Publicado em 05/07/2018, às 13h37 por Gabrielle Molento, Filha de Claudia e Pedro
Em uma separação, o mais comum é que a criança vá morar com a mãe. Mas e se você ouvisse: “quero morar na casa do meu pai”, o que faria? Como reagiria? Nem sempre essa situação é fácil e, por isso, te ajudamos a lidar da melhor maneira com ela.
De acordo com a pedagoga e coordenadora da pós-graduação em Educação Inclusiva do IBFE (Instituto Brasileiro de Formação de Educadores) e mãe da Valentina, Maibí Mascarenhas, é preciso, em primeiro lugar, agir com naturalidade. Por mais que o pedido te surpreenda, machuque ou gere qualquer outro sentimento negativo, é importante manter a calma. Em segundo lugar, junte as peças do quebra-cabeça para entender quais são as motivações do seu filho para propor a mudança.
O que fazer
Estas respostas podem variar de caso para caso e dependendo da idade ou grau de maturidade de cada criança. A afinidade com os familiares também conta. Mas o que não muda e que é muito importante, é que você ouça seu filho de coração aberto, por mais que, eventualmente, se sinta magoada ou insegura.Tanto o pai, quanto a mãe são importantes na vida da criança e isso é a uma coisa a se ter em mente.
Quando seu filho manifestar esse desejo, respeite, ouça e busque entender o porquê da decisão. Essa conversa é importante para compreender se a vontade da criança tem motivos reais ou fantasiosos. Caso a conclusão seja de que o filho realmente deve morar com o pai, a dica pra mãe é que ela não sinta que sua relação está ameaçada.
Dependendo do caso, essa vontade de morar com o pai é, na verdade, um pedido de atenção, enquanto para outros é uma vontade sincera. Então, uma boa estratégia é, com toda a franqueza, conversar sobre a realidade familiar e esclarecer os pontos que inquietam seu filho.
“Apresente a ele os fatores sobre os quais talvez não tenha refletido, deixe que fale sobre sua visão, ouça tudo com atenção, abra seus sentimentos e esclareça os motivos de sua atitude seguinte: a de dar continuidade ou não ao pedido, caso ele seja real. Se não for, provavelmente um bom diálogo e a mudança de algumas ações no cotidiano resolverão a questão”, completa Maibí Mascarenhas.
Questões legais
Segundo André Giannini, advogado de Direito de Família e especialista em Direito Materno, o Estatuto da Criança e do Adolescente privilegia a manifestação da vontade das crianças, mas isso não significa que ela deva necessariamente ser aceita. Enquanto não atingirem a maioridade, os aspectos mais relevantes sobre o seu desenvolvimento dependem de decisões tomadas por seus pais e, se por acaso não chegarem a um consenso, o Poder Judiciário entra em jogo para tomar a decisão.
“O que se vê com certa frequência nos casos em que há disputa judicial – visando a mudança de residência – é que o interesse do filho adolescente surge, muitas vezes, não em razão de más condições oferecidas pela mãe em casa ou de um prejuízo no vínculo afetivo com ela, mas em razão de um modelo disciplinar mais duro e de uma supervisão mais presente dessa mãe”, esclarece Giannini. “Assim, em busca de maior liberdade ou um estilo de vida mais alinhado com os anseios da sua idade, os filhos acabam apresentando a ideia da mudança”, completa.
Mas se por acaso seja constatado – ao longo do processo judicial – que essa alteração de residência não cumpre e e nem proporciona um melhor desenvolvimento, ela pode, sim, ser vetada e os filhos ficam obrigados a voltar e ficar com a mãe.
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