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Xô, culpa, sai de mim!

Nasce uma mãe, nasce uma culpa - Shutterstock
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Publicado em 03/11/2022, às 08h41 por Cecilia Troiano


Sempre falo que quando nasce uma mãe nasce também uma culpa. Vem geração, vai geração e esse sentimento nos persegue. Xô, culpa, sai de mim! Por mais conselhos e dicas que nos deem, ela insiste em nos infernizar. Mãe sente culpa quando faz muito pelos filhos e quando faz pouco. Mãe sente culpa se controla a alimentação, mas também quando deixa solta. Mãe tem culpa se acorda o filho cedo, mas também quando deixa eles dormirem além da hora. Será que tem cura para a culpa materna? Foi pensando nisso que recuperei algumas dicas para tentarmos (veja que digo tentarmos e não necessariamente conseguirmos) aplacar essa danada da culpa das mães. Vamos lá.

x escrito no papel em caneta vermelha
Nasce uma mãe, nasce uma culpa (Foto: Shutterstock)

1. Não pensem que nossos filhos nos querem 100% ao lado deles. É talvez uma fantasia ou um desejo nosso. O que precisamos fazer é garantir um mínimo de segurança e de rotina. Para filhos menores e até para os adolescentes, é importante a mãe manter uma programação, na medida do possível. Hora para sair e para chegar, dias regulares em que leva ou busca filho na escola garantem uma previsibilidade importante para as crianças. Não é estar disponível o tempo todo, mas sim nas horas combinadas e acordadas entre a família.

2. Para aquelas que não trabalham e vão entrar no mercado ou também para quem  estiver retomando depois de um período afastada, é importante fazer esse  movimento de forma planejada. Ir contando aos poucos, colocando quais serão as vantagens e desvantagens dessa mudança. Claro, se seu filho tem menos de 2 anos, será difícil ele compreender, mas a partir dessa idade, essa conversa pode ser muito tranquilizante para os dois lados. E mais do que isso: garantirá que a criança tenha chance – e você também – de expor seus medos e discuti-los.  A volta ao presencial após um período longo de home office pede isso de nós.

3. Cada filho tem uma demanda própria. Aliás, quem tem mais de um filho sabe bem disso. Para uns, 15 minutos com a mãe ou com o pai já são suficientes para abastecê-lo emocionalmente. Outros, mesmo após 3 horas de dedicação integral dos pais, ainda sentem que precisam de mais. Olhar para seu filho e ver qual é a necessidade dele é a melhor saída.

4. Uma boa receita, que dá muito prazer e conforto é dar uma escapada semanal do trabalho para almoçar calmamente com eles. Ser eventual até dá um sabor especial à ocasião e vale como forma de curtir os filhos nessa pausa. Conheço profissionais que conseguem fazer isso diariamente, e mais do que isso, não abrem mão desses momentos. Tenho certeza de que todos saem ganhando. O trabalho híbrido tem essas vantagens, que possamos usá-las.

5. Não se engane: estar disponível por celular não é o mesmo que ser uma mãe presente. Afeto e carinho ainda não são possíveis virtualmente, felizmente. Nada substitui o olho no olho, o pegar na mão ou um ‘boa noite’ ao vivo. Claro que todos os canais virtuais são bons e úteis apoios. Mas é assim que devem ser encarados, como apoios e não como substitutos de presença dos pais.

6. Nada é mais difícil para os pais do que se desligar de todo o resto e ficar 100% dedicados aos filhos. Vira e mexe somos interrompidos por mensagens e notificações. Mesmo que não consiga tanto quanto gostaria, tente se desligar dos aparelhos e se concentrar na família quando estiver com ela. É difícil, mas vale o esforço. Psicólogos são unânimes em dizer que devemos estar inteiros no momento em que estamos com nossos filhos. Caso contrário, é uma pseudo-presença.

Sei que conselho se fosse bom a gente venderia. Mas encaro as seis dicas acima como um bate papo, uma troca de ideias onde trago meu ponto de vista. Esses pontos sempre me ajudaram e seguem me ajudando mesmo hoje, como filhos adultos. Ainda os releio em busca de alguma pista. Não sou ainda culpada-free, se é que chegarei algum dia a esse estado, mas tenho muito mais consciência sobre quando a culpa me invade e tento não cair em suas garras. Não custa repetir: Xô, culpa, sai de mim!

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