difícil parar sozinho. Para o pneumologista, “é preciso acompanhamento médico”. Com ajuda profissional e técnicas já testadas, é mais fácil acabar com o vício.
6 – Cigarro é mais viciante que maconha.
Verdade. Não existem comprovações, ambas são drogas que reagem diferentemente no organismo. No entanto, a venda do cigarro de tabaco é legalizada, portanto a droga é mais acessível.
7 – Os cigarros com filtro light, de sabor e de cravo são menos prejudiciais.
Mito. “Todas as diferentes linhas de cigarro são prejudiciais”, diz o médico. Alguns cigarros têm menor concentração de nicotina e as pessoas acabam fumando em maior quantidade para suprir o vício.
8 – Só se para de fumar quando o vício é substituído por outro.
Mito. Segundo o pneumologista, a substituição é apenas uma das técnicas para parar de fumar. “Os tabagistas podem trocar um vício ruim por um que faz bem como, por exemplo, a prática de exercícios”, conclui.
9 – As pessoas engordam quando param de fumar.
Em termos. Nem todas as pessoas engordam quando param de fumar. O que acontece é que, ao acabar com o vício do tabagismo, os cinco sentidos ficam mais aguçados e os ex-fumantes sentem mais cheiros e sabores, o que aumenta o desejo de comer mais.
10 – Parar de fumar tem que ser de uma vez só.
Em termos. É possível parar gradativamente. “Existem táticas e planos para alcançar o objetivo envolvendo o uso de outras drogas que funcionam aos poucos”, sugere o médico. Adesivos, gomas de mascar e alguns princípios ativos agem como a nicotina e podem retirar a fissura por cigarro aos poucos.
Para mais informações acesse: www.lavoisier.com.br