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Vício em videogames: saiba por que você deve ficar atenta com seu filho

A OMS reconheceu o vício em videogames como um transtorno - Shutterstock
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Publicado em 23/07/2019, às 14h15 por Isabella Zacharias, Filha de Aldenisa e Carlos


A OMS reconheceu o vício em videogames como um transtorno (Foto: Shutterstock)

Assim como percorrer as mídias sociais e assistir vídeos no Youtube, jogar videogames pode ser um hábito. Em setembro de 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o distúrbio do jogo como um distúrbio de saúde mental. Um menino de 8 anos, no Memphis, Tennessee, foi mandado para a sala de emergência depois de se recusar a desligar o videogame para ir ao banheiro, o que resultou em um intestino preso.

Essa notícia fez com que muitos pais se preocupassem com o que a Associação Americana de Psiquiatria está chamando de “transtorno dos jogos”. Aqui está tudo o que você precisa saber sobre o transtorno, os sinais de alerta e o que fazer se você acredita que seu filho está passando por isso.

Quais são os sinais de alerta?
A OMS define transtorno de jogo como “um padrão de comportamento que aumenta a prioridade dada aos jogos em relação a outras atividades, na medida em que o jogo tem mais importância do que outros interesses”. Petros Levounis, professor e presidente do Departamento de Psiquiatria da Rutgers New Jersey Medical School, em Brunswick, Nova Jersey, diz que esse comportamento se manifesta, principalmente, com uma mudança. “Se a criança está se isolando mais do que antes, passando horas acordada jogando na internet ou no celular e as notas começam a cair, é bom ficar de olho”, ele diz.

O APA também aponta os principais sinais:

  • Sintomas de abstinência quando o jogo é retirado, como tristeza, ansiedade e irritabilidade;
  • A necessidade de gastar mais tempo jogando para satisfazer o desejo;
  • Incapacidade de reduzir tentativas de jogar;
  • Desistência ou perda de interesse em outras atividades;
  • Usando os jogos para aliviar o mau humor, como culpa.

Como o distúrbio é diagnosticado?
Antes que a criança possa ser diagnosticada, ela deve apresentar um comportamento negativo que tenha causado “comprometimentos significativos em áreas pessoais, familiares, sociais ou educacionais”, de acordo com a OMS. Não pode ser considerado um diagnóstico até que o comportamento domine completamente a vida do jogador. O Dr. Levounis diz que esse prazo serve para frear o diagnóstico: “Há muita coisa boa na internet e nós não devemos ser rápidos para culpar os jogos logo de primeira”, ele diz. Levounis também encoraja os pais que veem esses problemas acontecendo a procurarem tratamento para o filho.

Quem está em risco?
Um estudo publicado no American Journal of Psychiatry em março de 2017 constatou que 0,3 a 1% da população pode estar qualificada para um diagnóstico de transtorno de jogo. Adolescentes e jovens adultos que têm problemas como depressão ou ansiedade correm mais riscos de sofrerem com o vício em jogos, de acordo com a Cleveland Clinic.

“O vício em jogos pode atuar como automedicação contra o problema que uma criança tem, como transtorno alimentar, bipolar, depressão e ansiedade”, diz o Dr. Levounis. “É como se eles encontrassem conforto no mundo imaginário dos jogos de videogame”. O profissional também acrescenta que outra possibilidade de identificar o transtorno é condições que sejam consequências, como a insônia. “Uma criança pode passar tantas horas jogando que ela acaba não dormindo bem. Isso pode causar ansiedade, irritabilidade e inquietação”, ele explica.

O que os pais podem fazer se suspeitarem de que o filho tenha o transtorno?
O Dr. Levounis recomenda que os pais estabeleçam limites no tempo de jogo do filho é o primeiro passo. “Os pais precisam estar em contato com o ambiente da criança e da cultura em que ela vive”, explica. “Você pode perguntar para o seu filho por quanto tempo ele está jogando e tentar inseri-lo em outras atividades”. “Uma das piores coisas que já vimos é um diagnóstico errado de um distúrbio psiquiátrico e crianças recebendo o tratamento errado”, ele ressalta. Por isso ele recomenda que trabalhar com um profissional de saúde mental experiente e qualificado é fundamental.

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