Engravidar

Como saber se um homem é infértil?

O processo de congelamento dos óvulos pode ser muito estressante - iStock
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Publicado em 17/12/2013, às 14h35 - Atualizado em 20/10/2021, às 09h20 por Redação Pais&Filhos


A empregada doméstica Helena Maria Dias Souza, de 36 anos, tenta engravidar há aproximadamente 7 anos, época em que se casou com Márcio Souza, de 35 anos, operador de tratamento de efluentes. Depois de alguns meses de tentativas, resolveu procurar por um especialista em reprodução humana e, como a série de exames não apontava qualquer problema, levou junto o marido. Uma investigação, resultados contraditórios e, finalmente, um parecer: a contagem de esperma de Márcio estava abaixo do normal e esta foi apontada como uma das causas para que o casal não conseguisse engravidar.

A busca por um especialista foi um passo importante para que o casal pudesse mapear a origem do problema. Agora eles fazem um tratamento especial à espera do filho. A infertilidade tem diversas origens e os riscos são iguais para homens e mulheres: 40% de chance de ser um problema dele, 40% dela e 20% de ser um problema conjunto. Por isso, o ideal é reconhecer a dificuldade e, mais importante, saber que este não é apenas um problema feminino, como alguns pensam.

“A primeira medida tomada pelo urologista é levantar o histórico de saúde do paciente, levando em conta informações sobre doenças que já teve ou tem – incluindo as sexualmente transmissíveis –, cirurgias por que passou, medicamentos de que faz uso, se é fumante ou tem outros vícios, se tem uma vida sedentária ou atlética, seus hábitos sexuais etc.”, diz o especialista em Fertilização Assistida e diretor do Grupo Fertility, Edson Borges Junior, pai de Vitória e Edson.

O processo de congelamento dos óvulos pode ser muito estressante (Foto: iStock)

De acordo com o especialista, paralelamente ao exame clínico, o paciente será submetido a um exame para analisar os espermatozoides. Mesmo nos homens considerados férteis, até 50% da população de espermatozoides pode apresentar alterações de movimentação e até 96% alterações em sua forma, entre outras variáveis. O espermograma também é bastante útil para fornecer informações sobre o estado das glândulas acessórias, como próstata e vesículas seminais.

“Uma grande contagem de espermatozoides com aparência e movimentação normal sugere fertilidade. Porém, outros testes, como o Processamento Seminal Prognóstico, que representa o número de espermatozoides ‘úteis’, e o Teste de Fragmentação do DNA Espermático, que representa a estabilidade do material cromossômico, devem ser feitos juntamente com o espermograma. Caso o espermograma tenha resultado normal, mais um exame poderá ser pedido para confirmar o resultado a partir de outra amostra. Por fim, caso nenhum espermatozoide seja encontrado na amostra – o que indica azoospermia – é sinal de que pode haver algo comprometendo um ducto seminal ou, ainda, que o paciente tenha um defeito congênito ou tenha sofrido algum acidente que levou à interrupção de produção de espermatozoides”, explica o médico.

Além da minuciosa análise seminal, outros testes podem contribuir para o tratamento da infertilidade – que às vezes é cirúrgico – e até mesmo para definir a técnica mais apropriada de reprodução assistida. É o caso da avaliação hormonal e da avaliação genética. Os três fatores genéticos mais frequentemente relacionados à infertilidade masculina são: aberrações cromossômicas, mutações gênicas e microdeleções do cromossomo Y – sendo que, na população de homens inférteis, a incidência de alterações cromossômicas é de 7%, em média.

“Antes de iniciar o tratamento de infertilidade masculina, é importante assegurar que a parceira esteja com seu potencial reprodutivo adequado. Os tratamentos mais selecionados são a reversão da vasectomia e o tratamento da varicocele, que consiste na dilatação anormal das veias testiculares e que acaba comprometendo a qualidade do sêmen. Em até 38% dos casos, varicocele é o problema de origem da infertilidade, podendo ser revertido. Mas também são passíveis de correção problemas como disfunção erétil, fimoses muito graves, ejaculação retrógrada, abuso de álcool, drogas ou superexposição a substâncias tóxicas encontradas em pesticidas e outros químicos”, diz o especialista – chamando atenção para o fato de que um grande número de inovações tecnológicas e científicas em medicina reprodutiva tem alterado radicalmente as opções para o tratamento de casais inférteis nos últimos anos.

Consultoria: Dr. Edson Borges Junior, pai de Vitória e Edson, é médico urologista, especialista em Medicina Reprodutiva, diretor do Grupo Fertility e presidente do Instituto Sapientiae – www.fertility.com.br , www.sapientiae.org.br


Palavras-chave
Saúde e Fertilidade

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