Bebês

As melhores brincadeiras para cada fase

Imagem As melhores brincadeiras para cada fase

Publicado em 07/02/2012, às 08h00 - Atualizado em 19/06/2015, às 12h56 por Redação Pais&Filhos


Crianças adoram brincar. E você, provavelmente, adora vê-las brincando. Mas deixar que os pequenos se divirtam à vontade com seus brinquedos tem uma razão que vai além da pura diversão: é por meio da brincadeira que eles desenvolvem habilidades como coordenação motora e raciocínio, para falar o básico. Por isso, a gente insiste: deixe seu filho brincar! Para ele, é a maneira mais divertida de se expressar, além de descobrir o mundo e se relacionar com ele.

Para cada fase do desenvolvimento da criança há brinquedos mais adequados. Uma simples bolinha de pano colorida, por exemplo, pode fazer maravilhas para um bebê que está descobrindo cores, formas e texturas, enquanto uma criança mais crescida com certeza vai preferir um jogo de tabuleiro. Por isso, especialistas explicam quais as brincadeiras mais interessantes em cada faixa etária. Claro que não precisa de tanta rigidez – ao completar certa idade, a criança não é obrigada a abandonar um brinquedo do qual ainda gosta. A questão é bem flexível, e separar as brincadeiras por faixas etárias apenas auxilia a compreender o desenvolvimento dos pequenos em cada fase da infância.

Até 4 meses

Nessa idade, o bebê está na fase sensório-motora, que dura até os 2 anos. É hora de descobrir o mundo através dos sentidos. Isso significa que ele adora cores, sons, texturas e formas. No primeiro mês de vida, só quem participa da brincadeira são as mãos e a boca. Depois, o bebê já consegue acompanhar imagens com os olhos e até tenta colocar o pé na boca. Experimente oferecer mordedores ao seu filho, para que ele possa explorar a textura e a forma do objeto (sempre tomando cuidado com a higienização do brinquedo, claro). Outra boa pedida são brinquedos que emitem barulhos, como chocalhos leves e bolinhas. Tudo com moderação. Brinquedos barulhentos demais podem prejudicar o desenvolvimento da audição do bebê ou até deixá-lo irritado. Então, o melhor é esperar que a criança esteja um pouco maior para oferecer brinquedos sonoros e caixinhas de música. O importante é ter em mente que seu filho vai precisar de coisas que possa morder, agarrar, manipular. Bolinhas de pano ou de borracha que caibam na mão, com texturas diferentes e bem coloridas, são bem-vindas. Embora o bebê ainda não tenha todo o seu potencial visual desenvolvido, móbiles são bons estimulantes visuais.

De 4 a 6 meses

Se você tem um filho nessa faixa etária, provavelmente já notou que ele adora atirar as coisas no chão. Isso acontece porque essa é a fase em que a criança começa a perceber os movimentos que é capaz de causar nos objetos. O bebê continua apertando e testando tudo, mas os pais já podem apresentar alguns brinquedos que eles possam movimentar. Vale desde um brinquedo grande para a criança arrastar, até cubos coloridos para empilhar. Há também brinquedos de pano, ótimos para deixar que o pequeno mate toda a sua vontade de atirar as coisas e se divertir descobrindo que é capaz de colocá-las para se mexer. As crianças dessa idade brincam pelo simples prazer de fazer rolar uma bola ou produzir sons batendo um martelo de brinquedo, repetindo os movimentos e observando seus efeitos.

De 6 a 10 meses

O pequeno já tem uma relação mais organizada com formas e sons diferentes. Uma boa opção são os brinquedos de encaixe com peças grandes, de tamanhos variados. Melhor ainda se emitirem algum som quando as peças são encaixadas, porque a criança percebe que pode escolher o que quer ouvir. Tapetes com estímulos sonoros também podem ser uma boa pedida. É uma boa hora para oferecer brinquedos que estimulem a criança a se sentar sozinha, como cubos de empilhar. O bebê já é capaz de manusear livrinhos de pano, plástico ou borracha com textura. Existem também as opções à prova d’água, para os adeptos da choradeira na hora de entrar no banho. Por volta dos 8 meses, o bebê começa a identificar esquemas corporais. Por isso, essa é uma boa hora para brincar com bonecos e animais de tecido. Por mais que ainda não tenha linguagem definida, a criança já começa a fazer alguma classificação mental quando reconhece as mãos e os pés de seus brinquedos.

De 10 meses a 1 ano

A gente não se lembra, mas o mundo fica bem maior depois que a gente começa a engatinhar. Nessa fase, seu filho está passando pela excitante descoberta do espaço horizontal, e adora explorar limites engatinhando pela casa. É nessa etapa que o pequeno começa a tomar mais consciência corporal, e pode começar a balançar seu corpo recém-descoberto no ritmo das músicas. Por isso, é importante apresentar a ele algumas canções que permitam que ele “dance” (à sua maneira, claro). Seu filho vai aprender tudo isso por imitação, repetindo os movimentos que os adultos fizerem. Personagens de desenhos animados também podem ser exemplo, desde que o pequeno não fique muito tempo diante da televisão. Nessa fase, é importante o desenvolvimento sensorial, que pode ser estimulado com brinquedos que proporcionam um movimento de vai-e-vem, como cavalinhos e cadeiras de balanço.

De 1 a 2 anos

É hora de seu filho descobrir que tem força e, mais do que isso, aprender a usá-la. Por isso, cavalos com rodinhas, carrinhos, caminhões e qualquer outro objeto que ele possa puxar e empurrar são ótimos passatempos. Ao descobrir que um carrinho muito grande precisa de mais força para atravessar a sala, a criança ganha noção de peso e tamanho. O pequeno também já consegue brincar em carrinhos que possa movimentar com os pés (semelhante aos triciclos, mas sem pedais). Brinquedos como esses desenvolvem a coordenação e o equilíbrio, além de fortalecerem os músculos das pernas. Outra brincadeira muito boa para essa idade são blocos de montar.

De 2 a 3 anos

As brincadeiras que exigem mais coordenação motora já podem ser apresentadas para o pequeno. Ele já consegue pedalar num triciclo, brincar com baldinhos na areia e montar quebra-cabeças com peças grandes, por exemplo. Essa é a fase em que seu filho vai adorar fazer, desfazer e refazer até cansar. Por isso, abuse dos brinquedos de montar e desmontar e de bonecos com roupas fáceis de serem tiradas e vestidas. Em tempo: vale lembrar que essa vontade de montar e desmontar tudo é um sinal de alerta para a qualidade dos brinquedos escolhidos, pois alguns têm peças pequenas, que podem ser perigosas. Piscinas de bolinhas são ótimas para a idade. Além de terem muita cor, a criança vai lidar com todas aquelas bolas no corpo e ver como ela ocupa o espaço – percebendo que, quando ela entra, as bolas se deslocam. Isso favorece o desenvolvimento da percepção espacial e ajuda a lidar com o equilíbrio.

De 3 a 4 anos

Hora da meleca! Seu filho vai adorar brincadeiras com massinha, tinta e areia, além de rabiscar. A criatividade começa a se desenvolver, e a criança também percebe, com mais intensidade, que pode produzir coisas para oferecer ao outro. A junção disso a gente já conhece: começam a aparecer os famosos desenhos ou esculturas de massinha que vêm acompanhados de um “pra você, pai” ou “pra você, mãe”. Nessa faixa etária, em que já há linguagem e vocabulário, quem comanda as brincadeiras é o mundo imaginário. Para deixar as brincadeiras de faz-de-conta mais divertidas, máscaras, fantoches e fantasias são boas sugestões. Vestidos como seus personagens favoritos, os pequenos adoram “ser” princesas e super-heróis. A criança percebe que seus desenhos começam a parecer com pessoas.  Também é a fase dos instrumentos musicais de brinquedo, como pandeiros, pianinhos, trombetas e tambores.

De 4 a 5 anos

O desenvolvimento da criatividade continua aguçado, e a criança começa a criar situações e “se disfarçar”. Pode passar um bom tempo batendo um papo imaginário com um telefone de brinquedo, por exemplo. Também são boas opções as casas de bonecas, fazendinhas e circos de brinquedo. Também é a fase em que o pequeno pode se interessar mais ainda por lápis de cor, canetinhas e giz de cera. Experimente comprar uma lousa. Seu filho vai se divertir bastante desenhando e apagando, e o planeta ainda ganha com a economia de papel.

De 5 a 6 anos

A fantasia perde um pouco o espaço, e a criança começa a construir sua identidade. Agora, tem mais autonomia – adora escolher a roupa que quer usar, por exemplo. As bonecas, bolsas e bijuterias começam a fazer sucesso com as meninas. Também costuma ser o momento em que os garotos têm vontade de brincar com postos de gasolina, trenzinhos e caminhões. Nessa idade, em que já existe o convívio e a interação com outras crianças, jogos e atividades em grupo são importantes para que os pais comecem a passar valores éticos, como dividir os brinquedos e não tomar o do outro.

De 6 a 8 anos

Seu filho já tem vida escolar e sabe que, como toda criança, gosta de aprender. Os pequenos adoram descobertas, e a hora da brincadeira é ótima para isso. Nem só os brinquedos são importantes nessa idade. São essenciais atividades lúdicas, como fazer uma pipa e aprender a colocá-la para voar. Seu filho também já pode participar de atividades que exijam mais raciocínio lógico, como jogos de cartas e tabuleiro, revistas de passatempo e quebra-cabeças mais elaborados. Os jogos que propõem encontrar soluções para pequenos problemas são excelentes para a idade. A criança também começa a se interessar por games. Há jogos educativos muito bons, mas os pais precisam ficar atentos ao tempo que as crianças passam jogando video-game ou no computador. Afinal, as atividades em que as crianças são passivas não devem tomar a maior parte do tempo de brincadeira, que se torna muito mais estimulante com brinquedos que pedem atividade. Além da fase da construção da aprendizagem, é também a da competição. A criança precisa de atividades que a introduzam no mundo social. Por isso, esse é um bom momento para estimular a prática de atividades esportivas. Não podemos nos esquecer de que é fundamental estimular a leitura de livros, revistas e histórias em quadrinhos.

De 8 a 12 anos

É a fase dos jogos com regras, podendo ser de cartas, tabuleiro ou quadra. A criança já é capaz de entender que existem regras universais, e essas atividades ficam melhores ainda quando possibilitam a interação em família. Mas nada de proteger seu filho deixando que ele ganhe o jogo! Nessa idade, ele já é capaz de aprender a lidar com a frustração de perder. Os jogos fazem com que a criança tenha consciência do outro, e a apresentam o mundo socializado, regido pelas regras.

Consultoria: Adriana Friedmann, doutora em antropologia, autora dos livros “O Brincar no Cotidiano da Criança” e “O Desenvolvimento da Criança Através do Brincar” (Ed. Moderna). Quézia Bombonatto, mãe de Rodrigo, é psicopedagoga, fonoaudióloga, terapeuta familiar e presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia, tel.: (11) 3815-8710

Veja aqui um vídeo contando com funciona a KidZania, uma cidade que imita a vida real feita para crianças de 4 a 14 anos!


Palavras-chave
Desenvolvimento

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