Publicado em 13/04/2022, às 09h48 por Cecilia Troiano
Claro, me inspirei em Simone de Beauvoir para o título desse texto. Quase como uma homenagem ao pensamento da filósofa francesa, que incendiou o feminismo no final da década de 40, faço uma transposição de sua ideia para nossas vidas como mães. Se ela iria concordar, não sei, mas para mim faz enorme sentido.
Já ouvi muitas vezes mulheres surpresas positivamente após a maternidade com suas performances como mãe. Seria como se tivessem descoberto alguma “entidade” que vivia dentro delas e que até então desconheciam, nem sabiam da existência ou, pior ainda, duvidavam da sua competência.
Eis que, voilá! Nasce um bebê e nasce uma mãe junto. Antes daquele serzinho dar suas caras, fazíamos perguntas que posteriormente nos parecem absolutamente fora de sentido. Será que vou saber como lidar com meu bebê? Será que vou entender o choro do meu bebê? Será que vou dar conta?
Tem ainda aquelas mais apavoradas, que se questionam inclusive se serão boas mães, identidade assustadora e que eleva a barra da exigência mesmo das mulheres mais desencanadas. Só de pronunciar, mesmo que baixinho ou apenas para si mesma a palavra “mãe”, um calafrio percorre a espinha. Será que eu dou para isso?
Calma! Volto ao título: a gente não nasce mãe, a gente se torna mãe. E o mais lindo dessa transformação e descoberta, ao contrário do que o ditado popular diz, é que nem sempre mãe é tudo igual. Uma das belezas da maternidade está em descobrirmos como é nossa forma de ser mãe. Como podemos e como queremos ser como mães.
Umas são super protetoras, outras mais sossegadas; umas aguentam noites e noites em claro, outras sem dormir ficam imprestáveis; umas dão o peito, outras dão mamadeira; umas são mães biológicas, outras são mães adotivas; umas são mãe e pai ao mesmo tempo; umas têm ajuda e rede de apoio, outras se viram sozinhas… E por aí vai. Nada disso veio pronto. Fomos construindo ao longo da jornada nossa forma de maternar, seguindo instintos, valores, prioridades, crenças, enfim, aquilo que faz sentido para cada uma de nós.
É como se existisse nas mulheres um dispositivo que é ativado quando um bebê nasce, ou até mesmo quando o resultado positivo da gravidez aparece no exame. Aliás, diz a lenda que o bebê chora não do impacto pelo abandono do quentinho da placenta, mas para despertar a mãe até então adormecida dentro da mulher. E que chorinho mágico e maravilhoso de se ouvir! O mundo a nossa volta se transforma, nós nos transformamos. As dúvidas se esvaem. Nos tornamos mães.
Para mim, o que acho mais lindo de tudo isso é sentir que essa emoção ainda me contagia todos os dias, mesmo com filhos adultos e independentes. Vou me moldando como mãe, mas essa identidade segue colada em mim, me definindo muito. E gosto dela com todas as minhas forças. Obrigada, Beatriz e Gabriel por me proporcionarem essa jornada de transformação. Amo ser mãe de vocês. Todos os dias e para sempre.
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