Criança

Estudo mostra que crianças nascidas na pandemia têm QI mais baixo

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Publicado em 28/08/2021, às 18h35 - Atualizado em 30/08/2021, às 10h05 por Jennifer Detlinger, Editora de digital | Filha de Lucila e Paulo


Uma nova pesquisa conduzida nos Estados Unidos revelou que crianças nascidas durante a pandemia têm menor desempenho verbal, motor e cognitivo geral, em comparação com as que nasceram antes. No entanto, o estudo ainda não foi revisado por outros cientistas.

Os pesquisadores analisaram 672 crianças entre 3 meses e 3 anos de idade do estado de Rhode Island, nos EUA. Entre elas, 188 nasceram após julho de 2020, 308 nasceram antes de janeiro de 2019 e 176 nasceram entre janeiro de 2019 e março de 2020. Nenhuma tinha deficiências de desenvolvimento.

(Foto: iStock)

Os resultados mostraram que a média de QI das crianças que nasceram antes da pandemia foi de cerca de 100 pontos. Já as nascidas durante a pandemia tiveram QI médio de 78 pontos. As crianças que têm origens socioeconômicas mais baixas se saíram pior nos testes. “Talvez não seja surpreendente que as crianças de famílias socioeconômicas mais baixas tenham sido as mais afetadas, pois isso reflete muitos dos outros impactos financeiros, de emprego e de saúde da pandemia”, declarou Terence Stephenson, professor de saúde infantil na University College London, que avaliou que o principal fator que influencia os resultados provavelmente é o estresse dos pais.

Uma hipótese dos pesquisadores para a queda nas pontuações é a interação limitada com o mundo exterior e do acesso a estímulos apenas em ambientes domésticos, que pode ser prejudicado pelo estresse dos pais em tempos tão difíceis. “Durante a pandemia, os pais estão estressados e esgotados. A interação que a criança normalmente teria diminuiu substancialmente”, avaliou Sean Deoni, autor do estudo e professor associado de pediatria da Brown University, em entrevista ao The Guardian.

(Foto: Getty Images)

A discrepância entre os desempenhos antes e depois da pandemia são bastante significativos. Segundo os pesquisadores, esse nível de distinção é encontrado apenas em casos de grandes problemas cognitivos. Não se sabe ainda se a baixa pontuação terá impacto de longo prazo na vida das crianças. Segundo Sean, nos primeiros anos de vida, é mais fácil criar uma base para que a criança desenvolva melhor suas habilidades. “A capacidade de corrigir isso torna-se menor conforme a criança vai crescendo”, disse.

Por isso, a pesquisa aponta para a necessidade de monitorar o desenvolvimento das capacidades das crianças ao longo dos próximos meses. Se a discrepância continuar, pode ser o caso de se investir em políticas públicas focadas em diminuir essa diferença e estimular suas performances cognitivas, verbais e motoras com os anos.


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