Menina não resiste depois de três horas e meia de espera por atendimento médico em hospital
Com os lábios azuis e falta de resposta, a criança chegou ao Westmead Hospital, em Sydney, na Australia. Os pais seguem processando o estabelecimento
Resumo da Notícia
- Caitlin Cruz, 3 anos, falece em outubro de 2016 por complicações do vírus Influenza B
- Enfermeiras do hospital, mesmo a menina estando em péssima condição não a concederam um leito
- Referente ao mal atendimento do hospital os pais abrem inquérito que está em vigência até hoje
Caitlin Cruz, de 3 anos, em outubro de 2016 faleceu em menos de 24 horas de chegar no hospital, no dia 23 de outubro, as 11:45h depois de uma tentativa de 45 minutos para ressuscitar a criança, segundo o jornal The Sun.
A morte dela foi causada por complicações de uma infecção viral da Influenza B. Na autopsia da criança foi encontrada uma significante quantidade de líquido no coração, 50 ml para ser exato, o que pode ter sido o motivo da rápida piora e consequentemente morte.
Ela havia voltado da creche para casa com febre e estava se recuperando da doença há vários dias, e preocupados, os pais a levaram ao médico no dia 21 do mesmo mês, mas com a piora do estado da criança a levaram de volta à clínica geral no dia seguinte.
A clínica geral que atendeu Caitlin, Sumeena Qidwai, ao ver a pequena colapsando pediu ao assistente que chamasse uma ambulância. A garota estava muito mal, segundo ela, estava mole e azul. “Foi a criança mais doente que já vi”, disse a médica à reportagem.
Quando a ressuscitaram, levaram a menina ao Hospital Infantil em Westmead, onde Caitlin chegou sem nota de referência já que a Dra. Qidwai considerou que ela estava em perigo iminente.
Ao chegar lá, as enfermeiras colocaram Caitlin Cruz na sala de espera, fazendo com que a paramédica Julia Hickman, mesmo após contar o caso da pequena, que continha lábios azuis e falta de resposta, advogasse para que colocassem a garota em um leito hospitalar, até que finalmente uma das enfermeiras concordou e a internaram.
Dra. Gerace também aponta que a menina teve que esperar cerca de três horas e meia para realizar um eletrocardiograma, tendo em vista que a máquina não estava funcionando.
Família processando o hospital
Após a perda da filha, os pais resolveram entrar com um processo contra o hospital. Segundo o Health Care Complaints Commission (HCCC), organismo criado no sul da Austrália para cuidar de críticas hospitalares, o número de deficiências sistêmicas foi grande e o atendimento foi inadequado em diversas razões, além da demora da investigação do caso da Caitlin ter sido “inaceitável”, como referenciaram.
Os pais da pequena só querem mostrar a verdade por trás do que aconteceu com sua filha, em busca de que nenhuma criança mais passe pelo que a menina passou. O pai, Mitch Cruz, ainda reforça: “Não estamos fazendo isso só pela Caitlin, estamos fazendo pela sua irmãzinha que nunca vai conhece-la”. O inquérito continua.