Bebês

Mães descobrem que bebês foram trocados na maternidade e decidem continuar com filhos não biológicos

Mães descobrem que bebês foram trocados na maternidade e decidem continuar com filhos não biológicos - Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo

Publicado em 30/05/2023, às 06h32 - Atualizado em 19/06/2023, às 11h17 por Giovanna Machado,


Mãe relata a descoberta de troca de bebês no Hospital Regional de Planaltina, no Distrito Federal, e descreve seus sentimentos após a confirmação. Geruza Ferreira, dona de casa de 38 anos, compartilha suas emoções diante do fim da angústia e dúvida que a acompanhou por tanto tempo.

Em entrevista a Tv Globo, Geruza conta: “Apesar da tristeza, estou feliz porque minha filha biológica está bem, sendo cuidada pela mãe dela. Mas, ao mesmo tempo, estou devastada, não é?”. O resultado do exame de DNA foi divulgado, comprovando a troca entre a filha biológica de Geruza e a bebê que nasceu cinco minutos depois.

O caso veio à tona após uma reportagem da emissora revelar que Geruza descobriu no ano passado que não era a mãe biológica da menina que criou nos últimos sete anos.

Após a repercussão, a outra família também procurou a polícia para realizar o teste de DNA. Durante uma reunião com o delegado responsável pelo caso e o diretor do Instituto de Pesquisa DNA Forense da Polícia Civil, as duas famílias foram informadas sobre o laudo do exame. Geruza relata que as duas mães se abraçaram e expressaram gratidão.

Mães descobrem que bebês foram trocados na maternidade e decidem continuar com filhos não biológicos (Foto: Reprodução/TV Globo)

“Agradeci por ela ter cuidado da minha filha. Ela me agradeceu por eu ter cuidado da dela. Planejaremos um encontro, isso foi decidido pelos advogados.” A dona de casa ainda não sabe como a situação será resolvida. “Estamos tentando assimilar tudo e decidir o que fazer”.

O governo do Distrito Federal já foi condenado, em primeira instância, a pagar uma indenização de R$ 300 mil para Geruza. O delegado-chefe da 16ª Delegacia de Polícia, Diogo Cavalcante, afirma que “agora, seguiremos para identificar os funcionários envolvidos e responsabilizá-los criminalmente, se for o caso”.

De acordo com Samuel Ferreira, diretor do Instituto de Pesquisa DNA Forense, a análise do material foi tratada como prioridade. “Utilizamos equipamentos e tecnologia de ponta para os exames genéticos, priorizando uma resposta rápida às famílias, considerando a sensibilidade e urgência do caso”, afirma.

“Foram coletadas amostras biológicas das duas mães, dos dois pais e das duas crianças. Realizamos exames de DNA e análises genéticas, comprovando cientificamente a maternidade e a paternidade biológica de cada criança e confirmando a troca de bebês”, explica. A Secretaria de Saúde, questionada pelo G1, afirmou que “colabora integralmente e está à disposição da Justiça para fornecer todos os esclarecimentos necessários sobre o caso. Sempre que notificada, a pasta fornecerá as informações exigidas pelas autoridades competentes”.

A secretaria ressaltou que o caso está em sigilo, mas não respondeu se haverá uma investigação interna para apurar responsabilidades ou se oferecerá apoio às famílias envolvidas. A filha de Geruza foi fruto de um relacionamento entre 2010 e 2013, quando ela teve um ex-companheiro. No final da gestação, o casal se separou. A filha nasceu em 14 de maio de 2014, no Hospital Regional de Planaltina. O ex-parceiro registrou a criança e contribuiu financeiramente nos primeiros anos, mas não manteve um contato próximo com ela.

Mãe e filha (Foto: Reprodução/TV Globo)

Em 2020, Geruza foi surpreendida com um processo movido pelo ex-companheiro, que buscava a exclusão de seu nome no registro da criança. O motivo: o pai realizou um exame de DNA que comprovou que a menina não era sua filha biológica.

Chocada com a situação, Geruza decidiu fazer seu próprio exame de DNA, comparando seu sangue com o da criança. O resultado foi impactante. Não havia nenhuma possibilidade de a menina ser sua filha biológica. Desde então, ela tinha certeza de que ocorreu uma troca de bebês no hospital. “Por volta das 5h, eu dei à luz. Eles levaram a criança, deram-lhe banho e a trouxeram de volta para mim. Quando cheguei em casa, os vizinhos, observando que eu sou mais clara e o pai também é, costumavam dizer: ‘Essa criança é muito escura’. Mas na minha família, há pessoas de todas as cores, então eu nunca dei importância a isso”, diz Geruza.

Após a descoberta, Geruza buscou justiça e exigiu uma indenização do governo do Distrito Federal pelos danos causados pela situação. Em sua defesa, o governo afirmou que a mulher não apresentou provas de negligência por parte dos profissionais do hospital.

No entanto, ao analisar o caso, o juiz Alessandro Marchio Bezerra Gerais já havia reconhecido a troca das crianças. “Não é razoável presumir que a troca tenha ocorrido após a alta da autora da maternidade sem que ela percebesse (até porque, com o tempo, as características da criança se tornam mais evidentes). É devidamente comprovado que sua filha biológica foi trocada quando nasceu neste estabelecimento hospitalar”, afirma a decisão.

O magistrado também destaca o estado de angústia e ansiedade permanente vivenciado por Geruza desde que o fato veio à tona. “Em uma situação como essa, em que sequer se sabe se o filho biológico está vivo e, se estiver, se está sendo criado e educado em condições dignas, surgem diversas incertezas que a autora poderá carregar pelo resto de sua vida, causando sérios prejuízos até mesmo em suas relações pessoais mais próximas”, afirma o juiz.

Ainda não está claro como a situação será resolvida, mas Geruza e a outra família envolvida foram informadas sobre o resultado do exame de DNA e expressaram gratidão uma à outra durante a reunião com as autoridades. Enquanto isso, o governo do Distrito Federal foi condenado a pagar uma indenização de R$ 300 mil a Geruza.

O próximo passo será identificar os funcionários responsáveis e considerar uma eventual

responsabilização criminal, conforme informado pelo delegado-chefe da 16ª Delegacia de Polícia, Diogo Cavalcante.

O diretor do Instituto de Pesquisa DNA Forense, Samuel Ferreira, ressalta a prioridade dada à análise do material genético. “Utilizamos equipamentos e tecnologia de ponta para os exames genéticos, tratando o caso como uma absoluta prioridade, a fim de fornecer uma resposta rápida às famílias, considerando a sensibilidade e urgência da situação”, destaca.

Após coletar amostras biológicas das duas mães, dos dois pais e das duas crianças, foram realizados exames de DNA e análises genéticas para comprovar cientificamente a maternidade e a paternidade biológica de cada criança, confirmando a troca de bebês, conforme explica Samuel Ferreira.

Questionada pelo G1, a Secretaria de Saúde reafirma sua disposição de colaborar integralmente e prestar todos os esclarecimentos necessários à Justiça. A pasta destaca que fornecerá as informações solicitadas pelas autoridades competentes, mesmo que o caso esteja em sigilo. No entanto, a secretaria não esclareceu se será realizada uma investigação interna para identificar os responsáveis pelo ocorrido ou se oferecerá apoio às famílias envolvidas.

É importante ressaltar que a filha de Geruza foi concebida durante seu relacionamento anterior, entre 2010 e 2013, e o ex-companheiro registrou a criança, além de contribuir financeiramente nos primeiros anos. Apesar disso, não manteve um contato próximo com a menina.

Veja também: Vacinas salvam vidas: tudo sobre a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe

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