Publicado em 09/05/2013, às 21h00 por Ivelise Giarolla
Minha primeira filha, Marina, nasceu em novembro de 2010 e estava decidida em não ter mais filhos. Mas, uma cirurgia de apendicite desregulou meus hormônios e para minha surpresa uma nova gestação aconteceu um ano e meio depois. Inicialmente fiquei em choque com a notícia, porém logo a felicidade tomou conta. Gerar um filho é uma das missões mais difíceis e deliciosas para uma mulher e estava pronta para encarar o desafio de ser mãe novamente com uma primeira filha ainda tão pequena.
Todavia, um exame na gravidez constou uma notícia ainda mais chocante para mim que o teste de gravidez positivo: minha filha teria Síndrome de Down. Desde então vivi momentos de terror e luto, que passaram após muitas lágrimas e uma boa dose de leitura e aprendizado sobre o assunto.
Finalmente o dia chegou. Quatro de fevereiro de 2013. Nasceu Lorena. Mas bem antes disso já fazia valer o nome “mãe leoa” em busca de informações, profissionais e dicas para os cuidados de uma criança com Down e, perfeccionista virginiana que sou dificilmente aceito falhas (embora saiba que vão acontecer).
Diariamente reflito meus atos como mãe após o nascimento da pequena, coisa que não o fazia com minha primeira filha. Como Lorena possui uma deficiência gerada pela trissomia do cromossomo 21, ela necessita de uma série de cuidados como fisioterapia, fonoaudiologia, posteriormente terapia ocupacional. Além disso, dietas e mais cuidados com sua saúde são necessários. Fora a eterna luta de inclusão social, que a meu ver, é a tarefa mais difícil que irei trilhar com minha filha.
O mais importante dessa história que estou contando a vocês agora é que ser mãe de uma criança com deficiência também não é todo um fardo, como parece ser. Isso eu aprendi, não pensava desta maneira. Hoje não sinto mais pena das mães quando as vejo com uma criança cadeirante ou deficiente mental, por exemplo. Sabe por quê? Porque nós nos adaptamos com a situação por causa de uma única palavra: amor. O amor que temos pelos filhos acalma qualquer coração aflito e a deficiência desparece. Quando Lorena veio aos meus braços pela primeira vez eu fiquei procurando sinais do Down, mas não encontrei. Ela nasceu tão linda e que importava essa tal síndrome?
Atualmente, vejo que o problema está nos olhos de quem quer enxergar. Sou mãe sim de uma criança com Down e ponto final. Levo na fisioterapia, fonoaudiologia, trabalho, cuido de casa, cuido da minha outra filha e do maridão. Faço unha, amamento, corto cabelo, passeio no clube, vou a festinha de criança. Estudo todos os dias algo sobre o Down e penso como aplicar em minha filha. Procuro os melhores profissionais, converso com pais e amigos de deficientes. Escrevo para minhas colunas na Pais & Filhos e no Movimento Down. Tento fazer ginástica. Cuido do meu cachorro. Dou risadas e choro como qualquer pessoa comum. Enfim, sou mãe… Sou mãe feliz, sou mãe sofrida, sou apenas mãe, sou mais uma mãe nesse planeta. Sou mãe como você que está me lendo agora. Nada muda. Somos guerreiras, não importam as dificuldades, os erros e os acertos. Ser mãe é muito mais que qualquer padrão de normalidade que a sociedade impõe. Ser mãe é viver sem fronteiras e constatar que a dor não dói tanto assim após um remédio chamado sorriso de filho…
Feliz dia das mães…
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