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Quando o bebê precisa de fono?

Imagem Quando o bebê precisa de fono?

Publicado em 09/12/2013, às 16h36 - Atualizado em 02/02/2021, às 12h35 por Redação Pais&Filhos


Seu bebê ainda não fala e pode parecer muito pequeno para precisar de um fonoaudiólogo, mas alguns problemas que podem ser tratados precocemente com a ajuda desse profissional são capazes de prejudicar o desenvolvimento da fala e a alimentação do seu filho lá na frente.

Como perceber?

Para identificar esses problemas, fique atenta na hora da amamentação. A sucção do leite deve estar integrada à respiração e à deglutição. Esses três fatores precisam estar em equilíbrio para que tudo corra bem. O leite escapa pelas laterais da boca? O bebê fica cansado após mamar e não faz pausas para respirar? Engasga com frequência e fica irritado? Se isso acontece, é importante procurar a ajuda de um profissional.

Se o bebê apresenta uma sucção sem ritmo e tem dificuldade para mamar, isso também precisa ser observado. Assim que nasce, a criança apresenta alguns reflexos, como o de busca (se você acaricia o rosto do recém-nascido, ele se vira na direção do toque e abre a boca, em busca do seio) e de sucção (o bebê suga o seio, mas também os próprios punhos e até seu dedo, se você colocá-lo em sua boca).

Alguns bebês não demonstram reflexo de sucção, o que pode significar algum problema neurológico. A exacerbação (quando a criança sente náuseas no momento da pega) também é um sinal de reflexo alterado. O importante é manter a calma e procurar ajuda caso note algum problema. Converse com o pediatra e peça indicação. Melhor passar por uma consulta e descobrir que está tudo bem, do que ficar na dúvida.

Para resolver

Quanto mais cedo for detectado o problema, mais fácil será o tratamento. É muito comum que a dificuldade para mamar seja decorrente da língua presa, que acontece quando o frênulo (freio da língua) é curto. O teste da linguinha já está disponível em alguns hospitais. Ele é similar ao teste da orelhinha, feito para descobrir se há algum problema auditivo. A partir daí, o fonoaudiólogo vai acompanhar e orientar o tratamento adequado.

Fortalece a mandíbula

A amamentação correta é muito importante para fortalecer e estimular o crescimento da musculatura do rosto, além de preparar o seu filho para receber os alimentos sólidos. E esses músculos exercitados – que fortalecem a ponta da língua, a musculatura dos lábios – são os mesmos que são utilizados para a fala.

“Depois da fase da amamentação exclusiva, até os 6 meses, a mastigação de alimentos consistentes é fundamental para dar continuidade ao desenvolvimento da musculatura”, diz Patricia Junqueira, mãe de Felipe e Tiago, doutora em Distúrbios da Comunicação Humana pela Unifesp e fonoaudióloga clínica responsável pelo Centro de Dificuldade Alimentares do Hospital Infantil Sabará. Por isso, não se recomenda bater a papinha no liquidificador nem passar na peneira. O ideal é amassar os alimentos cozidos com o garfo, matendo-os separados. Assim, a criança exercita a musculatura e descobre novos sabores. Mesmo após a introdução de outros alimentos, a amamentação dever ser mantida até 2 anos ou mais.

Xô, chupeta!

O uso de chupetas e mamadeiras não é indicado. Quando o bebê está saciado, ele cospe a chupeta. Se os pais reintroduzem o objeto, isso pode alterar a formação dos dentes, além de causar outros problemas. “No processo da fala, a chupeta impede a articulação correta da língua e contribui para que a criança tenha dificuldades de se expressar. Amamentação natural é o ideal. Se o seu filho usa chupeta, comece a tirar o hábito o mais cedo possível”, aconselha Patricia Junqueira. A orientação de Giédre Berretin-Felix, mãe de Gabriel e professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da Universidade de São Paulo (USP), é de que os pais diminuam os hábitos progressivamente. “A partir dos 2 anos, comece a tirar a mamadeira – ou a chupeta – gradualmente. O ideal é que, a partir dos 4 anos, a criança não tenha nenhum desses hábitos”.

E a audição?

Se o bebê não reconhece a voz da mãe ou não reage a sons fortes como quando o telefone toca, é importante ficar atento. Se ele está muito quieto e não chora, pode ser indício de que não está ouvindo. Estabeleça uma linguagem e contato visual com a criança e procure falar corretamente, sem diminutivos. Manter o contato com outras crianças também contribui para o desenvolvimento.

Na alimentação, a orientação é manter o bebê mais sentado ao amamentar, para que o leite não escorra para o ouvido. Na hora do banho, evite hastes e algodão e utilize uma toalha para secar a região da orelha, para prevenir a otite (inflamação do ouvido). Em casos extremos, a otite pode causar diminuição na audição, o que atrapalha o processo da fala.

Estimule

Converse com o seu bebê nas atividades diárias, cante músicas, use onomatopéias (como “vrum, vrum”, para imitar um carro) para que ele aprenda o som dos animais e dos objetos. “As primeiras palavras começam a partir de 1 ano de idade. Com 3 anos, a criança já sabe se expressar. “As meninas começam a falar mais cedo do que os meninos, pois tem mais facilidade para se comunicar”, diz a professora Giédre Berretin-Felix.

Consultoria: Giédre Berretin-Felix, mãe de Gabriel, é professora doutora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da Universidade de São Paulo (USP); Patricia Junqueira, mãe de Felipe e Tiago, é doutora em Distúrbios da Comunicação Humana pela Unieso e fonoaudióloga clínica e responsável pelo Centro de Dificuldade Alimentares do Hospital Infantil Sabará.

Palavras-chave
SaúdeDesenvolvimento

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