Família

Experiência com a maternidade faz mãe mudar de carreira e ajudar outras mulheres

Quando o trabalho fixo não faz mais sentido, uma saída é empreender - reprodução/Arquivo Pessoal
reprodução/Arquivo Pessoal

Publicado em 07/08/2019, às 08h27 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h27 por Yulia Serra, Editora | Filha de Suzimar e Leopoldo


Quando o trabalho fixo não faz mais sentido, uma saída é empreender (Foto: reprodução/Arquivo Pessoal)

Thaiz Crepaldi é uma das tantas mulheres que não se sentem mais representadas pelo mercado de trabalho tradicional. Após a maternidade, ela teve o empurrão que precisava para mudar de vida e se realizar: 

“Tenho 31 anos e sou mãe de um casal de gêmeos (Giovanna e Bernardo, 4 anos). Faz um ano que abandonei um emprego promissor de Gerente Regional de Comunicação em busca de mais liberdade para participar ativamente da rotina dos meus filhos e pelo desejo de fazer algo com mais propósito. 

Até tomar essa decisão, vivi três anos de pura angústia. Assim que me tornei mãe, algo mudou dentro de mim e o estilo de vida que eu tinha por conta do trabalho passou a ser um fardo pesado. 

Eu não queria precisar viajar e deixar meus filhos no cuidado de outros familiares por uma semana. Não queria precisar deixá-los 10 horas na escola e continuar enfrentando três anos no trânsito. Sofria em ter que tirá-los da cama às 6 horas. 

Fora isso, dentro de mim, eu sentia que minha carreira corporativa já não tinha sentido. Eu não tinha expectativa de mais ‘promoções’ que me demandaria mais tempo e dedicação ao trabalho e consequentemente mais ausência. 

O processo para tomar a decisão de buscar outro caminho foi extremamente doloroso. Primeiramente, porque eu me sentia refém da minha carreira. Minha renda era 75% da casa e um desligamento parecia inviável. 

Segundo, porque estive sozinha nessa jornada. Não tinha apoio de ninguém. As palavras eram sempre de ‘conformidade’: É assim mesmo; Vai passar; etc. Terceiro, porque fiquei tão ansiosa, tão angustiada que desenvolvi uma crise de ansiedade e precisei tomar remédio controlado. 

Foi após isso que decidi tomar o controle da minha vida. Em setembro de 2017, tive uma conversa com a diretoria onde me abriram que haveria uma reestruturação em que minha posição seria eliminada e eu transferida para outra vaga, que poderia inclusive ser em outro país. 

Essa foi a deixa que eu precisava. Aquele sinal do universo para te fazer se mover na direção certa e nesse momento disse que optava por um desligamento. Fizemos um acordo que me deu 8 meses até a data de desligamento. 

Reorganizei a minha vida. Baixei meus custos e montei um planejamento financeiro que me permitisse ter um ano sabático. Me desliguei em abril de 2018 e não consegui ficar 6 meses quieta. 

Nessa jornada, vi ao meu redor várias mulheres presas nas mesmas gaiolas que eu estive um dia. Mulheres, frustradas por não conseguir equilibrar carreira e maternidade. Recebi pedidos de ajuda silenciosos que diziam ‘como você teve coragem? Queria tanto poder ver meu filho crescer’. 

Então, entendi qual era meu propósito: ajudar outras mulheres a se tornarem protagonistas das suas vidas e construir um caminho de realização entre carreira e maternidade. Fiz uma formação de coaching evolutivo com foco em propósito e criei o Metamorfose Maternal (@metamorfose_maternal).

Faz alguns meses que tenho me dedicado neste trabalho com mentorias e palestras. Hoje, me sinto realizada. Tenho liberdade para acompanhar meus filhos de perto. Feliz com o propósito que escolhi e amando reaprender e ensinar nesse ecossistema do empreendedorismo.”

Ela participou do projeto Nascer de Novo, de valorização do empreendedorismo materno. Em parceria com a Brascol reunimos várias histórias para inspirar outras mulheres a seguirem os sonhos

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