Homem que vazou fotos de corpo de Marília Mendonça e Gabriel Diniz é condenado à prisão

Na quarta-feira, 27 de setembro, André Felipe de Souza Alves, o homem que foi preso por compartilhar fotos dos corpos dos cantores Gabriel Diniz e Marília Mendonça, ambos vítimas de acidentes aéreos, foi condenado pela Justiça do Distrito Federal.

Além do crime de vilipêndio a cadáver (desrespeitar ou humilhar um corpo ou cinzas), o homem recebeu condenação por divulgação de nazismo, xenofobia, racismo contra nordestinos, uso de documento público falso, atentado contra serviço de utilidade pública e incitação ao crime.

O juiz Max Abrahao Alves de Souza, da 2ª Vara Criminal de Santa Maria publicou a sentença explicando o motivo da decisão. “A natureza das fotografias expostas e os comentários realizados pelo réu através do seu perfil na então rede social Twitter demonstraram o inequívoco objetivo de humilhar e ultrajar os referidos mortos, cujas imagens invocaram grande apreço popular, circunstância que comprova o dolo inerente ao tipo penal”, escreveu de acordo com O Globo.

Max Abrahao, então, concluiu decretando a sentença. “Após estas considerações, é seguro concluir que o acusado, com vontade livre e consciente, vilipendiou os cadáveres de Marília Dias Mendonça e Gabriel de Souza Diniz”, afirmou.

Por conta de todos os crimes terem sido expressos em rede social e André Felipe ter confessado ser o autor da página onde as publicações foram feitas, além do telefone móvel celular dele ter sido investigado pelas autoridades e autoria ter sido comprovada, as postagens foram consideradas provas dos crimes.

Ele foi condenado ao total por 8 anos de reclusão e 2 anos e 3 meses de detenção, sendo que iniciará a pena em regime semiaberto.  Por vilipêndio a cadáver, serão 2 anos de detenção, por se tratar tanto de Gabriel Diniz, quanto Marília Mendonça. Além de 2 anos de reclusão por divulgação de nazismo, 2 anos por xenofobia, 2 anos por racismo de procedência nacional, 1 ano por uso de documento falso, 1 ano por atentado contra serviço de utilidade pública e 3 meses por incitação.