Publicado em 18/08/2015, às 12h10 - Atualizado em 08/10/2020, às 13h52 por Adriana Cury, Diretora Geral | Mãe de Alice
Todas as mães já sabem que a alimentação, o consumo de bebidas alcoólicas e o tabaco influenciam na formação física do bebê. O que muita gente não sabe é que a gravidez também influencia e muito na personalidade e nas emoções da criança. “Tudo que a mãe faz, o bebê absorve em forma de memória inconsciente e isso pode gerar problemas físicos e emocionais pós-nascimento”, diz Domingos Mantelli, pai de Giulia e ginecologista e obstetra com formação em neurolinguística.
Quando a mãe passa por um estresse prolongado durante a gravidez, como a morte de alguém querido, ela libera uma série de hormônios como adrenalina, cortisol e noradrenalina, o que mexe com a arquitetura cerebral do bebê ainda em formação. Estudos já comprovam que quando a mãe passa por essas situações a criança terá quatro vezes mais chances de ser depressiva.
O inverso também é verdadeiro: se a gravidez foi tranquila, o bebê vai nascer com a personalidade mais estável e menos riscos de traumas inconscientes. “O inconsciente da criança é muito aflorado e capta tudo o que está acontecendo no ambiente, seja dentro ou fora do útero”, diz Domingos Mantelli.
O especialista ainda afirmou que um dos experimentos feitos nesse campo mostrou que um marido alcoólatra que batia na mulher grávida é rejeitado pela criança depois do nascimento. “Só de ouvir a voz do pai, o bebê entrava em desespero e começava a gritar, porque associava aquela voz a um momento traumático”, explica. Alguns estudos ainda vão mais longe: se a criança se sente rejeitada durante a gravidez, tem duas vezes mais risco de apresentar sinais de autismo ou esquizofrenia.
Uma gravidez nunca é igual a outra. Se uma mulher ficar grávida dez vezes, em cada uma dessas gestações ela passará por momentos diferentes, alegrias diferentes e preocupações diferentes também. O desenvolvimento intrauterino pode ser uma das explicações para que irmãos que nascem do mesmo pai e da mesma mãe tenham comportamentos completamente diferentes mesmo na infância: alguns são mais quietinhos, outros mais extrovertidos. Uns são mais falantes, outros mais bravos.
“Tudo o que a mãe faz e sente vai ser absorvido como memória inconsciente. Isso pode diferir um filho do outro, dependendo do emocional da mãe em cada gravidez”, explica o ginecologista e obstetra. E as crianças podem carregar isso para o resto da vida, mas dá para fazer um acompanhamento com psicólogos e pedagogos depois do nascimento do bebê para amenizar certos traumas da gravidez.
Por isso, é muito importante que o ginecologista não se preocupe apenas com a saúde física da mãe e do bebê, mas também com a saúde emocional. “Uma das técnicas que nós utilizamos é o relaxamento juntamente com uma musicoterapia. Toda vez que o bebê escutar aquela determinada música, vai lembrar que aquele é um momento de relaxamento e de carinho da mãe e do pai”, diz Domingos Mantelli.
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