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“Achava que falar sobre família me deixaria menos homem”: diz Marcos Piangers no 14° Seminário Internacional Pais&Filhos

Marcos Piangers falou sobre a paternidade para os inscritos no Seminário - Divulgação
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Publicado em 17/11/2022, às 07h42 - Atualizado às 11h02 por Redação Pais&Filhos


Quem está acompanhando o 14° Seminário Internacional Pais&Filhos? Ele está acontecendo nesta quinta-feira, dia 17 de novembro, na Unibes Cultural em São Paulo. Além de diversas ativações de marca, sacolas de brindes e um espaço incrível, diversos convidados especiais estão fazendo palestras e bate-papos sobre o tema desta edição: “Toda família é nossa”.

A primeira palestra do dia foi dele, Marcos Piangers! Pai de Aurora e Anita, Piangers é jornalista, escritor do livro “O papai é pop” e colunista da Pais&Filhos ao lado da esposa, Ana Cardoso. O tema desta edição surgiu através da participação do casal no POD&tudo, podcast da Pais&Filhos, em que citou a provocação feita por Peu Fonseca com base em um provérbio africano; “É preciso de uma aldeia para criar uma criança” virou “é preciso de uma criança para criar uma aldeia”. O tema da palestra de Marcos Piangers foi “Cadê a mãe dessa criança?”, onde falou sobre a paternidade ativa na criação dos filhos.

Marcos Piangers
Marcos Piangers falou sobre a paternidade para os inscritos no Seminário (Foto: Divulgação)

Abrindo o evento da melhor forma possível, Andressa Simonini apresentou Piangers e logo homenageou Peu Fonseca, que fez a provocação: “É preciso de uma criança para criar uma aldeia”, o chamando de poeta e alegando que se emocionou com a mudança no provérbio africano. Em seguida, Marcos Piangers começou com uma dinâmica mais que especial: pediu para que cada pessoa virasse para outra, mesmo que não a conhecesse, e elogiasse algo sobre ela.

Piangers não poupou palavras ao dizer que cada pessoa é única: “Nossos filhos são pessoas diferentes, mas criamos eles de forma esquemática. Nós criamos um esquema, e os nossos filhos nos olham dizendo: ‘De novo? Eu sou eu!”. Depois disso, fez uma reflexão sobre a criação dada, pela sociedade como um todo: “Se vamos falar de criar filhos, temos que falar de criar adultos”.

Marcos Piangers sempre compartilhou que preza pela comunicação com as duas filhas, Anita e Aurora. Mesmo que Anita já seja adolescente, Piangers não se sente sem jeito ao conversar com a filha de 17 anos de idade: “Me perguntam, ‘como você consegue conversar com a sua filha de 17 anos?’ Eu sei conversar com minha filha de 17 anos porque eu converso com minha filha 17 anos”.  Indo nessa linha de raciocínio, ele também mostrou para todos os inscritos que a forma que você reage com seus problemas é o que importa: “Não é sobre o que acontece com você, e sim como você responde a isso. Tudo que fazemos é uma reação do que já vivemos com nossos pais”.

Marcos Piangers
Marcos Piangers trouxe reflexões sobre a família (Foto: Divulgação)

Uma forte provocação veio logo em seguida: “Temos uma certa inveja dos nossos filhos, achamos que eles são ingratos, pensando: ‘você não sabe o que eu passava com meus pais”.  Para Piangers, cada criança é atípica. Cada um é de um jeito, e “colocar música clássica na barriga da mãe ou ler certos livros não significa que ela será embaixadora em algum país um dia”.

“Precisamos confiar em nossos filhos”, disse ele. Marcos Piangers contou que é necessário confiar nos filhos, e ter confiança nas decisões tomadas por eles. É preciso deixar que eles sejam livres e não tenham medo de serem vulneráveis, de se machucarem: “Se você tira a frustração, você tira a felicidade mesmo que sem querer”. Indo para o lado da paternidade ativa, Marcos Piangers contou que quando Anita nasceu, ele tinha vergonha de falar sobre família: “Achava que aquilo era coisa de mulher e me deixaria menos homem”.

Marcos Piangers
Piangers falou sobre a mãe e a filhas durante a palestra (Foto: Divulgação)

Piangers abriu o coração e contou que os homens não tem a oportunidade de deixar o lado emocional fluir: “Jogamos futebol há 20 anos com os mesmos amigos, mas não paramos para conversar sobre uma crise no relacionamento, problemas com a família e muito mais”. Na paternidade, ele viu que havia recebido a oportunidade de chorar, dizer ‘eu te amo’… mostrar que ele também havia um lado de emoções para ser mostrado.

“Você não é todo mundo. Eu sei que você está sofrendo de um jeito específico. Vivemos em uma sociedade com vergonha. É em conjunto que se cria a criança, é assim que se forma uma aldeia”, finalizou o pai de Anita e Aurora e colunista Pais&Filhos, Marcos Piangers.

Veja a programação do 14º Seminário Internacional Pais&Filhos

8h30 – Welcome Coffee

9h00 – Abertura

9h30 – Palestra I | Cadê a mãe dessa criança | Marcos Piangers

10h40 – PAISdemia | Dado Schneider

11h10 – Palestra II| Cabe o mundo em uma criança | Patricia Marinho e Pat Camargo

12h30 – Almoço

13h30 – Palestra III| Toma que o filho é nosso | Peu Fonseca

14h40 – Palestra IV| Pega essa mãe no colo | Dra. Ana Jannuzzi

15h45 – Coffee-break

16h05 – Papo reto: Mãe x tempo | Izabella Camargo

16h40 – Mesa-redonda | Toda família é nossa | Lore Improta, Xan Ravelli, Betho Fers, Thamirys Nunes e Paula Amorim (convidada da Philips Avent)

18h55- Encerramento

Conheça o tema

Um famoso provérbio africano diz que é preciso de uma aldeia para criar uma criança. Mas, o inverso também se aplica, já que é preciso de uma criança para criar uma aldeia. Essa foi uma provocação feita por Peu Fonseca, um dos palestrantes do seminário. Todas as pessoas que vivem ou viveram neste mundo tem uma coisa em comum: elas já foram crianças, e mesmo sendo uma das maiores semelhanças que temos, acabamos não olhando para o período da infância da forma que deveríamos.

O fato é que é comum não saber lidar com crianças porque somos ensinados que esse é um dever apenas da família. Da mãe, principalmente. Muito mais do que ter um olhar diferenciado para essa fase da vida, precisamos acolher todos os integrantes da família. Dar colo para aquela mãe que nunca tira a capa vermelha e carrega todas as responsabilidades consigo, abrir espaço para que a paternidade daquele pai não seja descredibilizada e exercida ao máximo. Se todo mundo se sentisse responsável pela qualidade de vida de uma criança, a falta de empatia seria muito menor. Criar crianças e família felizes é uma tarefa que só pode ser realizada no coletivo. Foi assim que o nosso tema nasceu: “Toda família é nossa”. Além de ver apenas para o nosso núcleo, é fundamental cuidar de quem cuida de uma criança.


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