Publicado em 29/01/2020, às 11h23 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h32 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo
Depressão. A doença do século XXI não afeta apenas os mais velhos. Desde cedo, vários fatores podem colaborar para o desenvolvimento da doença. Os sinais são sutis, mas reconhecê-los – o quanto antes – têm um impacto fundamental para o tratamento e cura. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o índice mundial de crianças de 6 a 12 anos diagnosticadas com depressão cresceu de 4,5% para 8% nos últimos dez anos. A grande questão é que apenas 20% delas são diagnosticadas e recebem o tratamento adequado para a condição.
O assunto merece atenção especial, porque pode levar a um sério quadro que se estende para a adolescência, fase adulta e assim em diante. A neuropediatra, especialista em Transtorno do Espectro Autista e Saúde Mental Infantojuvenil Dra. Deborah Kerches enfatiza que os mais novos, muitas vezes, têm dificuldade em expressar os sentimentos com clareza ou até nomear essas emoções, então alerta: “Devemos estar atentos aos sinais que podem não ser tão evidentes assim”.
Em alguns casos, a situação não é tratada com a devida importância, pelos pais pensarem que é apenas uma fase e passará em breve. Em outros por achar que é um exagero. Independentemente da alternativa, o resultado é prejudicial para o seu filho, que terá um impacto na qualidade de vida. Para te ajudar a reconhecer os sintomas, a especialista destaca alguns sinais de alerta para a depressão em crianças:
Já nos adolescentes, além dos itens já listados, há outros sinais. Confira abaixo:
“Os pais precisam estar atentos, próximos, e manter o diálogo, sempre com muito respeito. Essas são ferramentas eficazes para identificarmos ‘pistas’ ou sinais de alerta”, completa a Dra. Deborah. Vale ressaltar que é uma doença e por isso, você não deve hesitar em buscar uma ajuda especializada. A saúde mental é influenciada por diversos fatores e, assim, é difícil que a depressão seja consequência de apenas um único. A médica explica: “A doença prevê uma interação entre fatores genéticos e ambientais, como cyberbullying e exposição excessiva às telas e conteúdos inadequados ou violentos”.
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