Publicado em 15/01/2020, às 16h41 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h22 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo
O começo do ano é marcado por muitas expectativas, planos e mudanças: mudar de emprego, trocar de carro viajar mais, começar um regime. Mas são poucas que acrescentam à lista de metas um item essencial: cuidar mais da própria saúde mental.
Para alertar sobre a importância desse tema e conscientizar as pessoas a cuidarem mais de si mesmas, a campanha Janeiro Branco existe desde 2014. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em quatro pessoas sofre com algum transtorno mental. O Brasil é o país com mais pessoas ansiosas no mundo: estima-se que ao menos 9,3% da população, ou seja 18,6 milhões de brasileiros convivem com o transtorno.
O objetivo da campanha é chamar atenção para a saúde mental e promover compreensão sobre temas como depressão, ansiedade e fobias. Ao colocar o tema em discussão, é possível prevenir problemas mais sérios que afetam a saúde, como o “burnout” e a depressão.
Mãe, cuide de sua cabeça
É impossível negar que a chegada de um filho muda a cabeça da família e a rotina, mas é fundamental não se esquecer das demais funções e, principalmente, de você. Mãe também é gente e não só merece, como precisa se cuidar. “Se colocar como prioridade depois da maternidade é quase uma missão impossível, mas uma mãe que consegue colocar um tempo na agenda para si, também está fazendo bem para os filhos”, explica a terapeuta Rosangela Matos.
Mãe sempre coloca os outros na frente. É algo tão comum que você não percebe os efeitos negativos que isso tem a longo prazo. A mulher é cobrada para agir como uma super-heroína, mas é humana, e os erros fazem parte. “É como se após a vinda do bebê houvesse uma transformação sublime e a mulher tivesse que dar conta de tudo. Como se não fosse admitido que ela continuasse a ter uma vida além da maternidade”, explica a psicóloga Ana Paula Majcher, mãe de Laura e Pietro.
“Quando a mulher se torna mãe, em seu dia a dia é comum que vivenciem um cansaço físico e mental, se tornando excessivo e crônico. Acho muito importante lembrar a mãe que nem tudo que a gente deseja fazer a gente consegue. No momento em que o bebê chega em casa tudo muda ao seu redor e é essencial entender que a mudança significa adaptação a essa nova forma de existir”, explica a psicóloga Mônica Pessanha, mãe de Melissa.
É essencial entender que você precisa de um tempo para fazer algo por e para si até aceitar que não é perfeita. Então, fica o lembrete: inclua na sua agenda um horário para você. “Você precisa estar feliz para que os filhos estejam felizes”, define Ana Paula.
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