Família

Pai de jogadora da Seleção Brasileira Feminina vende carro e fica em albergues para ver filha jogar

O pai já se esforçou muito para incentivar o sonho da filha - Reprodução/Instagram
Reprodução/Instagram

Publicado em 28/07/2023, às 07h34 - Atualizado às 13h33 por Mayara Neudl, Estagiária | Filha de Lidia e Rogerio


Elymar Costa, de 45 anos, o pai de Lauren, de 20, zagueira da Seleção Brasileira Feminina de futebol, fez um grande esforço para ir à Austrália prestigiar a filha na Copa do Mundo Feminina.

Lekão, como é conhecido em Votorantim, cidade natal dele e de Lauren, é um pai que sempre incentivou o talento da filha para o esporte.

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O pai já se esforçou muito para incentivar o sonho da filha (Foto: Reprodução/Instagram)

Para vê-la como titular na Seleção, ele vendeu o seu único carro e está se hospedando tanto em albergues, quanto em casas de desconhecidos no país que sedia a Copa.

Além disso, durante cinco anos, o pai saía de Votorantim e percorria 200km todos os dias para levá-la ao Centro Olímpico, primeiro clube onde Lauren jogou, em São Paulo.

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Ele e Lauren percorriam 4h de ida e volta para os treinos da filha (Foto: Reprodução/Instagram)

“Não existia time feminino em Votorantim. Por isso, quando a Lauren fez 11 anos, a inscrevi em uma peneira do Centro Olímpico, que era uma referência no futebol feminino em São Paulo”, contou Elymar ao GZH.

Ele ainda disse que quando a filha passou na peneira, o treinador o questionou como ele iria levá-la e ele respondeu que ainda não sabia, mas que era o próximo passo. “Então, decidi levá-la na garupa da minha moto aos treinos. Era uma distância de 100km. Levávamos 2h para ir e mais 2h para voltar. Era um perigo? Sim. Era uma loucura? Sim. Mas, no momento, era o que eu podia fazer pelo sonho dela. Fiz o que o meu coração dizia que eu deveria fazer”, falou o pai.

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Ele está se hospedando até em casas de desconhecidos para acompanhar os jogos (Foto: Reprodução/Instagram)

Elymar é socorrista e lembra que era difícil organizar para que os treinos de Lauren não coincidissem com o seu horário de trabalho em uma concessionária de rodovias.

Ele trabalhava de madrugada e buscava a filha na escola às 11h, levava para São Paulo e descansava enquanto ela treinava. “Depois do treino, eu a levava de volta, de moto, para Votorantim. Essa era a minha rotina diária”, contou.

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Ele conta que nunca viu o esporte como sendo de mulher ou de homem (Foto: Reprodução/Instagram)

Sobre a venda do carro para ir ver Lauren jogar na Austrália, Elymar disse que doeu muito vender o carro porque era o “carro do coração”: “No dia da venda, fiz, chorando um vídeo com o meu carrinho indo embora. Mas eu falei que um dia eu compraria outro. Afinal, a oportunidade de ver a minha filha em uma Copa do Mundo era única”.

Mesmo assim, o pai ainda precisou de ajuda financeira da filha para custear a viagem e precisa se reinventar para se manter no país: “Eu acabo ficando em albergues, e divido quartos coletivos com turistas estrangeiros. Quando o pessoal do albergue aqui de Brisbane descobriu que eu tinha vindo acompanhar a minha filha na Copa do Mundo, eles me cederam um quarto individual sem nenhum custo extra”.

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Elymar contou que foi muito difícil para ele vender o seu carro “do coração” (Foto: Reprodução/Instagram)

Elymar disse que não vê isso como dificuldade, mas que, como a notícia tomou grande proporção, pessoas desconhecidas passaram a convidá-lo a ficar na casa delas: “Falaram que seria um prazer, uma honra receber o pai da Lauren”.

“Eu cumpri uma missão de um pai que acreditou no sonho da filha de ser jogadora de futebol. Ela era uma criança de 11 anos que tinha um sonho. E de certa forma a sociedade diz o contrário, que uma menina não pode jogar futebol. Mas eu enxerguei sempre o futebol como um esporte. O futebol para mim não é masculino e nem feminino. É futebol. Ela queria jogar futebol, e eu apenas a apoiei. Muitas pessoas me perguntavam: ‘Por que você faz isso?’ E eu respondia: por que eu sou pai. E se ela quer jogar futebol, ela vai jogar futebol”, finalizou.


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