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“Lista do massacre”: o que é real e o que é fake news sobre os ataques e ameaças às escolas

Para driblar o algoritmo de segurança das redes sociais, o texto foi escrito com números no lugar de algumas letras - Reprodução/TikTok
Reprodução/TikTok

Publicado em 11/04/2023, às 16h17 - Atualizado em 20/04/2023, às 13h06 por Jennifer Detlinger, Editora-chefe | Filha de Lucila e Paulo


Os episódios de ataques a escolas no Brasil têm gerado pânico nas últimas semanas. Pais e responsáveis de alunos vivem dias angustiantes em meio a uma onda de mensagens com ameaças, que vêm ganhando ainda mais força nas redes sociais. Antes de qualquer coisa, é fundamental ter calma dentro de casa e se munir de conteúdos confiáveis. Afinal, o limite entre informar e colocar pânico em alguém é muito tênue. A seguir, reunimos as principais informações oficiais divulgadas até então sobre as ameaças e ataques às escolas no Brasil para te ajudar a não cair em boatos e fake news:

O que é a ‘Lista do Massacre’?

A chamada ‘Lista do Massacre’ é um vídeo curto de 8 segundos que circula nas redes sociais com cinco “possíveis Estados” e 35 cidades de Minas Gerais que poderiam ser alvo de atentados em escolas. Para driblar o algoritmo de segurança das redes sociais, o texto foi escrito com números no lugar de algumas letras. De acordo com informações do jornal mineiro O Tempo, a publicação chegou a atingir 61 mil curtidas e 18 mil comentários no TikTok em um intervalo de apenas 10 horas.

O texto ainda trazia a informação de que o possível “Ma. (massacre) tem possibilidade de acontecer no dia 10 ou 20” de abril. Isso porque no dia 20 de abril de 1999, ocorreu o massacre na escola Columbine, nos Estados Unidos. Na última segunda, 10 de abril, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou um procedimento para investigar a autoria e veracidade da “Lista do Massacre”.

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Para driblar o algoritmo de segurança das redes sociais, o texto foi escrito com números no lugar de algumas letras (Foto: Reprodução/TikTok)

Segundo informações da Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, a investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), ainda está em andamento, mas o Ministério Público já informou que não há dados concretos sobre a publicação e nenhuma prova de que a lista seja verdadeira. O órgão afirma que “não há motivo para pânico”.

Mensagens de ameaças nas redes sociais

O Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça, registrou uma grande circulação de mensagens com conteúdo de violência e ameaças referentes ao dia 20 de abril. As informações são da Agência Brasil. Até o momento, o ministério identificou mais de 511 perfis com divulgação de conteúdo violento contra escolas, entre os dias 8 e 9 de abril, somente no Twitter. Na última segunda-feira, 10 de abril, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino descartou risco de ataques no dia 20 de abril e ressaltou que a pasta faz monitoramento diário.

Sala de aula escolar
Os episódios de ataques a escolas no Brasil têm gerado pânico nas últimas semanas (Foto: Getty Images)

“Não há nenhuma razão, neste momento, para pânico. O que há é necessidade de fortalecimentos dos mecanismos institucionais e é decisivo o comportamento das plataformas de tecnologia para que possamos ter uma prevenção geral”, disse o ministro, que se reuniu com os representantes das empresas Meta, Kwai, Tik Tok, Twitter, YouTube, Google e WhatsApp para debater ações de prevenção à violência nas escolas. A intenção é exigir que plataformas criem canais abertos e ágeis para atender solicitações das autoridades policiais sobre conteúdos com apologia à violência e ameaças a escolas nas redes sociais, como a retirada desses perfis.

Secretaria da Educação de SP pede cuidado com a divulgação de ameaças

Em nota enviada à Pais&Filhos, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que as escolas da rede estadual estão atentas aos comportamentos dos estudantes e pediu cuidado com a divulgação de imagens ou informações dos atentados: “Quanto mais se noticia, mais casos surgem. Além do efeito contágio, a divulgação dessas ameaças pode criar uma sensação de pânico generalizado em pais e professores”. Leia o pronunciamento completo:

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informa que atua em parceria com as redes de proteção do Estado e do Município, como CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), Conselho Tutelar, Vara da Infância e Juventude e Polícias Civil e Militar para solucionar conflitos no ambiente escolar. As escolas contam também com patrulhamento da Ronda Escolar e em casos de ameaças os gestores das unidades registram boletim de ocorrência para que as autoridades competentes possam realizar a investigação. Este registro é fundamental para auxiliar a Polícia nas medidas de monitoramento e investigação, que foram intensificadas nos últimos dias.

A Seduc ressalta que as escolas da rede estadual estão atentas aos comportamentos dos estudantes, atuando com a escuta ativa e mediação, buscando solucionar os conflitos identificados. As unidades são orientadas a instalar câmeras, conforme diretriz do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar – Conviva SP. Os equipamentos são espelhados com o Centro Integrado de Comando e Controle – o CICC da Polícia Militar, com intermédio do Gabinete Integrado de Segurança e Proteção Escolar (Gispec), composto por servidores da Educação e da Polícia Militar, que contribuem para o planejamento das estratégias de segurança em toda a comunidade escolar e fomento da cultura da paz.

É importante salientar que o consenso entre especialistas é que a divulgação de imagens ou informações de um atentado serve para fomentar novos casos, no que é conhecido como “efeito contágio”. Da mesma forma, percebe-se que a divulgação de ameaças (muitas das quais não passam de boatos) tem seguido o mesmo comportamento. Quanto mais se noticia, mais casos surgem. Além do efeito contágio, a divulgação dessas ameaças pode criar uma sensação de pânico generalizado em pais e professores.

Canal de denúncias contra ataques e ameaças

Como uma medida para evitar novos ataques, o Governo Federal lançou na última semana um canal de denúncia por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública e em parceria com a Safernet, para receber informações sobre possíveis ameaças a escolas: o Escola Segura. Qualquer usuário pode realizar denúncias, de maneira anônima e as informações enviadas são mantidas sob sigilo. Segundo informações da Agência Brasil, os dados enviados por meio do canal são analisados por uma equipe de 50 policiais do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), da Diretoria de Operações Integradas e Inteligência (Diopi), que se dedicará nos próximos dias, exclusivamente e em regime de plantão 24 horas, ao monitoramento das ameaças contra escolas na internet.


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