"Tive que escolher qual filho salvaria primeiro", pai relembra momento desesperador após chuvas no RS

Na útima madrugada de sexta-feira para sábado, a cidade de Canoas vivenciou momentos de desesper0 que marcaram profundamente Herbert e sua família. Confinados no telhado de sua casa, eles enfrentaram o risco de serem arrastados pela enchente. A situação era tão crítica que, posicionando-se na beirada do telhado, Herbert conseguia sentir a água tocar seus pés.

Isolados, sem qualquer meio de comunicação – seus celulares descarregados e sem acesso à internet – o casal tinha esperança de que suas mensagens e apelos nas redes sociais fossem encontrados por alguém capaz de resgatá-los. Neste cenário desolador, a voz das crianças vizinhas na escuridão, aumentava ainda mais a tensão e o medo que dominavam o ambiente.

O alívio momentâneo surgiu com a aparição de um jet-ski, por volta das 11 horas da manhã de sábado. Contudo, somente uma pessoa poderia ser levada. Herbert precisou escolher qual dos filhos seria resgatado primeiro. A decisão recaiu sobre o filho mais velho, de 12 anos, pela sua maior independência. Ele foi encaminhado para uma área segura onde deveria encontrar sua tia, também aflita sem notícias.

Conhecido como DJ Cabeção, na cidade de Canoas, Herbert planeja utilizar sua influência e amor pela música para organizar um show beneficente. Este evento tem o objetivo de revitalizar o espírit0 dos moradores e arrecadar fundos para os afetados pela enchente.

Em um evento climático sem precedentes, o Rio Grande do Sulenfrenta uma crise após ser devastad0 por chuvas torrenciais que afetaram diretamente mais de 707.000 cidadãos. O estado se encontra em uma lut4 contra o tempo para amparar os afetados, com aproximadamente 15.100 pessoas buscando refúgio em abrigos temporários e outras 80.573 desalojadas.

A situação nos 497 municípios gaúchos é alarmante, com 332 deles relatando dan0s significativos devido aos temporais, afetando infraestruturas essenciais e deixando comunidades inteiras em condições precárias. A região metropolitana de Porto Alegre, um dos principais centros urbanos do estado, viu-se particularmente prejudicada. Canoas, uma das cidades da região, teve hospitais fechados e moradores ilhados, criando um cenário comparável ao de uma "zona de gu3rra".

Diante desta catástrof3, fica evidente a necessidade urgente de uma resposta  que envolva não apenas os esforços locais e estaduais mas também uma mobilização nacional para auxiliar o Rio Grande do Sul a superar este momento crítico. A solidariedade e o apoio contínuo serão fundamentais para reconstruir as vidas afetadas por esta trag3dia.

O Estado enfrentou uma situação semelhante em 2023, porém o desastr3 atual já superou esse episódio, tendo em vista que foram 75 m0rtes anteriormente.